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20/08/2006
-
15h32
da Efe, em La Paz
O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou que a empresa petrolífera estatal YPFB começará a perfurar jazidas no ano que vem. Mas acrescentou que ainda não se sabe se isso será feito com recursos próprios ou em associação com empresas privadas.
O anúncio foi feito na noite deste sábado ao fim de uma reunião de avaliação dos primeiros sete meses de governo com seu gabinete, em um hotel situado junto ao lago Titicaca, informou hoje a ABI (Agência Boliviana de Informação).
Morales, que nacionalizou os hidrocarbonetos em 1º de maio, mas ainda não conseguiu concretizar alguns aspectos-chave do decreto, afirmou que a YPFB deve assumir em breve seu papel central na produção, comercialização e industrialização do setor.
"A industrialização dos recursos naturais, especialmente dos hidrocarbonetos, é prioritária para nós", afirmou Morales no fim da reunião a portas fechadas, onde uma das decisões, segundo a ABI, foi a de "acelerar o fortalecimento da empresa petrolífera estatal".
"Precisamos de dois anos para perfurar e fazer as instalações correspondentes e, desta maneira, continuar aumentando os volumes de exportação e de industrialização", disse o presidente boliviano.
"O nosso debate é interno, se [as perfurações] serão [feitas]com recursos econômicos próprios do Estado, através da YPFB, ou com parceiros" informou Morales, reconhecendo que a estatal e o Estado têm limitações para encarar esse desafio.
O governo boliviano inicialmente destinar US$ 70 milhões adicionais à YPFB, dinheiro conseguido com o recente aumento do preço do gás vendido à Argentina, mas tropeçou na resistência dos municípios e departamentos que, por lei, têm direito a parte desses recursos.
Morales se queixa com freqüência de que as leis não permitem que faça tudo o que deseja, uma das razões pelas quais promoveu a Assembléia Constituinte, que começou a deliberar este mês em Sucre, capital oficial da Bolívia.
O Ministério da Fazenda boliviano afirmou que os municípios e as prefeituras (Governos departamentais) têm mais de US$ 500 milhões provenientes do IDH (Imposto Direto dos Hidrocarbonetos) não utilizados.
"O IDH foi dividido entre prefeituras e municípios. Isso dificulta um pouco para que possamos, através da YPFB, não somente nos dedicar à industrialização, mas a novas explorações, perfurações e construção das instalações correspondentes", disse Morales.
O presidente boliviano não descartou a possibilidade de recorrer à cooperação internacional para fortalecer a YPFB e entregar à estatal o controle efetivo de todo o negócio dos hidrocarbonetos, como determina o decreto de maio, que não pôde ser cumprido até agora.
O governo também tem investimentos não executados, admitiu Morales no fim da reunião com cem pessoas, entre ministros, vice-ministros e outros altos funcionários.
"Estamos irritados com a burocracia", disse Morales, ao comentar que seu governo, nos primeiros sete meses do ano, executou menos de 30% do investimento orçado, as prefeituras pouco mais de 20% e os municípios, 40%.
Morales admitiu que há pouca coordenação no governo, e prometeu se dedicar a isso de segunda a quinta-feira, e percorrer o país fazendo discursos apenas de sexta-feira a domingo.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a estatal petrolífera boliviana
Evo Morales diz que estatal boliviana vai perfurar poços a partir de 2007
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O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou que a empresa petrolífera estatal YPFB começará a perfurar jazidas no ano que vem. Mas acrescentou que ainda não se sabe se isso será feito com recursos próprios ou em associação com empresas privadas.
O anúncio foi feito na noite deste sábado ao fim de uma reunião de avaliação dos primeiros sete meses de governo com seu gabinete, em um hotel situado junto ao lago Titicaca, informou hoje a ABI (Agência Boliviana de Informação).
Morales, que nacionalizou os hidrocarbonetos em 1º de maio, mas ainda não conseguiu concretizar alguns aspectos-chave do decreto, afirmou que a YPFB deve assumir em breve seu papel central na produção, comercialização e industrialização do setor.
"A industrialização dos recursos naturais, especialmente dos hidrocarbonetos, é prioritária para nós", afirmou Morales no fim da reunião a portas fechadas, onde uma das decisões, segundo a ABI, foi a de "acelerar o fortalecimento da empresa petrolífera estatal".
"Precisamos de dois anos para perfurar e fazer as instalações correspondentes e, desta maneira, continuar aumentando os volumes de exportação e de industrialização", disse o presidente boliviano.
"O nosso debate é interno, se [as perfurações] serão [feitas]com recursos econômicos próprios do Estado, através da YPFB, ou com parceiros" informou Morales, reconhecendo que a estatal e o Estado têm limitações para encarar esse desafio.
O governo boliviano inicialmente destinar US$ 70 milhões adicionais à YPFB, dinheiro conseguido com o recente aumento do preço do gás vendido à Argentina, mas tropeçou na resistência dos municípios e departamentos que, por lei, têm direito a parte desses recursos.
Morales se queixa com freqüência de que as leis não permitem que faça tudo o que deseja, uma das razões pelas quais promoveu a Assembléia Constituinte, que começou a deliberar este mês em Sucre, capital oficial da Bolívia.
O Ministério da Fazenda boliviano afirmou que os municípios e as prefeituras (Governos departamentais) têm mais de US$ 500 milhões provenientes do IDH (Imposto Direto dos Hidrocarbonetos) não utilizados.
"O IDH foi dividido entre prefeituras e municípios. Isso dificulta um pouco para que possamos, através da YPFB, não somente nos dedicar à industrialização, mas a novas explorações, perfurações e construção das instalações correspondentes", disse Morales.
O presidente boliviano não descartou a possibilidade de recorrer à cooperação internacional para fortalecer a YPFB e entregar à estatal o controle efetivo de todo o negócio dos hidrocarbonetos, como determina o decreto de maio, que não pôde ser cumprido até agora.
O governo também tem investimentos não executados, admitiu Morales no fim da reunião com cem pessoas, entre ministros, vice-ministros e outros altos funcionários.
"Estamos irritados com a burocracia", disse Morales, ao comentar que seu governo, nos primeiros sete meses do ano, executou menos de 30% do investimento orçado, as prefeituras pouco mais de 20% e os municípios, 40%.
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