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02/08/2006
-
16h02
da Folha Online
O presidente boliviano, Evo Morales, reafirmou nesta quarta-feira sua posição de "não expropriar nem expulsar" nenhuma das empresas petrolíferas instaladas no país.
"Jamais em meu governo iremos expropriar nem expulsar ninguém. Precisamos de investimento. É verdade que é preciso haver regras, mas [obtidas] sob diálogo, depois de conversações", disse Morales em encontro com a vice-primeira-ministra da Espanha, María Teresa Fernández de la Vega.
O governo boliviano estipulou um prazo de 180 dias a partir da assinatura do decreto de nacionalização (1º de maio) para que as companhias estrangeiras que operam no país, como a Petrobras, regularizarem sua situação e se adaptarem a novas condições de exploração e comercialização.
Além disso, durante esse período, o valor da produção se distribuirá da seguinte maneira: 82% para o governo e 18% para as companhias.
Morales disse estar otimista sobre a permanência da petrolífera espanhola Repsol na Bolívia --a empresa opera no país há dez anos e controla cerca de 25,7% das reservas bolivianas de gás natural.
"As negociações prosseguem. Quero reiterar nossa plena confiança nos investimentos [estrangeiros]", disse. "O povo boliviano sabe que a Bolívia, para sair da crise econômica, precisa de investimentos."
A vice-premiê espanhola disse que quando Morales "diz que as coisas vão bem, é porque vão bem, e quando diz que haverá acordo [com a Repsol], é porque vai haver acordo", afirmou.
A empresa, por sua vez, informou que "já expressou sua vontade clara e firme de permanecer no país e, além disso, o desejo de efetuar importantes investimentos".
Preço
Na Argentina, outro grande consumidor do produto boliviano, houve um acordo que aumentou em 56,2% o preço do milhão de BTUs (British Termal Unit, medida de energia; cada BTU equivale a 26,8 metros cúbicos de gás) de gás natural. O preço do gás, assim, passará de US$ 3,20 para US$ 5 entre 15 de julho e 31 de dezembro deste ano no país.
Na semana passada, a Petrobras ignorou a proposta da estatal boliviana YPFB de alterar o preço de referência para o gás exportado ao Brasil para US$ 5 o milhão de BTUs.
A empresa ainda reafirmou que aceitará reajustes apenas dentro das regras estabelecidas no contrato de fornecimento do insumo.
"A Petrobras expôs que os preços praticados pela YPFB receberam reajustes contínuos e acompanharam o mercado internacional, e que, portanto, não há necessidade de revisão do procedimento de cálculo desses reajustes, por não ter havido alteração superveniente que comprometa as bases acordadas e que possa prejudicar a YPFB", informou a estatal brasileira em nota à imprensa.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a nacionalização na Bolívia
Morales descarta expulsar ou expropriar petrolíferas na Bolívia
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O presidente boliviano, Evo Morales, reafirmou nesta quarta-feira sua posição de "não expropriar nem expulsar" nenhuma das empresas petrolíferas instaladas no país.
"Jamais em meu governo iremos expropriar nem expulsar ninguém. Precisamos de investimento. É verdade que é preciso haver regras, mas [obtidas] sob diálogo, depois de conversações", disse Morales em encontro com a vice-primeira-ministra da Espanha, María Teresa Fernández de la Vega.
O governo boliviano estipulou um prazo de 180 dias a partir da assinatura do decreto de nacionalização (1º de maio) para que as companhias estrangeiras que operam no país, como a Petrobras, regularizarem sua situação e se adaptarem a novas condições de exploração e comercialização.
Além disso, durante esse período, o valor da produção se distribuirá da seguinte maneira: 82% para o governo e 18% para as companhias.
Morales disse estar otimista sobre a permanência da petrolífera espanhola Repsol na Bolívia --a empresa opera no país há dez anos e controla cerca de 25,7% das reservas bolivianas de gás natural.
"As negociações prosseguem. Quero reiterar nossa plena confiança nos investimentos [estrangeiros]", disse. "O povo boliviano sabe que a Bolívia, para sair da crise econômica, precisa de investimentos."
A vice-premiê espanhola disse que quando Morales "diz que as coisas vão bem, é porque vão bem, e quando diz que haverá acordo [com a Repsol], é porque vai haver acordo", afirmou.
A empresa, por sua vez, informou que "já expressou sua vontade clara e firme de permanecer no país e, além disso, o desejo de efetuar importantes investimentos".
Preço
Na Argentina, outro grande consumidor do produto boliviano, houve um acordo que aumentou em 56,2% o preço do milhão de BTUs (British Termal Unit, medida de energia; cada BTU equivale a 26,8 metros cúbicos de gás) de gás natural. O preço do gás, assim, passará de US$ 3,20 para US$ 5 entre 15 de julho e 31 de dezembro deste ano no país.
Na semana passada, a Petrobras ignorou a proposta da estatal boliviana YPFB de alterar o preço de referência para o gás exportado ao Brasil para US$ 5 o milhão de BTUs.
A empresa ainda reafirmou que aceitará reajustes apenas dentro das regras estabelecidas no contrato de fornecimento do insumo.
"A Petrobras expôs que os preços praticados pela YPFB receberam reajustes contínuos e acompanharam o mercado internacional, e que, portanto, não há necessidade de revisão do procedimento de cálculo desses reajustes, por não ter havido alteração superveniente que comprometa as bases acordadas e que possa prejudicar a YPFB", informou a estatal brasileira em nota à imprensa.
Com agências internacionais
Especial
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