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03/08/2006 - 13h11

Governo consegue trocar US$ 500 mi em títulos de dívida externa

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ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília

O governo brasileiro divulgou hoje que conseguiu trocar US$ 500,3 milhões (valor de face) em títulos da dívida externa em leilão finalizado ontem, alongando parte dos vencimentos da dívida para 2037 na operação chamada de "exchange offer" (programa de troca). A expectativa era trocar até US$ 1,5 bilhão.

O Tesouro Nacional não quis comentar a demanda abaixo do valor previsto.

O leilão, iniciado na semana passada, envolveu troca dos papéis com vencimento em 2020 (US$ 149,37 milhões), 2024 (US$ 234,26 milhões, divido em dois títulos), 2027 (US$ 131,37 milhões) e 2030 (US$ 157,68 milhões) por novos com vencimento em 2037. O estoque remanescente dos títulos que participaram do leilão é de US$ 8 bilhões. Já o Global 2037 soma agora cerca de US$ 2 bilhões.

A troca teve um "spread" (custo da operação) de 205 pontos básicos acima dos juros pagos por papéis do Tesouro norte-americano. Esse spread é similar ao da captação externa feita em março, quando o governo emitiu US$ 500 milhões na reabertura do Global 2037, o mais baixo para um bônus global, com retorno de 6,83% ao ano. Na emissão original, em janeiro, o spread foi de 295 pontos, com taxa de retorno ao investidor de 7,57% ao ano.

O Tesouro só poderá fazer maiores avaliações sobre esse leilão no dia 16, quando ocorre a liquidação financeira das operações. Neste dia, será pago aos investidores US$ 253,5 milhões referentes a juros decorridos e a diferença de preços dos papéis.

Medidas

Em junho, o Tesouro já tinha recomprado US$ 1,144 bilhão (valor de face) em títulos da dívida externa. Na ocasião, fizeram parte do leilão títulos vencidos entre 2007 e 2010 (US$ 591 milhões); 2011 e 2014 (US$ 243 milhões); e 2020 e 2030 (US$ 310 milhões).

O leilão de troca e a recompra de títulos fazem parte de uma série de ações tomadas pelo Tesouro Nacional desde o ano passado e que tem também o objetivo de melhorar o perfil de pagamentos, com a redução do endividamento e o alongamento do prazo médio de vencimento --que é feito com o resgate dos títulos que vencem no curto prazo.

No início do ano, o Tesouro anunciou um programa para ter de volta títulos da "dívida velha" --os chamados bradies--, que foram os papéis emitidos em 1994 durante a renegociação dos débitos de países emergentes.

Além disso, o Tesouro fez no final do ano passado o pagamento antecipado de US$ 15,5 bilhões para o FMI (Fundo Monetário Internacional) e de US$ 2,6 bilhões para o Clube de Paris. Houve também a recompra de C-Bonds --principal título da "dívida velha"--, no valor de US$ 5,6 bilhões e a emissão de US$ 1,5 bilhão atrelados ao real.

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