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20/07/2006
-
15h16
da Folha Online
O presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Ben Bernanke, disse nesta quinta-feira que o mercado imobiliário americano vem apresentado um desaquecimento em ritmo ordenado.
"A virada para baixo do mercado imobiliário parece, até o momento, ser ordenada", disse Bernanke durante audiência diante do Comitê de Serviços Financeiros do Congresso.
O presidente do Fed disse que reconhece o risco que uma queda brusca em um setor que apresentou atividade intensa nos últimos cinco anos nos EUA teria sobre a economia.
Com a valorização expressiva dos imóveis no país e as taxas hipotecárias até recentemente muito baixas (voltaram a subir depois que o Fed iniciou um ciclo de aumento de juros em junho de 2004), os proprietários de imóveis se envolveram em mais hipotecas para financiar seus gastos --ao ponto de comprometer também recursos da poupança: a taxa de poupança nos EUA hoje é negativa.
Uma queda brusca nos preços dos imóveis teria efeito prejudicial sobre o comércio e dificultaria os pagamentos das hipotecas, causando inadimplência e afetando o sistema bancário. A economia correria assim o risco de uma recessão.
"Reconhecemos o risco (...) e estamos acompanhando isso muito cuidadosamente", disse Bernanke.
O PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA registrou crescimento de 5,6% no primeiro trimestre, mas o Fed espera, para o segundo, um crescimento de cerca de 3%. Para o segundo semestre, a expectativa é de menos de 3% de crescimento.
Os preços da energia hoje são o principal obstáculo ao desempenho robusto da economia americana, disse Bernanke. "O aumento nos preços da energia está claramente tornando a economia pior, tanto em termos de atividade real como de inflação (...) Não há dúvida sobre isso."
Na semana passada, o barril do petróleo chegou ao recorde de US$ 78,40. Desde então o preço vem recuando e hoje está em torno de US$ 73.
Ontem, Bernanke disse em audiência no Senado que, apesar da alta do petróleo representar um fator de pressão sobre a inflação, a atividade econômica mais moderada pode conter as altas de preços no país.
O Fed já elevou seus juros 17 vezes consecutivas desde o início do ciclo de altas --a taxa à época estava em 1% ao ano; atualmente, está em 5,25% ao ano.
Bernanke concordou com os congressistas americanos que o Fed enfrenta um momento difícil: se os juros subirem demais, encarecem o crédito e jogam o país na recessão; se não subirem o suficiente, a inflação pode sair do controle.
Com agências internacionais
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Inflação ainda ronda, mas economia está em ritmo moderado, diz Bernanke
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O presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Ben Bernanke, disse nesta quinta-feira que o mercado imobiliário americano vem apresentado um desaquecimento em ritmo ordenado.
"A virada para baixo do mercado imobiliário parece, até o momento, ser ordenada", disse Bernanke durante audiência diante do Comitê de Serviços Financeiros do Congresso.
O presidente do Fed disse que reconhece o risco que uma queda brusca em um setor que apresentou atividade intensa nos últimos cinco anos nos EUA teria sobre a economia.
Com a valorização expressiva dos imóveis no país e as taxas hipotecárias até recentemente muito baixas (voltaram a subir depois que o Fed iniciou um ciclo de aumento de juros em junho de 2004), os proprietários de imóveis se envolveram em mais hipotecas para financiar seus gastos --ao ponto de comprometer também recursos da poupança: a taxa de poupança nos EUA hoje é negativa.
Uma queda brusca nos preços dos imóveis teria efeito prejudicial sobre o comércio e dificultaria os pagamentos das hipotecas, causando inadimplência e afetando o sistema bancário. A economia correria assim o risco de uma recessão.
"Reconhecemos o risco (...) e estamos acompanhando isso muito cuidadosamente", disse Bernanke.
O PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA registrou crescimento de 5,6% no primeiro trimestre, mas o Fed espera, para o segundo, um crescimento de cerca de 3%. Para o segundo semestre, a expectativa é de menos de 3% de crescimento.
Os preços da energia hoje são o principal obstáculo ao desempenho robusto da economia americana, disse Bernanke. "O aumento nos preços da energia está claramente tornando a economia pior, tanto em termos de atividade real como de inflação (...) Não há dúvida sobre isso."
Na semana passada, o barril do petróleo chegou ao recorde de US$ 78,40. Desde então o preço vem recuando e hoje está em torno de US$ 73.
Ontem, Bernanke disse em audiência no Senado que, apesar da alta do petróleo representar um fator de pressão sobre a inflação, a atividade econômica mais moderada pode conter as altas de preços no país.
O Fed já elevou seus juros 17 vezes consecutivas desde o início do ciclo de altas --a taxa à época estava em 1% ao ano; atualmente, está em 5,25% ao ano.
Bernanke concordou com os congressistas americanos que o Fed enfrenta um momento difícil: se os juros subirem demais, encarecem o crédito e jogam o país na recessão; se não subirem o suficiente, a inflação pode sair do controle.
Com agências internacionais
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