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22/08/2006
-
09h06
ADRIANA MATTOS
da Folha de S.Paulo
Motor do comércio varejista no primeiro semestre, a venda de produtos eletroeletrônicos cresceu 14,43% de janeiro a junho em relação a 2005 --alta de 37,84% na demanda por televisores. Os brasileiros compraram 6 milhões de TVs em seis meses. Estima-se que metade disso --cerca de 3 milhões-- tenha sido comprada apenas entre maio e junho, apurou a Folha. Para o segundo semestre, deverão ser mais 4 milhões de unidades.
No caso dos DVDs, a alta foi de 40,87% no período, segundo a Eletros, entidade do setor, que não informou a quantidade de DVDs vendidos.
Com a comercialização de TVs de plasma de 42 polegadas a R$ 3.990 nas lojas (preço mínimo) --em novembro de 2005, o produto custava R$ 9.999--, houve forte aumento no consumo recente do item. A opção de pagamento em até 12 parcelas sem juros e a queda --ainda leve, porém-- nas taxas para as compras em prazos maiores fizeram a procura crescer. O consumo, porém, começa a dar sinais de arrefecimento.
A perda de fôlego é reflexo do processo de estocagem do varejo no primeiro semestre. Os 6 milhões de TVs foram vendidos da indústria para as lojas, mas nem tudo foi comprado na ponta, pelo consumidor. Com isso, o varejo ainda tem estoque antigo nos pontos-de-venda porque, devido a razões estratégicas, as redes preferiram comprar elevados volumes nos últimos meses para não correr o risco de ficar sem mercadoria às vésperas da Copa do Mundo. A venda aconteceu no primeiro semestre, mas ainda sobraram mercadorias nas lojas.
Como resultado, a indústria acabou entregando menos aparelhos para as lojas em julho, por conta desse estoque antigo --e caiu o ritmo de produção das fábricas na Zona Franca de Manaus. Pelos cálculos da Eletros, em julho, as vendas de TVs tiveram retração de 35% em comparação a junho.
A retração não fez a associação dos fabricantes rever as projeções do ano. Estima-se crescimento entre 16% e 17% nas vendas de produtos eletrônicos de consumo em 2006.
Polêmica
Recentemente, entidades de defesa do consumidor alertaram para os riscos da compra da TV de plasma, informou a Folha. O produto vendido pode ter qualidade de imagem inferior à apresentada nas lojas.
Objeto de desejo de parte dos consumidores, as redes varejistas já vendem a TV de plasma de 42 polegadas a R$ 4.648 (marcas líderes). O produto de preço mais baixo é encontrado na rede Sam's Club, por R$ 3.990 (marca Digistar).
Em julho, quando o eletrônico custava, em média, R$ 5.900, as redes e os fabricantes chegaram a afirmar que os preços não cairiam mais. É tática comum: para vender, o mercado "blefa" e informa que novos cortes não acontecerão.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o comércio varejista
Indústria vende 6 milhões de TVs até junho
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da Folha de S.Paulo
Motor do comércio varejista no primeiro semestre, a venda de produtos eletroeletrônicos cresceu 14,43% de janeiro a junho em relação a 2005 --alta de 37,84% na demanda por televisores. Os brasileiros compraram 6 milhões de TVs em seis meses. Estima-se que metade disso --cerca de 3 milhões-- tenha sido comprada apenas entre maio e junho, apurou a Folha. Para o segundo semestre, deverão ser mais 4 milhões de unidades.
No caso dos DVDs, a alta foi de 40,87% no período, segundo a Eletros, entidade do setor, que não informou a quantidade de DVDs vendidos.
Com a comercialização de TVs de plasma de 42 polegadas a R$ 3.990 nas lojas (preço mínimo) --em novembro de 2005, o produto custava R$ 9.999--, houve forte aumento no consumo recente do item. A opção de pagamento em até 12 parcelas sem juros e a queda --ainda leve, porém-- nas taxas para as compras em prazos maiores fizeram a procura crescer. O consumo, porém, começa a dar sinais de arrefecimento.
A perda de fôlego é reflexo do processo de estocagem do varejo no primeiro semestre. Os 6 milhões de TVs foram vendidos da indústria para as lojas, mas nem tudo foi comprado na ponta, pelo consumidor. Com isso, o varejo ainda tem estoque antigo nos pontos-de-venda porque, devido a razões estratégicas, as redes preferiram comprar elevados volumes nos últimos meses para não correr o risco de ficar sem mercadoria às vésperas da Copa do Mundo. A venda aconteceu no primeiro semestre, mas ainda sobraram mercadorias nas lojas.
Como resultado, a indústria acabou entregando menos aparelhos para as lojas em julho, por conta desse estoque antigo --e caiu o ritmo de produção das fábricas na Zona Franca de Manaus. Pelos cálculos da Eletros, em julho, as vendas de TVs tiveram retração de 35% em comparação a junho.
A retração não fez a associação dos fabricantes rever as projeções do ano. Estima-se crescimento entre 16% e 17% nas vendas de produtos eletrônicos de consumo em 2006.
Polêmica
Recentemente, entidades de defesa do consumidor alertaram para os riscos da compra da TV de plasma, informou a Folha. O produto vendido pode ter qualidade de imagem inferior à apresentada nas lojas.
Objeto de desejo de parte dos consumidores, as redes varejistas já vendem a TV de plasma de 42 polegadas a R$ 4.648 (marcas líderes). O produto de preço mais baixo é encontrado na rede Sam's Club, por R$ 3.990 (marca Digistar).
Em julho, quando o eletrônico custava, em média, R$ 5.900, as redes e os fabricantes chegaram a afirmar que os preços não cairiam mais. É tática comum: para vender, o mercado "blefa" e informa que novos cortes não acontecerão.
Especial
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