Publicidade
Publicidade
19/09/2006
-
20h51
da Folha Online
Diretores da General Motors e do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região retomam nesta quarta-feira as negociações para o reajuste dos funcionários. A fábrica de São José dos Campos (SP) realizou greve de 24h nesta terça-feira em protesto contra a proposta feita pela montadora.
Cerca de 5.500 metalúrgicos da GM cruzaram os braços e deixaram de produzir 900 carros.
O sindicato informou que os trabalhadores concordaram em reduzir sua reivindicação de reajuste para 7%, um percentual equivalente a um pouco mais da metade da proposta inicial de 13,8%.
A GM, por outro lado, elevou sua proposta de reajuste de 4,19% para 5,47% a partir deste mês mais um abono de R$ 400.
Se os funcionários e a empresa não fecharem um acordo na reunião de amanhã, o sindicato promete nova greve a partir de quinta-feira, por tempo indeterminado.
O tesoureiro do sindicato, Vivaldo Moreira, disse que a expectativa é de acordo, depois de a fábrica ter realizado a greve de 24 horas.
O vice-presidente da GM no Brasil, José Carlos Pinheiro Neto, criticou a greve realizada hoje. "Continuamos absolutamente abertos às negociações e não entendemos que greve seja solução para um acordo", disse ele, por meio da assessoria de imprensa da empresa.
Os funcionários da fábrica, a maior unidade da GM no Brasil, já haviam feito quatro horas de paralisações no último dia 13. As paralisações eram um alerta à empresa de que poderia haver greve.
Segundo o sindicato, a GM afirma que pertence ao Sinfavea (Sindicato Nacional da Indústria de Tratores, Caminhões, Automóveis e Veículos Similares), que teria fechado acordo com a CUT no ano passado para que neste ano não houvesse campanha salarial.
"O Sindicato dos Metalúrgicos de São José vai, se preciso, lutar judicialmente contra este acordo, já que no ano passado negociou diretamente com a empresa, e não através deste acordo realizado por esta central [a CUT] que não representa mais os interesses dos trabalhadores", afirmou o sindicato em nota.
A unidade de São José produz os veículos Blazer, S10, Meriva, Zafira e Corsa (setor MVA), além de motores. A unidade possui cerca de 9.300 funcionários.
Assim como a Volkswagen, que planeja demitir 3.600 funcionários em sua unidade de São Bernardo do Campo (SP), a GM tem sido prejudicada pela valorização do real ante o dólar.
A empresa espera uma queda de 20% nas exportações neste ano --o que representa cerca de 40 mil veículos a menos-- e já transferiu 960 postos de trabalho da fábrica de São José para a de Gravataí (RS).
Além disso, a GM também enfrenta dificuldades nos Estados Unidos e Canadá, onde planeja cortar cerca de 30 mil empregos e fechar 12 fábricas até 2008. Na América do Norte, entretanto, a empresa é prejudicada pela forte concorrência de montadoras asiáticas.
Devido à grave crise financeira e à redução das atividades menos lucrativas, a GM pode perder neste ano o posto de maior montadora do mundo para a japonesa Toyota.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre General Motors
GM e sindicato retomam negociação após greve de 24h no interior de SP
Publicidade
Diretores da General Motors e do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região retomam nesta quarta-feira as negociações para o reajuste dos funcionários. A fábrica de São José dos Campos (SP) realizou greve de 24h nesta terça-feira em protesto contra a proposta feita pela montadora.
Cerca de 5.500 metalúrgicos da GM cruzaram os braços e deixaram de produzir 900 carros.
O sindicato informou que os trabalhadores concordaram em reduzir sua reivindicação de reajuste para 7%, um percentual equivalente a um pouco mais da metade da proposta inicial de 13,8%.
A GM, por outro lado, elevou sua proposta de reajuste de 4,19% para 5,47% a partir deste mês mais um abono de R$ 400.
Se os funcionários e a empresa não fecharem um acordo na reunião de amanhã, o sindicato promete nova greve a partir de quinta-feira, por tempo indeterminado.
O tesoureiro do sindicato, Vivaldo Moreira, disse que a expectativa é de acordo, depois de a fábrica ter realizado a greve de 24 horas.
O vice-presidente da GM no Brasil, José Carlos Pinheiro Neto, criticou a greve realizada hoje. "Continuamos absolutamente abertos às negociações e não entendemos que greve seja solução para um acordo", disse ele, por meio da assessoria de imprensa da empresa.
Os funcionários da fábrica, a maior unidade da GM no Brasil, já haviam feito quatro horas de paralisações no último dia 13. As paralisações eram um alerta à empresa de que poderia haver greve.
Segundo o sindicato, a GM afirma que pertence ao Sinfavea (Sindicato Nacional da Indústria de Tratores, Caminhões, Automóveis e Veículos Similares), que teria fechado acordo com a CUT no ano passado para que neste ano não houvesse campanha salarial.
"O Sindicato dos Metalúrgicos de São José vai, se preciso, lutar judicialmente contra este acordo, já que no ano passado negociou diretamente com a empresa, e não através deste acordo realizado por esta central [a CUT] que não representa mais os interesses dos trabalhadores", afirmou o sindicato em nota.
A unidade de São José produz os veículos Blazer, S10, Meriva, Zafira e Corsa (setor MVA), além de motores. A unidade possui cerca de 9.300 funcionários.
Assim como a Volkswagen, que planeja demitir 3.600 funcionários em sua unidade de São Bernardo do Campo (SP), a GM tem sido prejudicada pela valorização do real ante o dólar.
A empresa espera uma queda de 20% nas exportações neste ano --o que representa cerca de 40 mil veículos a menos-- e já transferiu 960 postos de trabalho da fábrica de São José para a de Gravataí (RS).
Além disso, a GM também enfrenta dificuldades nos Estados Unidos e Canadá, onde planeja cortar cerca de 30 mil empregos e fechar 12 fábricas até 2008. Na América do Norte, entretanto, a empresa é prejudicada pela forte concorrência de montadoras asiáticas.
Devido à grave crise financeira e à redução das atividades menos lucrativas, a GM pode perder neste ano o posto de maior montadora do mundo para a japonesa Toyota.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice