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03/08/2006
-
20h48
da Folha Online
Após a venda da Varig para a VarigLog, a nova administração da companhia aérea precisará agora investir na recuperação da confiança do consumidor, segundo Janaina Lage, repórter da sucursal da Folha de S.Paulo no Rio de Janeiro.
Antes de ser vendida, a Varig reduziu gradativamente sua malha e chegou a cancelar centenas de vôos por dia devido à falta de dinheiro para pagar empresas de leasing, combustível e taxas aeroportuárias.
"Passageiros acampados no exterior não melhoram a imagem de ninguém, não é?", afirmou Janaina durante bate-papo da Folha Online com 655 internautas. "Creio que a Varig terá que dar uma atenção especial ao tratamento dos clientes no futuro para suavizar a imagem da companhia."
Durante o bate-papo, a jornalista também tirou dúvidas de leitores que possuem milhas ou passagens da Varig. Lembrou que a VarigLog assumiu o compromisso de honrar as milhas dos clientes do programa de fidelidade Smiles.
Para o consumidor que tiver vôo cancelado, ela recomenda inicialmente procurar a própria Varig para que tente ser acomodado no vôo de outra companhia.
Em segundo lugar, o passageiro deve recorrer à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a quem cabe intermediar a relação com as empresas do setor aéreo. "A Varig é obrigada a pagar as despesas de hotel e alimentação se o passageiro não consegue embarcar", lembrou.
Preços
Janaina também afirmou que pode haver aumento de preços com a redução da oferta de vôos pela Varig. "Redução de oferta é sinônimo de elevação dos preços da concorrência. Isso já aconteceu e foi mostrado em reportagens", disse.
Ela afirmou, entretanto, que os aumentos podem ser "temporários", uma vez que o mercado estava aquecido devido ao período de férias --as promoções das companhias aéreas costumam acontecer na baixa temporada.
Demissões
Muitos internautas que participaram do bate-papo trabalham ou já trabalharam na Varig e manifestaram preocupação com a posição da VarigLog de não pagar as indenizações trabalhistas dos milhares de demitidos.
Janaina afirmou que ainda não há acordo entre donos da antiga e da nova Varig com os funcionários nem com o Ministério Público do Trabalho.
"Os sindicatos afirmam que o plano de recuperação da empresa só será validado se houver a aprovação de um acordo coletivo, o que ainda não ocorreu", disse.
Por outro lado, a empresa não sinalizou até agora que poderá ceder, mas lembrou que mais funcionários poderão ser absorvidos caso a nova Varig se recupere.
Especial
Confira a cobertura completa da crise da Varig
Veja como foram os bate-papos anteriores
Para jornalista, Varig precisa recuperar confiança do consumidor
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Após a venda da Varig para a VarigLog, a nova administração da companhia aérea precisará agora investir na recuperação da confiança do consumidor, segundo Janaina Lage, repórter da sucursal da Folha de S.Paulo no Rio de Janeiro.
Antes de ser vendida, a Varig reduziu gradativamente sua malha e chegou a cancelar centenas de vôos por dia devido à falta de dinheiro para pagar empresas de leasing, combustível e taxas aeroportuárias.
"Passageiros acampados no exterior não melhoram a imagem de ninguém, não é?", afirmou Janaina durante bate-papo da Folha Online com 655 internautas. "Creio que a Varig terá que dar uma atenção especial ao tratamento dos clientes no futuro para suavizar a imagem da companhia."
Durante o bate-papo, a jornalista também tirou dúvidas de leitores que possuem milhas ou passagens da Varig. Lembrou que a VarigLog assumiu o compromisso de honrar as milhas dos clientes do programa de fidelidade Smiles.
Para o consumidor que tiver vôo cancelado, ela recomenda inicialmente procurar a própria Varig para que tente ser acomodado no vôo de outra companhia.
Em segundo lugar, o passageiro deve recorrer à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a quem cabe intermediar a relação com as empresas do setor aéreo. "A Varig é obrigada a pagar as despesas de hotel e alimentação se o passageiro não consegue embarcar", lembrou.
Preços
Janaina também afirmou que pode haver aumento de preços com a redução da oferta de vôos pela Varig. "Redução de oferta é sinônimo de elevação dos preços da concorrência. Isso já aconteceu e foi mostrado em reportagens", disse.
Ela afirmou, entretanto, que os aumentos podem ser "temporários", uma vez que o mercado estava aquecido devido ao período de férias --as promoções das companhias aéreas costumam acontecer na baixa temporada.
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