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11/09/2006
-
12h55
DENYSE GODOY
da Folha Online
As ações da TIM Participações --segunda maior operadora de telefonia celular do país-- negociadas na Bovespa têm forte alta na manhã desta segunda-feira com a notícia de que o plano de reestruturação da sua controladora, a Telecom Italia, pode incluir a venda da operadora de telefonia móvel.
Às 11h59, os papéis ordinários da TIM disparavam 7,87%, para R$ 8,90, e os preferenciais subiam 8,03%, para R$ 6,59, já tendo atingido as cotações máximas de R$ 9,20 e R$ 6,62 respectivamente.
"Essa expressiva valorização se explica pela obrigação de um eventual comprador oferecer o tag along aos acionistas minoritários --ou seja, ele deve fazer uma oferta pública de aquisição das ações ordinárias [com direito a voto] pagando, no mínimo, 80% do valor pago aos controladores", explica Kelly Trentin, analista da corretora SLW.
Também os papéis da Vivo --a maior do Brasil--, que acumulam queda de 3,87% no mês, 27,01% no ano e 32,64% em doze meses, sobem significativamente. Os preferenciais ganhavam 5,26%, a R$ 6,80, e os ordinários tinham alta de 0,47%, a R$ 10,50. A imprensa internacional diz que a Telefónica --que controla a Vivo junto com a Portugal Telecom-- é uma das candidatas a adquirir a TIM.
"É tudo especulação ainda, mas estrategicamente essa compra seria interessante para a Vivo. Ela recentemente anunciou que investiria na tecnologia GSM [a sua é CDMA], então, embora em algumas localidades tivesse que devolver licenças de operação, já que não pode atuar nas mesmas áreas, poderia aproveitar a rede já construída pela TIM", diz Trentin. "Além disso, a TIM é uma operadora que está crescendo em market share."
De acordo com a analista, somente notícias sobre aquisições, fusões, acomodação e consolidação do mercado têm potencial para mexer com as cotações das ações de empresas de telefonia no Brasil atualmente. "Os resultados das companhias não têm tido muito impacto. Eles não são muito bons, é verdade, mas no segundo trimestre do ano ficaram melhores do que no primeiro, e dentro das expectativas", comenta Trentin.
Com a venda da TIM, a Telecom Italia passaria a concentrar os seus negócios em telefonia fixa, internet banda larga e conteúdo. "A Telecom Italia não tem conseguido reduzir o seu elevado endividamento com a geração de caixa. Chama a atenção que os resultados que a empresa desejava obter com a convergência de mídia não apareceram, daí a possível venda dos ativos em telefonia móvel. Essa decisão traz um certo desalento para as outras empresas que apostavam na convergência de mídia para melhorar seu desempenho no curto prazo", destaca a analista Trentin.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a TIM Participações
Leia o que já foi publicado sobre a Vivo
Ações da TIM disparam com possível venda da operadora; Vivo também sobe
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da Folha Online
As ações da TIM Participações --segunda maior operadora de telefonia celular do país-- negociadas na Bovespa têm forte alta na manhã desta segunda-feira com a notícia de que o plano de reestruturação da sua controladora, a Telecom Italia, pode incluir a venda da operadora de telefonia móvel.
Às 11h59, os papéis ordinários da TIM disparavam 7,87%, para R$ 8,90, e os preferenciais subiam 8,03%, para R$ 6,59, já tendo atingido as cotações máximas de R$ 9,20 e R$ 6,62 respectivamente.
"Essa expressiva valorização se explica pela obrigação de um eventual comprador oferecer o tag along aos acionistas minoritários --ou seja, ele deve fazer uma oferta pública de aquisição das ações ordinárias [com direito a voto] pagando, no mínimo, 80% do valor pago aos controladores", explica Kelly Trentin, analista da corretora SLW.
Também os papéis da Vivo --a maior do Brasil--, que acumulam queda de 3,87% no mês, 27,01% no ano e 32,64% em doze meses, sobem significativamente. Os preferenciais ganhavam 5,26%, a R$ 6,80, e os ordinários tinham alta de 0,47%, a R$ 10,50. A imprensa internacional diz que a Telefónica --que controla a Vivo junto com a Portugal Telecom-- é uma das candidatas a adquirir a TIM.
"É tudo especulação ainda, mas estrategicamente essa compra seria interessante para a Vivo. Ela recentemente anunciou que investiria na tecnologia GSM [a sua é CDMA], então, embora em algumas localidades tivesse que devolver licenças de operação, já que não pode atuar nas mesmas áreas, poderia aproveitar a rede já construída pela TIM", diz Trentin. "Além disso, a TIM é uma operadora que está crescendo em market share."
De acordo com a analista, somente notícias sobre aquisições, fusões, acomodação e consolidação do mercado têm potencial para mexer com as cotações das ações de empresas de telefonia no Brasil atualmente. "Os resultados das companhias não têm tido muito impacto. Eles não são muito bons, é verdade, mas no segundo trimestre do ano ficaram melhores do que no primeiro, e dentro das expectativas", comenta Trentin.
Com a venda da TIM, a Telecom Italia passaria a concentrar os seus negócios em telefonia fixa, internet banda larga e conteúdo. "A Telecom Italia não tem conseguido reduzir o seu elevado endividamento com a geração de caixa. Chama a atenção que os resultados que a empresa desejava obter com a convergência de mídia não apareceram, daí a possível venda dos ativos em telefonia móvel. Essa decisão traz um certo desalento para as outras empresas que apostavam na convergência de mídia para melhorar seu desempenho no curto prazo", destaca a analista Trentin.
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