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25/09/2006
-
10h56
da Folha Online
A Companhia Vale do Rio Doce prorrogou nesta segunda-feira o prazo para aceitação, por parte da mineradora canadense Inco, da oferta de US$ 17,7 bilhões feita no mês passado para o dia 16 de outubro, depois que a empresa canadense recomendou a oferta a seus acionistas.
A prorrogação, segundo o comunicado da Vale, pretende "conceder um tempo adicional para obter os benefícios líquidos em acordo com" a lei de investimentos do Canadá e permitir o término do período da primeira fase do negócio, segundo a lei de fusões no país.
Todos os demais termos e condições relativos à oferta da Vale permanecerão inalterados, diz o texto.
O presidente e executivo-chefe da mineradora canadense Inco (grande produtora de níquel), Scott Hand, recomendou aos acionistas da empresa, em um comunicado divulgado neste domingo, que aceitem a oferta de aquisição feita pela Vale.
"Estamos satisfeitos que a oferta da Vale, de 86 dólares canadenses por ação, represente um valor atrativo para nossos acionistas", disse Hand, em um comunicado. "Acreditamos que esse processo tenha levado a um resultado positivo para nossos acionistas e recomendamos que considerem a oferta da Vale."
"Supondo que a Vale tenha sucesso em sua aquisição, planejamos auxiliara empresa de todas as maneiras possíveis para garantir uma integração o mais suave possível e uma transição bem-sucedida para criar um novo líder mundial em mineração e metais", diz o comunicado.
No último dia 5, a Inco cancelou o acordo que tinha com a Phelps Dodge, e que permanecia aberta à reabertura de negociações com a Vale, depois que seus diretores recomendaram a rejeição da oferta, no fim de agosto. A Vale se tornou, assim, a única compradora em potencial da Inco.
No dia 1º deste mês, o Canadian Competition Bureau, órgão canadense responsável por questões concorrenciais, e o FTC (Federal Trade Commission, o equivalente ao Cade --Conselho Administrativo de Defesa Econômica-- nos EUA) aprovaram a oferta. A Comissão Européia (órgão executivo da União Européia), no entanto, ainda terá de aprovar a operação.
Desde o cancelamento com a Phelps, a Inco vinha tentando encontrar um novo comprador, sem obter sucesso. Outra interessada na aquisição, a também canadense Teck Cominco, já havia desistido do negócio.
A Inco e a Phelps também estavam envolvidas na aquisição da Falconbridge, que produz níquel e cobre, mas a empresa acabou por ser adquirida pela suíça Xstrata, que fez uma oferta em dinheiro.
A Vale também ofereceu os US$ 17,7 bilhões em dinheiro, o que acabou por superar as ofertas das rivais no páreo pela Inco, que eram baseadas em dinheiro e em trocas de ações.
A Inco é líder no mercado global de níquel, ocupando o posto de segunda em produção e primeira em reservas. Com custos baixos, a empresa tem, segundo a Vale, o maior potencial de crescimento no setor. Juntas, passariam a ter liderança no mercado global de minério de ferro, pelotas, níquel, bauxita, alumina, manganês e ferro ligas.
Leia mais
Inco recomenda a acionistas apoio à oferta de US$ 17,7 bi da Vale
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Inco
Leia o que já foi publicado sobre a Phelps Dodge
Leia o que já foi publicado sobre a Vale do Rio Doce
Inco recomenda oferta, e Vale prorroga prazo para aceitação
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A Companhia Vale do Rio Doce prorrogou nesta segunda-feira o prazo para aceitação, por parte da mineradora canadense Inco, da oferta de US$ 17,7 bilhões feita no mês passado para o dia 16 de outubro, depois que a empresa canadense recomendou a oferta a seus acionistas.
A prorrogação, segundo o comunicado da Vale, pretende "conceder um tempo adicional para obter os benefícios líquidos em acordo com" a lei de investimentos do Canadá e permitir o término do período da primeira fase do negócio, segundo a lei de fusões no país.
Todos os demais termos e condições relativos à oferta da Vale permanecerão inalterados, diz o texto.
O presidente e executivo-chefe da mineradora canadense Inco (grande produtora de níquel), Scott Hand, recomendou aos acionistas da empresa, em um comunicado divulgado neste domingo, que aceitem a oferta de aquisição feita pela Vale.
"Estamos satisfeitos que a oferta da Vale, de 86 dólares canadenses por ação, represente um valor atrativo para nossos acionistas", disse Hand, em um comunicado. "Acreditamos que esse processo tenha levado a um resultado positivo para nossos acionistas e recomendamos que considerem a oferta da Vale."
"Supondo que a Vale tenha sucesso em sua aquisição, planejamos auxiliara empresa de todas as maneiras possíveis para garantir uma integração o mais suave possível e uma transição bem-sucedida para criar um novo líder mundial em mineração e metais", diz o comunicado.
No último dia 5, a Inco cancelou o acordo que tinha com a Phelps Dodge, e que permanecia aberta à reabertura de negociações com a Vale, depois que seus diretores recomendaram a rejeição da oferta, no fim de agosto. A Vale se tornou, assim, a única compradora em potencial da Inco.
No dia 1º deste mês, o Canadian Competition Bureau, órgão canadense responsável por questões concorrenciais, e o FTC (Federal Trade Commission, o equivalente ao Cade --Conselho Administrativo de Defesa Econômica-- nos EUA) aprovaram a oferta. A Comissão Européia (órgão executivo da União Européia), no entanto, ainda terá de aprovar a operação.
Desde o cancelamento com a Phelps, a Inco vinha tentando encontrar um novo comprador, sem obter sucesso. Outra interessada na aquisição, a também canadense Teck Cominco, já havia desistido do negócio.
A Inco e a Phelps também estavam envolvidas na aquisição da Falconbridge, que produz níquel e cobre, mas a empresa acabou por ser adquirida pela suíça Xstrata, que fez uma oferta em dinheiro.
A Vale também ofereceu os US$ 17,7 bilhões em dinheiro, o que acabou por superar as ofertas das rivais no páreo pela Inco, que eram baseadas em dinheiro e em trocas de ações.
A Inco é líder no mercado global de níquel, ocupando o posto de segunda em produção e primeira em reservas. Com custos baixos, a empresa tem, segundo a Vale, o maior potencial de crescimento no setor. Juntas, passariam a ter liderança no mercado global de minério de ferro, pelotas, níquel, bauxita, alumina, manganês e ferro ligas.
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