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02/10/2006
-
15h58
DENYSE GODOY
da Folha Online
Apesar do desânimo em Wall Street, o clima continua bastante positivo no mercado financeiro brasileiro na tarde desta segunda-feira.
A Bovespa, que na primeira etapa dos negócios chegou aos 37.316 pontos, às 15h28 avançava 1,51%, para 36.998 pontos, com giro de R$ 1,744 bilhão --o exercício de opções sobre ações infla o movimento.
O dólar comercial ampliava a queda verificada no início do dia: recuava 0,46%, vendido a R$ 2,161, enquanto o risco-país ficava estável a 231 pontos.
Boa parte do otimismo dos investidores vem do resultado da eleição realizada ontem.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve 46.661.741 votos, o que significa 48,61% dos votos válidos. Geraldo Alckmin (PSDB) ficou com 39.968.167 votos, ou 41,64% dos votos válidos.
Desde a sexta-feira, a expectativa de que Lula venceria já no primeiro turno começou a ser colocada em dúvida --as imagens do dinheiro que seria usado para comprar um dossiê contra os tucanos, divulgadas naquele dia à tarde, contribuíram para isso, em meio a um forte bombardeio dos adversários.
"O segundo turno é benéfico para o país", afirmou Adilson Góes, diretor-adjunto da corretora Levycam. "Haverá mais prazo para apurar melhor as suspeitas, e os dois candidatos terão tempo para apresentar suas propostas."
A tranqüilidade se deve principalmente ao fato de que, em termos de programa econômico, Lula e Alckmin são muito parecidos.
Mas, na opinião de Góes, existe uma pequena preferência pelo tucano. "Por causa do medo de que as investigações sobre o caso do dossiê levassem ao presidente e, como última conseqüência, ao seu impedimento", disse.
A expectativa é de que o mercado continue calmo, atento também aos indicadores sobre a economia dos Estados Unidos e a brasileira.
A Bolsa de Nova York recuava 0,03%, para 11.677,07 pontos. A Nasdaq (que reúne ações de empresas de tecnologia) tinha baixa de 0,65%, aos 2.243,70 pontos.
Após alta recorde do índice Dow Jones na semana passada, os investidores aproveitavam para embolsar parte dos ganhos.
O instituto americano de pesquisa ISM (Institute for Supply Management) informou que o seu índice sobre o setor industrial caiu de 54,5 pontos em agosto para 52,9 pontos em setembro --os economistas esperavam 53,5 pontos.
Na agenda da semana, destaca-se o discurso de Ben Bernanke --presidente do Fed (Federal Reserve, banco central americano)-- na quarta-feira, a folha de pagamentos e a taxa de desemprego referentes a setembro, que saem na sexta.
Economia brasileira
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a balança comercial brasileira teve em setembro superávit de US$ 4,428 bilhões, 2,5% mais do que no mesmo mês do ano passado e 1,9% menos do que em agosto último. No mês passado, as exportações somaram US$ 12,549 bilhões e as importações, US$ 8,121 bilhões.
E, de acordo com o boletim Focus --elaborado semanalmente pelo Banco Central e divulgado logo cedo--, os analistas do mercado financeiro prevêem que a inflação no país vai ficar em 2,96% --a previsão anterior era de 3,03%. Assim, aumentam também as apostas de que o BC pode continuar cortando a taxa Selic, que está atualmente em 14,25% ao ano.
Para o crescimento da economia em 2006, a expectativa continua em 3,09% em 2006.
Paralelo e turismo
O dólar paralelo ficava estável a R$ 2,33 e o turismo caía 0,44%, para R$ 2,26.
Especial
Acompanhe a cotação do dólar durante o dia
Leia o que já foi publicado sobre a cotação do dólar
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Resultado de eleição anima e Bovespa volta aos 37 mil pontos; dólar cai
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da Folha Online
Apesar do desânimo em Wall Street, o clima continua bastante positivo no mercado financeiro brasileiro na tarde desta segunda-feira.
A Bovespa, que na primeira etapa dos negócios chegou aos 37.316 pontos, às 15h28 avançava 1,51%, para 36.998 pontos, com giro de R$ 1,744 bilhão --o exercício de opções sobre ações infla o movimento.
O dólar comercial ampliava a queda verificada no início do dia: recuava 0,46%, vendido a R$ 2,161, enquanto o risco-país ficava estável a 231 pontos.
Boa parte do otimismo dos investidores vem do resultado da eleição realizada ontem.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve 46.661.741 votos, o que significa 48,61% dos votos válidos. Geraldo Alckmin (PSDB) ficou com 39.968.167 votos, ou 41,64% dos votos válidos.
Desde a sexta-feira, a expectativa de que Lula venceria já no primeiro turno começou a ser colocada em dúvida --as imagens do dinheiro que seria usado para comprar um dossiê contra os tucanos, divulgadas naquele dia à tarde, contribuíram para isso, em meio a um forte bombardeio dos adversários.
"O segundo turno é benéfico para o país", afirmou Adilson Góes, diretor-adjunto da corretora Levycam. "Haverá mais prazo para apurar melhor as suspeitas, e os dois candidatos terão tempo para apresentar suas propostas."
A tranqüilidade se deve principalmente ao fato de que, em termos de programa econômico, Lula e Alckmin são muito parecidos.
Mas, na opinião de Góes, existe uma pequena preferência pelo tucano. "Por causa do medo de que as investigações sobre o caso do dossiê levassem ao presidente e, como última conseqüência, ao seu impedimento", disse.
A expectativa é de que o mercado continue calmo, atento também aos indicadores sobre a economia dos Estados Unidos e a brasileira.
A Bolsa de Nova York recuava 0,03%, para 11.677,07 pontos. A Nasdaq (que reúne ações de empresas de tecnologia) tinha baixa de 0,65%, aos 2.243,70 pontos.
Após alta recorde do índice Dow Jones na semana passada, os investidores aproveitavam para embolsar parte dos ganhos.
O instituto americano de pesquisa ISM (Institute for Supply Management) informou que o seu índice sobre o setor industrial caiu de 54,5 pontos em agosto para 52,9 pontos em setembro --os economistas esperavam 53,5 pontos.
Na agenda da semana, destaca-se o discurso de Ben Bernanke --presidente do Fed (Federal Reserve, banco central americano)-- na quarta-feira, a folha de pagamentos e a taxa de desemprego referentes a setembro, que saem na sexta.
Economia brasileira
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a balança comercial brasileira teve em setembro superávit de US$ 4,428 bilhões, 2,5% mais do que no mesmo mês do ano passado e 1,9% menos do que em agosto último. No mês passado, as exportações somaram US$ 12,549 bilhões e as importações, US$ 8,121 bilhões.
E, de acordo com o boletim Focus --elaborado semanalmente pelo Banco Central e divulgado logo cedo--, os analistas do mercado financeiro prevêem que a inflação no país vai ficar em 2,96% --a previsão anterior era de 3,03%. Assim, aumentam também as apostas de que o BC pode continuar cortando a taxa Selic, que está atualmente em 14,25% ao ano.
Para o crescimento da economia em 2006, a expectativa continua em 3,09% em 2006.
Paralelo e turismo
O dólar paralelo ficava estável a R$ 2,33 e o turismo caía 0,44%, para R$ 2,26.
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