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20/07/2006 - 09h53

Venezuela quer integrar fundo para injetar dinheiro no Mercosul

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FLAVIA MARREIRO
enviada especial da Folha de S.Paulo a Cordoba

A Venezuela quer aportar dinheiro ao Mercosul o mais rápido possível. O país propôs integrar o Focen, fundo dos sócios para financiar projetos produtivos na região. O oferecimento foi feito durante uma reunião preparatória para a cúpula do bloco que começa hoje em Córdoba, na Argentina.

Criado em 2005, o Focen não saiu do papel porque tem de ser aprovado por todos os Congressos (só os paraguaios cumpriram a etapa). O fundo terá a princípio US$ 100 milhões, 70% bancado pelo Brasil, 27%, pela Argentina, 2% pelo Uruguai e 1% pelo Paraguai. A aplicação dos recursos se concentrará nas economias menores.

A proposta do governo de Hugo Chávez de reforçar o fundo foi feita na primeira reunião do Mercosul para discutir os projetos que podem vir a a ser financiados pelo mecanismo. Na análise de um integrante da chancelaria argentina, a disposição venezuela de participar do Focen, além de acenar com o gordo caixa do país --um dos trunfos usados pelo governo venezuelano--, já demonstra a vontade do país de ter poder de decisão no bloco.

É que, embora fosse natural que a Venezuela integrasse o fundo agora que é membro pleno do Mercosul, a rigor não havia prazo definido para que isso ocorresse. Pelo protocolo de adesão, o país tem até quatro anos para adotar as normativas do bloco, mas o cronograma de adaptação, que incluiria o Focen, também não existe ainda.

Também não está definido o valor da contribuição venezuelana. Pelo desenho do mecanismo, cada país aporta recursos de acordo com o PIB (Produto Interno Bruto). A entrada da Venezuela obriga a revisão das atuais cotas de participação.

Mercado venezuelano

Para aproveitar o ímpeto venezuelano de acelerar a integração, a consultoria argentina abeceb.com resolveu mapear em que áreas os exportadores de Brasil e de Argentina podem ter mais vantagens no mercado venezuelano.

O país de Hugo Chávez terá de adotar a TEC (Tarifa Externa Comum) do Mercosul. Para medicamentos, barcos de cargas, veículos e aparelhos de celular, entre outros, a Venezuela tenderá a desviar compras para os países do bloco, informa a consultoria (leia quadro).

Os itens fazem parte de uma lista que mostra que, nesses casos, a tarifa de importação cobrada pela Venezuela deve subir para alcançar a do Mercosul, dando vantagem a produtores dos sócios.

Especial
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