Publicidade
Publicidade
11/07/2006
-
09h29
MAELI PRADO
da Folha de S.Paulo
Em meio à arrastada negociação sobre a venda de suas operações, a participação de mercado da Varig reduziu-se a apenas 5,1% dos vôos domésticos na primeira semana deste mês, de acordo com dados preliminares obtidos pelo consultor Paulo Bittencourt Sampaio. No mesmo período, o 'market share' da TAM subiu para 51% e o da Gol, para 36,7%.
Em junho, a participação da Varig foi de 10,51%. A queda ficou mais acentuada a partir do último dia 21, quando a companhia deixou de voar para 50% de seus destinos internacionais e para 30% dos nacionais.
'A participação caiu tanto porque a oferta da Varig se reduziu muito. Na primeira semana deste mês, houve uma queda no número de assentos oferecidos de 72% na comparação com o mesmo período do ano passado. A demanda recuou 80%', diz Sampaio.
Segundo o consultor, a oferta da TAM subiu 17%, e sua demanda cresceu na mesma proporção. Já a Gol aumentou a quantidade de assentos oferecidos em 42%, e a demanda de passageiros cresceu 43%.
A Varig vem voando com seus assentos cada vez menos ocupados. Na ponte aérea Rio/ São Paulo, a taxa de ocupação foi de 20% na primeira semana deste mês. Já as taxas de TAM e Gol nesse trecho foram de, respectivamente, 67% e 57%. 'Ela tem pouquíssimos vôos entre Rio e São Paulo, e as outras também estão muito vazias', afirma o consultor.
Na linha Congonhas/ Brasília, segundo ele, a Varig voou com 38% de seus assentos ocupados na primeira semana de julho. De acordo com Sampaio, se ela parasse de voar hoje, TAM e Gol teriam 82% de seus assentos ocupados (o percentual atual é de 77%).
'Está se criando um impasse em torno de uma empresa que está deixando de existir', afirma. Para ele, porém, a situação está 'cada vez mais manejável' já que outras empresas estão ocupando o lugar da Varig.
Por causa de sua crise financeira, a companhia não pode pagar pela manutenção de parte de sua frota e tem que deixar aviões no chão. Além disso, alguns arrendadores conseguiram na Justiça dos EUA o direito de retomar suas aeronaves.
A Varig deve perder mais aviões. Depois da audiência da companhia na Corte de Falências de Nova York, que manteve uma liminar que livra a empresa do arresto de aviões até o dia 21 deste mês, alguns arrendadores a notificaram pedindo aeronaves. Segundo a Folha apurou, a Varig concordou em devolver alguns e pelo menos um avião, um Boeing 777, deve ser devolvido nesta semana.
Especial
Confira a cobertura completa da crise da Varig
Participação da Varig nos vôos domésticos cai a 5,1% do mercado
Publicidade
da Folha de S.Paulo
Em meio à arrastada negociação sobre a venda de suas operações, a participação de mercado da Varig reduziu-se a apenas 5,1% dos vôos domésticos na primeira semana deste mês, de acordo com dados preliminares obtidos pelo consultor Paulo Bittencourt Sampaio. No mesmo período, o 'market share' da TAM subiu para 51% e o da Gol, para 36,7%.
Em junho, a participação da Varig foi de 10,51%. A queda ficou mais acentuada a partir do último dia 21, quando a companhia deixou de voar para 50% de seus destinos internacionais e para 30% dos nacionais.
'A participação caiu tanto porque a oferta da Varig se reduziu muito. Na primeira semana deste mês, houve uma queda no número de assentos oferecidos de 72% na comparação com o mesmo período do ano passado. A demanda recuou 80%', diz Sampaio.
Segundo o consultor, a oferta da TAM subiu 17%, e sua demanda cresceu na mesma proporção. Já a Gol aumentou a quantidade de assentos oferecidos em 42%, e a demanda de passageiros cresceu 43%.
A Varig vem voando com seus assentos cada vez menos ocupados. Na ponte aérea Rio/ São Paulo, a taxa de ocupação foi de 20% na primeira semana deste mês. Já as taxas de TAM e Gol nesse trecho foram de, respectivamente, 67% e 57%. 'Ela tem pouquíssimos vôos entre Rio e São Paulo, e as outras também estão muito vazias', afirma o consultor.
Na linha Congonhas/ Brasília, segundo ele, a Varig voou com 38% de seus assentos ocupados na primeira semana de julho. De acordo com Sampaio, se ela parasse de voar hoje, TAM e Gol teriam 82% de seus assentos ocupados (o percentual atual é de 77%).
'Está se criando um impasse em torno de uma empresa que está deixando de existir', afirma. Para ele, porém, a situação está 'cada vez mais manejável' já que outras empresas estão ocupando o lugar da Varig.
Por causa de sua crise financeira, a companhia não pode pagar pela manutenção de parte de sua frota e tem que deixar aviões no chão. Além disso, alguns arrendadores conseguiram na Justiça dos EUA o direito de retomar suas aeronaves.
A Varig deve perder mais aviões. Depois da audiência da companhia na Corte de Falências de Nova York, que manteve uma liminar que livra a empresa do arresto de aviões até o dia 21 deste mês, alguns arrendadores a notificaram pedindo aeronaves. Segundo a Folha apurou, a Varig concordou em devolver alguns e pelo menos um avião, um Boeing 777, deve ser devolvido nesta semana.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice