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21/08/2006
-
10h32
da Folha Online
O governo boliviano deve realizar nesta segunda-feira uma reunião com representantes dos índios guaranis que ocupam desde a semana passada a Estação Operacional de Parapetí, da Transierra (empresa com participação da Petrobras), localizada no município de Charagua, no Departamento de Santa Cruz (leste do país).
A reunião deve ocorrer hoje, às 14h (em Brasília), entre o ministro do Desenvolvimento Rural, Hugo Salvatierra, representantes das secretarias de Meio Ambiente e Recursos Naturais e diretores da Transierra devem se encontrar com representantes de comunidades guaranis e da APG (Assembléia do Povo Guarani).
Os representantes da APG reforçaram a ameaça de fechar uma válvula de passagem do gasoduto --que serve para a exportação de gás natural da Bolívia para o Brasil desde 2004-- se não tiverem suas reivindicações atendidas, segundo o site do diário boliviano "El Deber".
O assessor de comunicação da Transierra, Hugo Muñoz, disse ao "El Deber", no entanto, que a empresa não recebeu nenhum convite oficial para participar da reunião. "Temos buscado em diversas oportunidades a abertura ao diálogo, através de cartas, mas não nos atenderam", disse.
O secretário de recursos ambientais da APG, Marcelo Claudio, disse que a Transierra dificulta, com entraves burocráticos, a liberação de recursos para a execução de obras em benefício das comunidades indígenas. "Queremos administrar de forma direta os recursos que a Transierra se comprometeu a nos entregar", disse Claudio. Segundo o diário boliviano, o montante a ser liberado chega a US$ 9 milhões.
"Parece que não somos donos desses fundos compensatórios pelo uso de nossas terras para transportar gás", acrescentou.
O coordenador de relações comunitárias da Transierra, Rafael Chávez, destacou que entre julho de 2005 e junho deste ano a empresa repassou cerca de US$ 256 mil para a execução de obras e disse que o convênio firmado com as comunidades indígenas estabelece que os recursos têm prazo de 20 anos para serem entregues.
O líder da APG (Assembléia do Povo Guarani), Wilson Changaray, disse que a entrada nas instalações da estação foi pacífica, e que "as válvulas e os outros equipamentos não foram tocados", segundo a agência de notícias Efe.
Os indígenas que ocupam a estação ergueram acampamentos perto da válvula de passagem do gasoduto para o Brasil. A Transierra alertou para o risco de acidentes no local.
Risco
Claudio disse que as famílias que estão no local foram instruídas a não acenderem fósforos nem realizarem atividades que possam apresentar risco nas proximidades da válvula.
Chávez, por sua vez, disse que as normas de segurança para a entrada na estação foram violadas com a ocupação pelos indígenas. "Basta apenas uma fagulha, e pode acontecer uma explosão que atingirá um raio de mais de um quilômetro."
A Transierra é uma sociedade formada pela Petrobras, pela Repsol YPF e pela francesa TotalFinaElf --a participação da Petrobras no grupo é de 44,5%. A Transierra administra o gasoduto Yacuiba-Rio Grande, de 432 quilômetros de extensão e capacidade de transportar de 11 milhões de metros cúbicos por dia.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a nacionalização na Bolívia
Bolívia negociará com índios para evitar corte de gás à Petrobras
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O governo boliviano deve realizar nesta segunda-feira uma reunião com representantes dos índios guaranis que ocupam desde a semana passada a Estação Operacional de Parapetí, da Transierra (empresa com participação da Petrobras), localizada no município de Charagua, no Departamento de Santa Cruz (leste do país).
A reunião deve ocorrer hoje, às 14h (em Brasília), entre o ministro do Desenvolvimento Rural, Hugo Salvatierra, representantes das secretarias de Meio Ambiente e Recursos Naturais e diretores da Transierra devem se encontrar com representantes de comunidades guaranis e da APG (Assembléia do Povo Guarani).
Os representantes da APG reforçaram a ameaça de fechar uma válvula de passagem do gasoduto --que serve para a exportação de gás natural da Bolívia para o Brasil desde 2004-- se não tiverem suas reivindicações atendidas, segundo o site do diário boliviano "El Deber".
O assessor de comunicação da Transierra, Hugo Muñoz, disse ao "El Deber", no entanto, que a empresa não recebeu nenhum convite oficial para participar da reunião. "Temos buscado em diversas oportunidades a abertura ao diálogo, através de cartas, mas não nos atenderam", disse.
O secretário de recursos ambientais da APG, Marcelo Claudio, disse que a Transierra dificulta, com entraves burocráticos, a liberação de recursos para a execução de obras em benefício das comunidades indígenas. "Queremos administrar de forma direta os recursos que a Transierra se comprometeu a nos entregar", disse Claudio. Segundo o diário boliviano, o montante a ser liberado chega a US$ 9 milhões.
"Parece que não somos donos desses fundos compensatórios pelo uso de nossas terras para transportar gás", acrescentou.
O coordenador de relações comunitárias da Transierra, Rafael Chávez, destacou que entre julho de 2005 e junho deste ano a empresa repassou cerca de US$ 256 mil para a execução de obras e disse que o convênio firmado com as comunidades indígenas estabelece que os recursos têm prazo de 20 anos para serem entregues.
O líder da APG (Assembléia do Povo Guarani), Wilson Changaray, disse que a entrada nas instalações da estação foi pacífica, e que "as válvulas e os outros equipamentos não foram tocados", segundo a agência de notícias Efe.
Os indígenas que ocupam a estação ergueram acampamentos perto da válvula de passagem do gasoduto para o Brasil. A Transierra alertou para o risco de acidentes no local.
Risco
Claudio disse que as famílias que estão no local foram instruídas a não acenderem fósforos nem realizarem atividades que possam apresentar risco nas proximidades da válvula.
Chávez, por sua vez, disse que as normas de segurança para a entrada na estação foram violadas com a ocupação pelos indígenas. "Basta apenas uma fagulha, e pode acontecer uma explosão que atingirá um raio de mais de um quilômetro."
A Transierra é uma sociedade formada pela Petrobras, pela Repsol YPF e pela francesa TotalFinaElf --a participação da Petrobras no grupo é de 44,5%. A Transierra administra o gasoduto Yacuiba-Rio Grande, de 432 quilômetros de extensão e capacidade de transportar de 11 milhões de metros cúbicos por dia.
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