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21/09/2006 - 15h29

Crise com Bolívia não põe em risco oferta de gás, diz Tolmasquin

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PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília

A recente crise entre o Brasil e a Bolívia é fruto de um problema comercial envolvendo a Petrobras, mas não coloca em risco o abastecimento de gás no país. A avaliação foi feita hoje pelo presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim, após apresentar em reunião no Ministério de Minas e Energia, um relatório preliminar sobre as projeções do consumo de energia em 2030.

"A discussão que está havendo na Bolívia é uma discussão sobre a questão de remuneração de um ativo, que é um ativo da Petrobras, que está sendo nacionalizado lá, e tem uma questão de indenização. Então, é uma discussão comercial. A Petrobras pode ter o interesse ou não de continuar em função disso. Agora, em momento nenhum está ameaçado o suprimento de gás para o Brasil", disse.

Ele reconheceu que a situação de abastecimento de gás no Brasil é "notoriamente justa" até 2008, mas fez questão de destacar que há gás suficiente para despachar as usinas térmicas, em caso de necessidade, e admitiu que eventualmente a Petrobras poderá ter que reduzir o consumo de gás para que o suprimento seja garantido às térmicas.

"Justo significa você não ter excesso para você ter lastro para 100% de tudo", disse Tolmasquim, ao comentar que a situação atual determina um "gerenciamento da demanda", mas não significa escassez.

Segundo ele, a partir de 2009, com a chegada do GNL, que será importado e regaseificado pela Petrobras, o mercado brasileiro ficará mais tranqüilo com o abastecimento de gás.

Ao comemorar a marca registrada na última terça-feira, quando o Gasbol (gasoduto Bolívia-Brasil) transportou 31 milhões de metros cúbicos (acima da sua capacidade nominal, que é de 30 milhões), o presidente da EPE fez questão de destacar que o governo boliviano nunca ameaçou interromper o suprimento de gás para o Brasil.

Ele destacou o "interesse mútuo" entre o Brasil e a Bolívia no setor de gás natural. "Quando um precisa do outro, nem o Brasil vai deixar de comprar, nem a Bolívia vai deixar de exportar", completou.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a nacionalização na Bolívia
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