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10/08/2006
-
09h09
da Folha de S.Paulo
Os brasileiros de São Paulo e do Rio de Janeiro têm, na média, que trabalhar mais minutos para comprar um Big Mac neste ano do que tinham no ano passado, de acordo com cálculos do banco UBS.
O paulistano tem hoje que trabalhar 38 minutos para pagar seu lanche, enquanto o carioca fica quase uma hora no escritório (53 minutos) para ganhar o equivalente ao preço do sanduíche.
No ano passado, o total de minutos por Big Mac para São Paulo era de 32; no Rio de Janeiro, de 42.
As duas cidades foram as mais bem colocadas no ranking deste ano entre as latino-americanas. Depois do Rio vêm Santiago do Chile e Buenos Aires, ambas com 56 minutos por Big Mac.
A instituição faz esse cálculo para que se possa comparar de forma simples a paridade do poder de compra --ou seja, a relação entre salários e preços nos diferentes países.
"Os salários só são relevantes em relação aos preços, isto é, o que se pode comprar com o dinheiro ganho", diz o relatório do UBS. O banco calculou a média dos salários líquidos por hora de 14 profissões e dividiu esse valor pelo preço de um produto disponível em quase todo o mundo: o sanduíche Big Mac, do McDonald's.
Por esse critério, a cidade onde o dinheiro dos trabalhadores vale mais é Tóquio --apesar de a cidade ser uma das mais caras do mundo. Lá, é preciso trabalhar só dez minutos para poder comprar um Big Mac.
Das 70 cidades pesquisadas, a que teve pior resultado no ranking foi a colombiana Bogotá, onde um Big Mac equivale a mais de uma hora e meia de trabalho, ou 97 minutos.
A média mundial de tempo de trabalho por sanduíche é de 35 minutos, segundo o relatório do UBS.
Salários e preços
O documento ressalta que as cidades em que houve as maiores altas, tanto de preços como de salários, foram São Paulo, Rio de Janeiro e Santiago do Chile, devido ao crescimento econômico e à apreciação das moedas locais em relação ao dólar. No entanto os preços subiram mais do que os salários, o que achata o poder de compra.
O indicador de preço do estudo é o custo de uma cesta de 22 produtos e serviços, que não inclui o preço de aluguéis.
O relatório também mostra que os trabalhadores de Seul, na Coréia do Sul, trabalham mais horas por ano do que aqueles de cidades européias, como Paris e Berlim. Se for tomada como base uma semana de trabalho de 42 horas, os asiáticos trabalham cerca de 50 dias a mais por ano do que os parisienses.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o índice Big Mac
Brasileiro tem de trabalhar mais para comprar Big Mac
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Os brasileiros de São Paulo e do Rio de Janeiro têm, na média, que trabalhar mais minutos para comprar um Big Mac neste ano do que tinham no ano passado, de acordo com cálculos do banco UBS.
O paulistano tem hoje que trabalhar 38 minutos para pagar seu lanche, enquanto o carioca fica quase uma hora no escritório (53 minutos) para ganhar o equivalente ao preço do sanduíche.
No ano passado, o total de minutos por Big Mac para São Paulo era de 32; no Rio de Janeiro, de 42.
As duas cidades foram as mais bem colocadas no ranking deste ano entre as latino-americanas. Depois do Rio vêm Santiago do Chile e Buenos Aires, ambas com 56 minutos por Big Mac.
A instituição faz esse cálculo para que se possa comparar de forma simples a paridade do poder de compra --ou seja, a relação entre salários e preços nos diferentes países.
"Os salários só são relevantes em relação aos preços, isto é, o que se pode comprar com o dinheiro ganho", diz o relatório do UBS. O banco calculou a média dos salários líquidos por hora de 14 profissões e dividiu esse valor pelo preço de um produto disponível em quase todo o mundo: o sanduíche Big Mac, do McDonald's.
Por esse critério, a cidade onde o dinheiro dos trabalhadores vale mais é Tóquio --apesar de a cidade ser uma das mais caras do mundo. Lá, é preciso trabalhar só dez minutos para poder comprar um Big Mac.
Das 70 cidades pesquisadas, a que teve pior resultado no ranking foi a colombiana Bogotá, onde um Big Mac equivale a mais de uma hora e meia de trabalho, ou 97 minutos.
A média mundial de tempo de trabalho por sanduíche é de 35 minutos, segundo o relatório do UBS.
Salários e preços
O documento ressalta que as cidades em que houve as maiores altas, tanto de preços como de salários, foram São Paulo, Rio de Janeiro e Santiago do Chile, devido ao crescimento econômico e à apreciação das moedas locais em relação ao dólar. No entanto os preços subiram mais do que os salários, o que achata o poder de compra.
O indicador de preço do estudo é o custo de uma cesta de 22 produtos e serviços, que não inclui o preço de aluguéis.
O relatório também mostra que os trabalhadores de Seul, na Coréia do Sul, trabalham mais horas por ano do que aqueles de cidades européias, como Paris e Berlim. Se for tomada como base uma semana de trabalho de 42 horas, os asiáticos trabalham cerca de 50 dias a mais por ano do que os parisienses.
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