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17/09/2006
-
18h05
da France Presse, em La Paz
O governo boliviano pode adotar uma mudança de rumo da nacionalização dos hidrocarbonetos após a crise envolvendo a Petrobras, o que daria um perfil mais "técnico" ao processo, em detrimento do caráter político que tem marcado o principal projeto do presidente Evo Morales. A imprensa boliviana acredita que o novo ministro da área, Carlos Villegas, pode dar um novo rumo à nacionalização, adotando um perfil mais técnico e muito menos político que o seguido por seu antecessor, Andrés Soliz.
Nesta segunda-feira, a Bolívia continua suas negociações com as multinacionais do petróleo que operam no país com uma nova disposição do governo em torno do problema, segundo o vice-ministro de Comercialização do Ministério dos Hidrocarbonetos, Williams Dávila.
Dávila admitiu que esta nova orientação pode surgir nas negociações com as multinacionais, mas se absteve de confirmar o caráter mais moderado do novo ministro dos Hidrocarbonetos, uma pasta altamente instável, que viu a renúncia de oito ministros nos últimos três anos.
Soliz, mentor da nacionalização, pediu demissão na sexta-feira passada, após a decisão do governo de "congelar" a tomada de controle das refinarias e da comercialização do gás e do petróleo, medida que afetaria seriamente a Petrobras na Bolívia.
O porta-voz da presidência, Alex Contreras, disse neste domingo que o governo "está certo de que o Ministério dos Hidrocarbonetos precisa de mais apoio técnico, legal e profissional", razão pela qual a equipe de Soliz foi reforçada há um mês com a incorporação de cinco ministros de diversas áreas.
Esta equipe de apoio ao Ministério dos Hidrocarbonetos, liderada pelo vice-presidente, Alvaro García Linera, realizará nas próximas horas "uma reunião para analisar o processo de negociação e diálogo, em busca do consenso com as empresas interessadas", assinalou Contreras.
As discussões desta segunda-feira envolverão apenas a Andina, filial boliviana da espanhola Repsol-YPF, mas prosseguirão na semana seguinte com a francesa Total e a britânica British Gas.
As negociações com a Petrobras sobre o contrato de compra e venda do gás, que incluem o valor pago pelo Brasil pelo gás boliviano, serão retomadas no dia 29 de setembro, em Santa Cruz.
A discussão envolvendo a "nacionalização" das atividades de produção e refino da Petrobras na Bolívia, momentaneamente "congelada" por sua complexidade, deverá ser retomada no dia 9 de outubro.
Pelo decreto de nacionalização, as negociações devem ser encerradas no dia 1º de novembro.
Especial
Leia a cobertura completa sobre a crise do gás na Bolívia
Leia o que já foi publicado sobre a nacionalização do gás
Bolívia deve recuar no caráter político e adotar nacionalização "técnica" do gás
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O governo boliviano pode adotar uma mudança de rumo da nacionalização dos hidrocarbonetos após a crise envolvendo a Petrobras, o que daria um perfil mais "técnico" ao processo, em detrimento do caráter político que tem marcado o principal projeto do presidente Evo Morales. A imprensa boliviana acredita que o novo ministro da área, Carlos Villegas, pode dar um novo rumo à nacionalização, adotando um perfil mais técnico e muito menos político que o seguido por seu antecessor, Andrés Soliz.
Nesta segunda-feira, a Bolívia continua suas negociações com as multinacionais do petróleo que operam no país com uma nova disposição do governo em torno do problema, segundo o vice-ministro de Comercialização do Ministério dos Hidrocarbonetos, Williams Dávila.
Dávila admitiu que esta nova orientação pode surgir nas negociações com as multinacionais, mas se absteve de confirmar o caráter mais moderado do novo ministro dos Hidrocarbonetos, uma pasta altamente instável, que viu a renúncia de oito ministros nos últimos três anos.
Soliz, mentor da nacionalização, pediu demissão na sexta-feira passada, após a decisão do governo de "congelar" a tomada de controle das refinarias e da comercialização do gás e do petróleo, medida que afetaria seriamente a Petrobras na Bolívia.
O porta-voz da presidência, Alex Contreras, disse neste domingo que o governo "está certo de que o Ministério dos Hidrocarbonetos precisa de mais apoio técnico, legal e profissional", razão pela qual a equipe de Soliz foi reforçada há um mês com a incorporação de cinco ministros de diversas áreas.
Esta equipe de apoio ao Ministério dos Hidrocarbonetos, liderada pelo vice-presidente, Alvaro García Linera, realizará nas próximas horas "uma reunião para analisar o processo de negociação e diálogo, em busca do consenso com as empresas interessadas", assinalou Contreras.
As discussões desta segunda-feira envolverão apenas a Andina, filial boliviana da espanhola Repsol-YPF, mas prosseguirão na semana seguinte com a francesa Total e a britânica British Gas.
As negociações com a Petrobras sobre o contrato de compra e venda do gás, que incluem o valor pago pelo Brasil pelo gás boliviano, serão retomadas no dia 29 de setembro, em Santa Cruz.
A discussão envolvendo a "nacionalização" das atividades de produção e refino da Petrobras na Bolívia, momentaneamente "congelada" por sua complexidade, deverá ser retomada no dia 9 de outubro.
Pelo decreto de nacionalização, as negociações devem ser encerradas no dia 1º de novembro.
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