Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
13/09/2006 - 09h34

Família Schincariol começa a ser interrogada na Justiça

Publicidade

ADRIANA MATTOS
da Folha de S.Paulo

A família Schincariol, que comanda o grupo cervejeiro, começa a ser ouvida pela Justiça no caso Operação Cevada, realizada em 2005 pela Polícia Federal.

Gilberto Schincariol, vice-presidente da empresa (e irmão de Nelson Schincariol, o fundador da companhia), esteve em interrogatório em Itu (SP) na segunda-feira. Foram dez minutos de conversa. Adriano Schincariol, diretor-superintendente da Schin --que ocupou a vaga do pai, Nelson, assassinado em 2003-- tem interrogatório marcado para terça-feira, segundo apurou a Folha.

Como Gilberto informou não ter participação nas decisões operacionais da cervejaria --ele faz parte do conselho de executivos do grupo-- o empresário prestou poucos esclarecimentos a respeito dos crimes pelos quais a empresa foi denunciada.

Os réus envolvidos no caso são acusados de quatro crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva e falsificação de documentos. No total, foram denunciadas 78 pessoas ligadas ao grupo.

A defesa pode tentar desqualificar as provas obtidas pela polícia, apurou a Folha. "Vamos questionar as teses jurídicas [da acusação] que se baseiam em material obtido de forma irregular. Um exemplo são as escutas telefônicas. O que estiver no processo ligado às informações de escutas é ilegal, porque elas foram utilizadas sem nem existir um inquérito policial instaurado", afirma Roberto Podval, advogado da Schincariol.

Já foram chamados para audiências na Justiça, em diferentes Estados, alguns funcionários da Schincariol e de distribuidoras de bebidas. Entre eles: Antônio Cavalcante de Moura, Nielson de Oliveira Ribeiro e Luiz Gonzaga. O processo corre sob segredo de Justiça.

Após os interrogatórios, o material precisa ser encaminhado para o procurador da cidade de Itaboraí (RJ), Leonardo Almeida Cortes de Carvalho, autor da denúncia contra os 78 investigados. Cada réu será ouvido na Justiça de seu Estado e, depois, os dados precisam ser enviados para Itaboraí.

Na prática, quando o Ministério Público investigou a empresa, após a ação da PF em junho de 2005, os acusados já haviam sido ouvidos em inquérito policial. Mas quando a denúncia é acolhida pela Justiça, os envolvidos são ouvidos de novo.

Até o momento, a Receita Federal não finalizou o processo de investigação da companhia para comprovar a existência de crime fiscal.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre Schincariol
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página