Publicidade
Publicidade
09/08/2006
-
14h13
da Folha Online
O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse nesta quarta-feira que está disposto a conversar diretamente com o presidente Luiz INácio Lula da Silva para pedir a definição do preço do gás natural boliviano.
"Se é importante a participação dos presidentes, vamos participar. O importante é avançar na negociação sobre os novos preços" do gás, afirmou Morales, segundo a agência de notícias France Presse.
O ministro dos Hidrocarbonetos da Bolívia, Andrés Soliz, destacou ontem que esta semana é "vital" para as negociações sobre o preço do produto e que, se não houver acordo, o caso pode ser definido através de um processo de arbitragem internacional.
"Está indo para o Rio de Janeiro uma delegação boliviana porque esta é a última das reuniões entre os governos do Brasil e da Bolívia para ver se nos colocamos de acordo sobre o tema dos preços", disse Rada. "Se não houver um acordo, veremos eventualmente a possibilidade de uma arbitragem."
O ministro informou que hoje acontecerá a última reunião entre as equipes técnicas dos dois países para definir o reajuste do preço do gás boliviano. A delegação boliviana é liderada pelo vice-presidente da estatal boliviana YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos), Juan Carlos Ortiz.
O Brasil paga US$ 4 por milhão de BTUs (British Termal Unit, medida de energia; cada BTU equivale a 26,8 metros cúbicos de gás) do gás boliviano desde julho, mas o governo boliviano quer elevar esse preço para US$ 7,50. As negociações começaram em 29 de junho e, desde então houve três encontros, nos quais não houve acordo entre a Petrobras e a YPFB.
Rada avaliou, no entanto, que a posição brasileira na negociação é cada vez mais compreensiva com relação a um aumento de preços.
"Não nos preocupa"
Soliz disse que o baixo nível de investimentos da Petrobras na Bolívia não preocupa, pois o México, o Chile e o Paraguai são hoje grandes mercados potenciais para a Bolívia.
"O México quer nos pagar preços [praticados nos mercados] internacionais pelo gás e estão sendo realizados contatos para que a Bolívia venda ao Chile energia de termelétricas, de modo que são possibilidade às quais podemos somar a possibilidade de vender gás ao Paraguai", disse o ministro.
A Petrobras suspendeu novos investimentos na Bolívia depois que o governo boliviano decretou a nacionalização das reservas de petróleo e gás bolivianas, em maio deste ano, o que afetou as operações da estatal brasileira no país.
Mesmo assim, a empresa deverá aplicar US$ 90 milhões até 2011 em negócios já em curso na Bolívia, disse nesta semana o diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró. Os recursos serão usados para elevar a produção de gás para 30 milhões de metros cúbicos/dia, a fim de garantir o contrato de fornecimento de gás ao Brasil, que prevê a importação desse volume até 2019. "Vamos deixar de investir de US$ 1,5 bilhões a US$ 2 bilhões para aumentar em mais 30 milhões a produção", disse o diretor.
"O que disse a Petrobras não nos preocupa, [a empresa] vai investir a quantidade suficiente para que a Bolívia cumpra sua cota de exportação de 30 milhões de metros cúbicos", acrescentou Soliz.
Nacionalização
O ministro disse que o processo de nacionalização das reservas de hidrocarbonetos da Bolívia avançou em alguns aspectos, mas ainda há temas pendentes, como a recuperação das refinarias.
Segundo Soliz, o ponto mais importante que já se alcançou no processo foi a designação dos representantes da YPFB nas diretorias das empresas do setor de energia no país Chaco, Andina e Transredes.
Com agências internacionais
Morales pedirá a Lula definição do preço do gás natural
Publicidade
O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse nesta quarta-feira que está disposto a conversar diretamente com o presidente Luiz INácio Lula da Silva para pedir a definição do preço do gás natural boliviano.
"Se é importante a participação dos presidentes, vamos participar. O importante é avançar na negociação sobre os novos preços" do gás, afirmou Morales, segundo a agência de notícias France Presse.
O ministro dos Hidrocarbonetos da Bolívia, Andrés Soliz, destacou ontem que esta semana é "vital" para as negociações sobre o preço do produto e que, se não houver acordo, o caso pode ser definido através de um processo de arbitragem internacional.
"Está indo para o Rio de Janeiro uma delegação boliviana porque esta é a última das reuniões entre os governos do Brasil e da Bolívia para ver se nos colocamos de acordo sobre o tema dos preços", disse Rada. "Se não houver um acordo, veremos eventualmente a possibilidade de uma arbitragem."
O ministro informou que hoje acontecerá a última reunião entre as equipes técnicas dos dois países para definir o reajuste do preço do gás boliviano. A delegação boliviana é liderada pelo vice-presidente da estatal boliviana YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos), Juan Carlos Ortiz.
O Brasil paga US$ 4 por milhão de BTUs (British Termal Unit, medida de energia; cada BTU equivale a 26,8 metros cúbicos de gás) do gás boliviano desde julho, mas o governo boliviano quer elevar esse preço para US$ 7,50. As negociações começaram em 29 de junho e, desde então houve três encontros, nos quais não houve acordo entre a Petrobras e a YPFB.
Rada avaliou, no entanto, que a posição brasileira na negociação é cada vez mais compreensiva com relação a um aumento de preços.
"Não nos preocupa"
Soliz disse que o baixo nível de investimentos da Petrobras na Bolívia não preocupa, pois o México, o Chile e o Paraguai são hoje grandes mercados potenciais para a Bolívia.
"O México quer nos pagar preços [praticados nos mercados] internacionais pelo gás e estão sendo realizados contatos para que a Bolívia venda ao Chile energia de termelétricas, de modo que são possibilidade às quais podemos somar a possibilidade de vender gás ao Paraguai", disse o ministro.
A Petrobras suspendeu novos investimentos na Bolívia depois que o governo boliviano decretou a nacionalização das reservas de petróleo e gás bolivianas, em maio deste ano, o que afetou as operações da estatal brasileira no país.
Mesmo assim, a empresa deverá aplicar US$ 90 milhões até 2011 em negócios já em curso na Bolívia, disse nesta semana o diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró. Os recursos serão usados para elevar a produção de gás para 30 milhões de metros cúbicos/dia, a fim de garantir o contrato de fornecimento de gás ao Brasil, que prevê a importação desse volume até 2019. "Vamos deixar de investir de US$ 1,5 bilhões a US$ 2 bilhões para aumentar em mais 30 milhões a produção", disse o diretor.
"O que disse a Petrobras não nos preocupa, [a empresa] vai investir a quantidade suficiente para que a Bolívia cumpra sua cota de exportação de 30 milhões de metros cúbicos", acrescentou Soliz.
Nacionalização
O ministro disse que o processo de nacionalização das reservas de hidrocarbonetos da Bolívia avançou em alguns aspectos, mas ainda há temas pendentes, como a recuperação das refinarias.
Segundo Soliz, o ponto mais importante que já se alcançou no processo foi a designação dos representantes da YPFB nas diretorias das empresas do setor de energia no país Chaco, Andina e Transredes.
Com agências internacionais
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice