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09/08/2006
-
19h31
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
A oferta pública de aquisição da Portugal Telecom feita pela Sonaecom poderá reduzir os investimentos da empresa no Brasil, segundo avaliação do presidente da Portugal Telecom, Henrique Granadeiro.
A Portugal Telecom divide com a Telefônica o controle da maior operadora de telefonia celular do país, a Vivo, com cerca 32% do mercado brasileiro de telefonia móvel.
Como alternativa à proposta da Sonae, o Conselho de Administração da empresa apresentou aos acionistas da Portugal Telecom no fim da semana passada, uma proposta de divisão da empresa em duas: uma de multimídia e outra de telefonia. 'Achamos que seria melhor não vender as ações', disse Granadeiro, que esteve reunido hoje com o ministro das Comunicações, Hélio Costa, ao lado do ministro português de Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino.
"No caso de ganhar a OPA da Sonaecom [e não a proposta de cisão], pelo elevado nível de endividamento que supõe [ao final da operação], nós achamos difícil que possa manter-se o perímetro atual da PT, sobretudo com a sua vertente internacional em setores-chave, como é o caso do Brasil", disse.
Granadeiro disse não concordar com a oferta pública de ações da Sonae porque ela "limita a capacidade de desenvolvimento da empresa em termos de investimentos, de modernização, e também da possibilidade de crescimento em um setor-chave, que nós consideramos que é o projeto da PT, entre os quais o Brasil", completou.
Os acionistas da empresa ainda aguardam um posicionamento dos órgãos de defesa da concorrência sobre a OPA para decidir entre a proposta da Sonaecom e a alternativa de cisão da companhia.
Ao comentar os desdobramentos da operação, talvez uma das maiores já realizadas no mercado de capitais português, Granadeiro destacou que a oferta pública foi considerada insuficiente, e que por isso o conselho decidiu apresentar uma alternativa que alteração estrutural do setor, que introduzirá mais concorrência.
O ministro português preferiu não fazer comentários sobre oferta da Sonae, alegando que o governo, detentor de uma golden share (ação com direito a veto), tem mantido uma posição neutra diante da operação. Entretanto, ele sinalizou que o governo valoriza os investimentos que a Portugal Telecom tem no Brasil.
Vivo
Ao comentar a atuação da empresa no Brasil, o ministro português reconheceu o erro da Vivo em adotar tecnologia CDMA, enquanto todas as outras empresas preferiram GSM.
"Na altura em que foi escolhida a tecnologia que a Vivo adotou era muito difícil prever qual iria ser a evolução futura. Escolheu-se uma tecnologia que pareceu ser a mais indicada. Há que se ter também inteligência e capacidade de reconhecer quando a história mostra que uma se sobrepõe a outra, que nós temos que nos adaptar a essa realidade. E a Vivo sentiu a necessidade de fazer uma atualização dessa tecnologia", disse, referindo-se à decisão recente da empresa de implantar também uma rede GSM no país.
"A gente diz em Portugal que só os burros é que não aprendem. A gente aprende com a vida. Portanto, é um investimento para adaptar à realidade e à evolução tecnológica que se verificou nessa área", avaliou.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Portugal Telecom
Venda da Portugal Telecom para Sonae pode reduzir investimentos no Brasil
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da Folha Online, em Brasília
A oferta pública de aquisição da Portugal Telecom feita pela Sonaecom poderá reduzir os investimentos da empresa no Brasil, segundo avaliação do presidente da Portugal Telecom, Henrique Granadeiro.
A Portugal Telecom divide com a Telefônica o controle da maior operadora de telefonia celular do país, a Vivo, com cerca 32% do mercado brasileiro de telefonia móvel.
Como alternativa à proposta da Sonae, o Conselho de Administração da empresa apresentou aos acionistas da Portugal Telecom no fim da semana passada, uma proposta de divisão da empresa em duas: uma de multimídia e outra de telefonia. 'Achamos que seria melhor não vender as ações', disse Granadeiro, que esteve reunido hoje com o ministro das Comunicações, Hélio Costa, ao lado do ministro português de Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino.
"No caso de ganhar a OPA da Sonaecom [e não a proposta de cisão], pelo elevado nível de endividamento que supõe [ao final da operação], nós achamos difícil que possa manter-se o perímetro atual da PT, sobretudo com a sua vertente internacional em setores-chave, como é o caso do Brasil", disse.
Granadeiro disse não concordar com a oferta pública de ações da Sonae porque ela "limita a capacidade de desenvolvimento da empresa em termos de investimentos, de modernização, e também da possibilidade de crescimento em um setor-chave, que nós consideramos que é o projeto da PT, entre os quais o Brasil", completou.
Os acionistas da empresa ainda aguardam um posicionamento dos órgãos de defesa da concorrência sobre a OPA para decidir entre a proposta da Sonaecom e a alternativa de cisão da companhia.
Ao comentar os desdobramentos da operação, talvez uma das maiores já realizadas no mercado de capitais português, Granadeiro destacou que a oferta pública foi considerada insuficiente, e que por isso o conselho decidiu apresentar uma alternativa que alteração estrutural do setor, que introduzirá mais concorrência.
O ministro português preferiu não fazer comentários sobre oferta da Sonae, alegando que o governo, detentor de uma golden share (ação com direito a veto), tem mantido uma posição neutra diante da operação. Entretanto, ele sinalizou que o governo valoriza os investimentos que a Portugal Telecom tem no Brasil.
Vivo
Ao comentar a atuação da empresa no Brasil, o ministro português reconheceu o erro da Vivo em adotar tecnologia CDMA, enquanto todas as outras empresas preferiram GSM.
"Na altura em que foi escolhida a tecnologia que a Vivo adotou era muito difícil prever qual iria ser a evolução futura. Escolheu-se uma tecnologia que pareceu ser a mais indicada. Há que se ter também inteligência e capacidade de reconhecer quando a história mostra que uma se sobrepõe a outra, que nós temos que nos adaptar a essa realidade. E a Vivo sentiu a necessidade de fazer uma atualização dessa tecnologia", disse, referindo-se à decisão recente da empresa de implantar também uma rede GSM no país.
"A gente diz em Portugal que só os burros é que não aprendem. A gente aprende com a vida. Portanto, é um investimento para adaptar à realidade e à evolução tecnológica que se verificou nessa área", avaliou.
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