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19/09/2006
-
17h04
da Folha Online
Cerca de 5.500 metalúrgicos da fábrica de General Motors de São José dos Campos (SP) decidiram fazer uma paralisação de 24 horas em protesto contra a proposta de reajuste salarial apresentada pela empresa. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região informou que os trabalhadores concordaram em reduzir sua reivindicação de reajuste para 7%, um percentual equivalente a um pouco mais da metade da proposta inicial de 13,8%.
A GM, por outro lado, elevou sua proposta de reajuste de 4,19% para 5,47% a partir deste mês mais um abono de R$ 400.
A paralisação foi aprovada pelos trabalhadores do turno da manhã, que realizaram assembléia às 6h, rejeitaram essa proposta da empresa e depois retornaram para suas residências. A partir das 14h, a paralisação deve ser referendada pelos empregados do turno da tarde.
O vice-presidente da GM no Brasil, José Carlos Pinheiro Neto, criticou a greve. "Continuamos absolutamente abertos às negociações e não entendemos que greve seja solução para um acordo", disse ele, por meio da assessoria de imprensa da empresa.
Os funcionários da fábrica, a maior unidade da GM no Brasil, já haviam feito quatro horas de paralisações no último dia 13. As paralisações eram um alerta à empresa de que poderia haver greve.
Segundo o sindicato, a GM afirma que pertence ao Sinfavea (Sindicato Nacional da INdústria de Tratores, Caminhões, Automóveis e Veículos Similares), que teria fechado acordo com a CUT no ano passado para que neste ano não houvesse campanha salarial.
"O Sindicato dos Metalúrgicos de São José vai, se preciso, lutar judicialmente contra este acordo, já que no ano passado negociou diretamente com a empresa, e não através deste acordo realizado por esta central [a CUT] que não representa mais os interesses dos trabalhadores", afirmou o sindicato em nota.
Cerca de 900 carros são produzidos por dia na fábrica de São José dos Campos, que fabrica os veículos Blazer, S10, Meriva, Zafira e Corsa (setor MVA), além de motores. A unidade possui cerca de 9.300 funcionários.
Assim como a Volkswagen, que planeja demitir 3.600 funcionários em sua unidade de São Bernardo do Campo (SP), a GM tem sido prejudicada pela valorização do real ante o dólar.
A empresa espera uma queda de 20% nas exportações neste ano --o que representa cerca de 40 mil veículos a menos-- e já transferiu 960 postos de trabalho da fábrica de São José para a de Gravataí (RS).
Além disso, a GM também enfrenta dificuldades nos Estados Unidos e Canadá, onde planeja cortar cerca de 30 mil empregos e fechar 12 fábricas até 2008. Na América do Norte, entretanto, a empresa é prejudicada pela forte concorrência de montadoras asiáticas.
Devido à grave crise financeira e à redução das atividades menos lucrativas, a GM pode perder neste ano o posto de maior montadora do mundo para a japonesa Toyota.
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Cerca de 5.500 metalúrgicos da fábrica de General Motors de São José dos Campos (SP) decidiram fazer uma paralisação de 24 horas em protesto contra a proposta de reajuste salarial apresentada pela empresa. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região informou que os trabalhadores concordaram em reduzir sua reivindicação de reajuste para 7%, um percentual equivalente a um pouco mais da metade da proposta inicial de 13,8%.
A GM, por outro lado, elevou sua proposta de reajuste de 4,19% para 5,47% a partir deste mês mais um abono de R$ 400.
A paralisação foi aprovada pelos trabalhadores do turno da manhã, que realizaram assembléia às 6h, rejeitaram essa proposta da empresa e depois retornaram para suas residências. A partir das 14h, a paralisação deve ser referendada pelos empregados do turno da tarde.
O vice-presidente da GM no Brasil, José Carlos Pinheiro Neto, criticou a greve. "Continuamos absolutamente abertos às negociações e não entendemos que greve seja solução para um acordo", disse ele, por meio da assessoria de imprensa da empresa.
Os funcionários da fábrica, a maior unidade da GM no Brasil, já haviam feito quatro horas de paralisações no último dia 13. As paralisações eram um alerta à empresa de que poderia haver greve.
Segundo o sindicato, a GM afirma que pertence ao Sinfavea (Sindicato Nacional da INdústria de Tratores, Caminhões, Automóveis e Veículos Similares), que teria fechado acordo com a CUT no ano passado para que neste ano não houvesse campanha salarial.
"O Sindicato dos Metalúrgicos de São José vai, se preciso, lutar judicialmente contra este acordo, já que no ano passado negociou diretamente com a empresa, e não através deste acordo realizado por esta central [a CUT] que não representa mais os interesses dos trabalhadores", afirmou o sindicato em nota.
Cerca de 900 carros são produzidos por dia na fábrica de São José dos Campos, que fabrica os veículos Blazer, S10, Meriva, Zafira e Corsa (setor MVA), além de motores. A unidade possui cerca de 9.300 funcionários.
Assim como a Volkswagen, que planeja demitir 3.600 funcionários em sua unidade de São Bernardo do Campo (SP), a GM tem sido prejudicada pela valorização do real ante o dólar.
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