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08/09/2006 - 09h43

BC teme alta excessiva de juros e recessão nos EUA

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ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília

O Banco Central teme que o processo de alta dos juros nos EUA tenha sido excessivo e possa levar o país à recessão. No entanto, o Copom (Comitê de Política Monetária) avalia que há baixa probabilidade para um cenário de deterioração nos mercados internacionais.

'Apesar de a necessidade de altas adicionais não estar descartada, desde a última reunião do Copom reduziu-se acentuadamente o grau de incerteza sobre a política monetária dos EUA. Por outro lado, ganhou importância o temor de que esse aperto monetário possa ter sido excessivo, e que, portanto, a economia estadunidense possa entrar em recessão', diz a ata da reunião realizada na semana passada e divulgada hoje.

No mês passado, o Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) interrompeu o ciclo de altas nos juros iniciado em julho de 2004. No período, a taxa passou 1% ao ano para 5,25% ao ano

Além de não esperar uma deterioração dos mercados internacionais, o Copom avalia que hoje o Brasil está muito mais resistente à choques externos em conseqüência, principalmente, dos elevados superávits comerciais, do superávit primário, da recomposição das reservas internacionais e da melhora do endividamento brasileiro.

'Esse aumento da resistência a choques refletiu-se, sobretudo, na constatação de que a economia doméstica tem mantido sua trajetória de crescimento em meio ao longo processo de ajuste das taxas de juros nos EUA, ao qual se juntaram a Zona do Euro e o Japão. Dessa forma, o Copom continua atribuindo baixa probabilidade a um cenário de deterioração significativa nos mercados financeiros internacionais, ou seja, suficiente para comprometer as condições de financiamento do país.'

O Copom volta ainda a afirmar que os preços do petróleo são uma fonte de incerteza no cenário internacional e de que esses elevados patamares devem permanecer por um período acima do esperado.

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