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09/09/2006
-
09h30
ADRIANA MATTOS
da Folha de S.Paulo
Em conversa com analistas na última segunda-feira, em Londres, o comando do grupo Volkswagen disse que há previsão de "forte demanda" por veículos da marca na América do Sul, com uma "bem-sucedida mudança nos rumos" da empresa na região. Afirma ainda que "as vendas aos consumidores no Brasil têm crescido". De janeiro a junho, a montadora vendeu 4,3 bilhões nos países da América do Sul mais a África do Sul. O valor é 42,2% superior ao do mesmo período de 2005, segundo a "apresentação estratégica" divulgada no encontro.
A taxa de crescimento é a maior da multinacional alemã entre todas as áreas em que opera --Europa, América do Norte, Ásia/Pacífico.
O lucro operacional da Volks na América do Sul e África do Sul cresceu 53,2% no primeiro semestre --a melhor taxa para todas as regiões analisadas-- e atingiu 144 milhões ao final de junho. Não há indicadores de vendas apenas de Brasil.
Os dados fizeram parte da exposição a analistas coordenada pelo presidente do grupo Volkswagen, Bernd Pischetsrieder, e por seu diretor financeiro, Hans Dieter Poetsch.
A empresa voltou a confirmar no encontro que há uma perda cambial localizada na América do Sul e isso tem afetado negativamente o desempenho do grupo. Ainda informa, independentemente dos ganhos de vendas na região, que "ajustes na capacidade [de produção] são inevitáveis".
No Brasil, a companhia anunciou no dia 3 de maio um amplo projeto de reestruturação que inclui a demissão de trabalhadores, corte de benefícios dos empregados e redução dos custos das fábricas como parte de um plano global do grupo alemão.
PDV global
No último dia 4, na mesma data que o comando da empresa se reunia em Londres, a Volkswagen recuou e suspendeu as 1.800 cartas de demissão distribuídas a trabalhadores de São Bernardo do Campo. Também propôs ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (CUT) retomar as negociações para discutir o plano de reestruturação da empresa no país.
A Volks do Brasil tem de apresentar até a primeira quinzena deste mês, em reunião na Alemanha, um acordo para a redução de custos no Brasil.
Na reunião do comando da Volks, foi anunciado ainda que cerca de 3.500 trabalhadores da fabricante aceitaram deixar seus empregos no primeiro semestre de 2007 na Alemanha. Isso por meio de programa de demissões voluntárias, segundo Pischetsrieder
O grupo disse que vai lançar 28 modelos nos próximos dois anos, segundo Poetsch. O executivo espera que o volume de vendas, em 2007, cresça a uma taxa inferior à deste ano, mas com aumento do lucro superior ao crescimento das vendas e com custos laborais, de produção e de desenvolvimento de produto em redução.
Poetsch reforçou ser "imperativo" chegar a um acordo com os sindicatos sobre custos e competitividade no trabalho.
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Volks mundial afirma que Brasil vai bem
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da Folha de S.Paulo
Em conversa com analistas na última segunda-feira, em Londres, o comando do grupo Volkswagen disse que há previsão de "forte demanda" por veículos da marca na América do Sul, com uma "bem-sucedida mudança nos rumos" da empresa na região. Afirma ainda que "as vendas aos consumidores no Brasil têm crescido". De janeiro a junho, a montadora vendeu 4,3 bilhões nos países da América do Sul mais a África do Sul. O valor é 42,2% superior ao do mesmo período de 2005, segundo a "apresentação estratégica" divulgada no encontro.
A taxa de crescimento é a maior da multinacional alemã entre todas as áreas em que opera --Europa, América do Norte, Ásia/Pacífico.
O lucro operacional da Volks na América do Sul e África do Sul cresceu 53,2% no primeiro semestre --a melhor taxa para todas as regiões analisadas-- e atingiu 144 milhões ao final de junho. Não há indicadores de vendas apenas de Brasil.
Os dados fizeram parte da exposição a analistas coordenada pelo presidente do grupo Volkswagen, Bernd Pischetsrieder, e por seu diretor financeiro, Hans Dieter Poetsch.
A empresa voltou a confirmar no encontro que há uma perda cambial localizada na América do Sul e isso tem afetado negativamente o desempenho do grupo. Ainda informa, independentemente dos ganhos de vendas na região, que "ajustes na capacidade [de produção] são inevitáveis".
No Brasil, a companhia anunciou no dia 3 de maio um amplo projeto de reestruturação que inclui a demissão de trabalhadores, corte de benefícios dos empregados e redução dos custos das fábricas como parte de um plano global do grupo alemão.
PDV global
No último dia 4, na mesma data que o comando da empresa se reunia em Londres, a Volkswagen recuou e suspendeu as 1.800 cartas de demissão distribuídas a trabalhadores de São Bernardo do Campo. Também propôs ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (CUT) retomar as negociações para discutir o plano de reestruturação da empresa no país.
A Volks do Brasil tem de apresentar até a primeira quinzena deste mês, em reunião na Alemanha, um acordo para a redução de custos no Brasil.
Na reunião do comando da Volks, foi anunciado ainda que cerca de 3.500 trabalhadores da fabricante aceitaram deixar seus empregos no primeiro semestre de 2007 na Alemanha. Isso por meio de programa de demissões voluntárias, segundo Pischetsrieder
O grupo disse que vai lançar 28 modelos nos próximos dois anos, segundo Poetsch. O executivo espera que o volume de vendas, em 2007, cresça a uma taxa inferior à deste ano, mas com aumento do lucro superior ao crescimento das vendas e com custos laborais, de produção e de desenvolvimento de produto em redução.
Poetsch reforçou ser "imperativo" chegar a um acordo com os sindicatos sobre custos e competitividade no trabalho.
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