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21/08/2006
-
15h02
da Folha Online
O governo da Bolívia informou nesta segunda-feira que o abastecimento de gás natural para o Brasil será assegurado, apesar dos protestos nos últimos dias por parte de grupos indígenas, que ocuparam a Estação Operacional de Parapetí, da Transierra (empresa com participação da Petrobras), localizada no Departamento de Santa Cruz (leste do país).
"Vamos resolver isso ainda hoje", disse o ministro do Desenvolvimento Rural, Hugo Salvatierra, após reunião entre membros do governo e dos grupos guaranis. "Assim como eles [a APG, Assembléia do Povo Guarani] precisam ser ouvidos, nós também precisamos garantir o serviços de combustíveis", afirmou, segundo a agência de notícias France Presse.
"Isso não pode continuar. O dano seria enorme para o país. Não à empresa, mas ao país", disse Salvatierra.
O ministro destacou que a primeira questão a ser tratada é a de uma possibilidade de a APG apelar para a violência. "São as primeiras questões que temos a resolver, que não haja nenhum tipo de bloqueio, nem de ocupação, nem fechamento de válvulas", disse.
Representantes da APG ameaçaram fechar fechar uma válvula de passagem do gasoduto Yacuiba-Rio Grande --que serve para a exportação de gás natural da Bolívia para o Brasil desde 2004-- se não tiverem suas reivindicações atendidas.
O secretário de recursos ambientais da APG, Marcelo Claudio, disse na semana passada que a Transierra dificulta a liberação de US$ 9 milhões devidos às comunidades indígenas para a execução de obras sociais.
"Os indígenas dizem que a empresa não cumpriu [o acordo de repasse] e, portanto, agora exigem que os US$ 9 milhões sejam depositados na conta da APG, [ainda que] esses recursos podem não estar tão facilmente disponíveis", acrescentou Salvatierra.
Os grupos indígenas alegam que a Transierra prometeu, em um acordo firmado em julho de 2005, entregar os recursos para os grupos indígenas. A Transierra, por sua vez, informou que a verba, que virá como compensação por danos ambientais, será paga em 20 anos.
O Brasil paga US$ 4 por milhão de BTUs (British Termal Unit, medida de energia; cada BTU equivale a 26,8 metros cúbicos de gás) do gás boliviano desde julho, mas o governo boliviano quer elevar esse preço para US$ 7,50.
A Transierra é uma sociedade formada pela Petrobras, pela Repsol YPF e pela francesa TotalFinaElf --a participação da Petrobras no grupo é de 44,5%. A empresa administra o gasoduto Yacuiba-Rio Grande, de 432 quilômetros de extensão e capacidade de transportar de 11 milhões de metros cúbicos por dia.
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O governo da Bolívia informou nesta segunda-feira que o abastecimento de gás natural para o Brasil será assegurado, apesar dos protestos nos últimos dias por parte de grupos indígenas, que ocuparam a Estação Operacional de Parapetí, da Transierra (empresa com participação da Petrobras), localizada no Departamento de Santa Cruz (leste do país).
"Vamos resolver isso ainda hoje", disse o ministro do Desenvolvimento Rural, Hugo Salvatierra, após reunião entre membros do governo e dos grupos guaranis. "Assim como eles [a APG, Assembléia do Povo Guarani] precisam ser ouvidos, nós também precisamos garantir o serviços de combustíveis", afirmou, segundo a agência de notícias France Presse.
"Isso não pode continuar. O dano seria enorme para o país. Não à empresa, mas ao país", disse Salvatierra.
O ministro destacou que a primeira questão a ser tratada é a de uma possibilidade de a APG apelar para a violência. "São as primeiras questões que temos a resolver, que não haja nenhum tipo de bloqueio, nem de ocupação, nem fechamento de válvulas", disse.
Representantes da APG ameaçaram fechar fechar uma válvula de passagem do gasoduto Yacuiba-Rio Grande --que serve para a exportação de gás natural da Bolívia para o Brasil desde 2004-- se não tiverem suas reivindicações atendidas.
O secretário de recursos ambientais da APG, Marcelo Claudio, disse na semana passada que a Transierra dificulta a liberação de US$ 9 milhões devidos às comunidades indígenas para a execução de obras sociais.
"Os indígenas dizem que a empresa não cumpriu [o acordo de repasse] e, portanto, agora exigem que os US$ 9 milhões sejam depositados na conta da APG, [ainda que] esses recursos podem não estar tão facilmente disponíveis", acrescentou Salvatierra.
Os grupos indígenas alegam que a Transierra prometeu, em um acordo firmado em julho de 2005, entregar os recursos para os grupos indígenas. A Transierra, por sua vez, informou que a verba, que virá como compensação por danos ambientais, será paga em 20 anos.
O Brasil paga US$ 4 por milhão de BTUs (British Termal Unit, medida de energia; cada BTU equivale a 26,8 metros cúbicos de gás) do gás boliviano desde julho, mas o governo boliviano quer elevar esse preço para US$ 7,50.
A Transierra é uma sociedade formada pela Petrobras, pela Repsol YPF e pela francesa TotalFinaElf --a participação da Petrobras no grupo é de 44,5%. A empresa administra o gasoduto Yacuiba-Rio Grande, de 432 quilômetros de extensão e capacidade de transportar de 11 milhões de metros cúbicos por dia.
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