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14/07/2006 - 09h31

Previ investirá R$ 100 mi em "private equity"

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JANAÍNA LEITE
da Folha de S.Paulo

Nos próximos três anos, a Previ, entidade de previdência complementar do Banco do Brasil, vai direcionar R$ 100 milhões para "private equity" (fundos de investimentos nos quais os recursos são administrados por terceiros e investidos em empresas). A informação é do presidente da Previ, Sérgio Rosa.

A Previ estava afastada do "private equity" desde que aportou recursos no CVC/Opportunity, fundo usado para investir na privatização do Sistema Telebrás. Nesse fundo, a Previ vive em constante litígio com os sócios --antes era o Citigroup, hoje aliado; agora é a Telecom Italia, antiga companheira. Com o Opportunity, o relacionamento foi sempre aos trancos e barrancos --mas, desde 2000, tornou-se guerra aberta.

Em entrevista exclusiva à Folha, Rosa afirmou que a decisão de retomar os investimentos em "private equity" só foi possível porque houve aperfeiçoamento nas práticas de governança da própria Previ. Os R$ 100 milhões serão empregados em cinco fundos. O primeiro deles, o InfraBrasil, foi lançado no último dia 6, sob administração do ABN Amro. Rosa, 47, exerce o segundo mandato como presidente do fundo de pensão do BB, o maior da América Latina. Comandará a instituição pelos próximos dois anos.

De acordo com ele, a prioridade de sua gestão continuará sendo a melhora da governança corporativa --dentro da instituição e nas companhias nas quais participa.

A seguir, trechos da entrevista.

Folha - A Previ vai retomar os investimentos em "private equity". Por quê?
Sérgio Rosa -
Orçamos R$ 100 milhões para os próximos três anos para cinco fundos. As práticas de governança corporativa foram aperfeiçoadas e há regras rígidas previstas, que nos garantem boas condições de rentabilidade.

Folha - Sua entidade participa das maiores empresas do país, inclusive da Vale do Rio Doce, mas precisa fazer diminuir sua exposição em renda variável. Mudanças na estrutura da companhia, como a pulverização das ações, são hipóteses plausíveis?
Rosa -
Inexiste discussão sobre esse assunto na Previ e na Vale.

Folha - A Previ é detentora de ações preferenciais (sem direito a voto) na Arcelor, companhia recentemente adquirida pela Mittal, que disse não ter interesse em comprar as ações dos minoritários brasileiros. O que os srs. pretendem fazer?
Rosa -
O assunto é complexo, envolve vários aspectos, inclusive legislação internacional. Estamos analisando o caso. Logo deveremos ter uma visão melhor do que fazer.

Folha - Outro caso enroscado de companhia na qual a Previ detém ações preferenciais é o da Bombril. Alguns acionistas nessas condições entraram na Justiça pleiteando direito a voto. A Previ fará o mesmo?
Rosa -
Entendemos que deveríamos ter direito a voto, uma vez que foram três anos consecutivos sem distribuição de dividendos. Fizemos, inclusive, uma requisição à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que negou. Agora vamos esperar o que acontece antes de uma nova iniciativa.

Folha - E a Brasil Telecom? Estão acontecendo negociações entre os sócios?
Rosa -
Não que eu saiba. Estão negociando sem mim. Mas, mesmo que eu soubesse, não poderia falar.

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