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14/08/2006 - 09h31

Investidor aguarda dados sobre inflação americana

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da Folha de S.Paulo

Passada a reunião do Fed (o banco central dos EUA), os investidores estarão focados na divulgação de dados econômicos norte-americanos para ajustarem suas aplicações nesta semana.

Amanhã e na quarta-feira, serão apresentados nos Estados Unidos dados de inflação no atacado e no varejo --PPI e CPI, na sigla em inglês.

Ao término de sua reunião na última terça-feira, o Fed avisou que o fim do processo de alta de juros americanos está condicionado à evolução dos índices de preços e de atividade econômica. Ou seja, a decisão de manter a taxa norte-americana em 5,25% foi mais uma parada técnica.

Ainda na quarta, serão divulgados nos EUA números de produção industrial e de construção de novas casas, que darão sinais sobre o nível de aquecimento econômico do país.

Com esses dados conhecidos, o mercado financeiro global deve reavaliar suas previsões para o futuro dos juros nos Estados Unidos. O Fed só fará outro encontro para definir os juros no fim de setembro.

"A agenda econômica da semana conta com a divulgação de vários índices importantes nos Estados Unidos e que refletem no mundo inteiro, como PPI, CPI e pedidos de auxílio desemprego", informa em análise a Link Corretora.

Na última sexta-feira, a divulgação de dados de vendas no varejo norte-americano trouxe cautela ao mercado.

"A expressiva reaceleração das vendas no varejo norte-americano em julho fez subir para perto de 50% a probabilidade, embutida nos contratos futuros, de que os juros venham a ser novamente elevados ainda neste ano", avalia a LCA Consultores.

"Com isso, a remuneração dos títulos públicos norte-americanos apresentou elevação, com os juros dos papéis de dez anos avançando para 4,97% ao ano, contra 4,89% anuais no encerramento da semana anterior", diz a LCA.

Bom momento

De positivo para o Brasil na semana passada, o risco-país recuou a seu mais baixo nível histórico na quarta-feira. O indicador bateu nos 208 pontos naquele dia, patamar nunca antes registrado.

O risco-país mede a diferença entre os juros pagos pelos títulos do Tesouro norte-americano e a taxa cobrada do governo brasileiro ao emitir papéis no exterior.

Dessa forma, quanto menor for o risco-país menores são os custos para empresas e governo brasileiros captarem recursos no mercado internacional.

Se os juros deixarem de subir nos Estados Unidos, aumentam as chances de o risco-país brasileiro cair ainda mais.

O próximo passo é o Brasil passar a ser rotulado como "investment grade" (grau de investimento) pelas agências internacionais de classificação de risco. Ao se tornar "investment grade", um país representa baixíssimo risco e, conseqüentemente, passa a pagar menos para conseguir empréstimos no mercado internacional.

Eleição

Em 2002, no período pré-eleitoral, o Brasil vivia uma outra realidade no mercado financeiro. O risco-país alcançou sua máxima histórica, de 2.436 pontos, mostrando que muitos investidores temiam que o país quebrasse.

Mas, mesmo com a recente melhora do risco brasileiro, aos olhos dos investidores estrangeiros o país ainda é mais arriscado que outros países latino-americanos. O México conta com risco de 103 pontos. O Peru, de 138 pontos. E a Venezuela, de 195 pontos.

Especial
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