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10/10/2006
-
09h05
JANAINA LAGE
da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro
Quase três meses após a venda das operações da Varig em leilão, a companhia começa a dar sinais de recuperação. Segundo dados do consultor em aviação Paulo Sampaio, a Varig obteve o maior percentual de ocupação na ponte aérea entre os dias 28 de setembro e 4 de outubro, com 66%. O resultado foi superior ao das concorrentes. No mesmo período, a TAM teve 61%, e a Gol, 63%.
Segundo analistas ouvidos pela Folha, as promoções e os descontos agressivos foram a principal receita para reconquistar o consumidor. Além disso, a empresa investiu em melhoras no serviço de bordo, com novos lanches e opções, como caldo de feijão e hambúrguer de picanha.
A estratégia de descontos incluiu também o acúmulo de milhas do Smiles. Em alguns trechos, o passageiro pode acumular o triplo de milhas.
De acordo com os cálculos do consultor, a Varig já chegou a 4,2% do mercado doméstico em setembro. TAM e Gol representam 86,9%. Segundo Sampaio, a ocupação da Varig no mercado doméstico ficou em 55% em setembro, contra 76% da Gol e 72% da TAM.
A demanda aquecida do mercado também contribuiu para aumentar a ocupação. De janeiro a junho deste ano, a demanda cresceu 21,5%.
"Desde 2004 o mercado vive um período de franca expansão com muitas promoções. Quando o colapso da Varig chegou, em junho, acabaram as promoções. Ninguém faz oferta com avião cheio", afirmou.
Atualmente a Varig opera com 15 aeronaves. Desse total, três ou quatro são usadas nas 36 freqüências diárias na ponte Rio/São Paulo. Desde 23 de setembro, a tarifa promocional para horários no início da manhã e no final da noite (durante a semana) e em todos os horários no fim de semana foi reduzida de R$ 169 para R$ 109.
Apesar dos sinais de recuperação, analistas afirmam que a estratégia de descontos agressivos pode não se manter no longo prazo. A retomada das operações da companhia em definitivo ainda depende da discussão sobre a redistribuição de linhas que não serão usadas na primeira etapa do plano apresentado à Agência Nacional de Aviação Civil.
A Varig também aumentou seu nível de regularidade (percentual de vôos que foram cumpridos). Em maio, no auge da crise, o índice foi de 62%. De 28 de setembro a 4 de outubro, o percentual no mercado doméstico foi de 97,2%. Parte desse resultado pode ser atribuída à operação com uma malha reduzida. A Varig voa atualmente para nove destinos.
Especial
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Varig lidera ocupação na ponte Rio-SP
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da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro
Quase três meses após a venda das operações da Varig em leilão, a companhia começa a dar sinais de recuperação. Segundo dados do consultor em aviação Paulo Sampaio, a Varig obteve o maior percentual de ocupação na ponte aérea entre os dias 28 de setembro e 4 de outubro, com 66%. O resultado foi superior ao das concorrentes. No mesmo período, a TAM teve 61%, e a Gol, 63%.
Segundo analistas ouvidos pela Folha, as promoções e os descontos agressivos foram a principal receita para reconquistar o consumidor. Além disso, a empresa investiu em melhoras no serviço de bordo, com novos lanches e opções, como caldo de feijão e hambúrguer de picanha.
A estratégia de descontos incluiu também o acúmulo de milhas do Smiles. Em alguns trechos, o passageiro pode acumular o triplo de milhas.
De acordo com os cálculos do consultor, a Varig já chegou a 4,2% do mercado doméstico em setembro. TAM e Gol representam 86,9%. Segundo Sampaio, a ocupação da Varig no mercado doméstico ficou em 55% em setembro, contra 76% da Gol e 72% da TAM.
A demanda aquecida do mercado também contribuiu para aumentar a ocupação. De janeiro a junho deste ano, a demanda cresceu 21,5%.
"Desde 2004 o mercado vive um período de franca expansão com muitas promoções. Quando o colapso da Varig chegou, em junho, acabaram as promoções. Ninguém faz oferta com avião cheio", afirmou.
Atualmente a Varig opera com 15 aeronaves. Desse total, três ou quatro são usadas nas 36 freqüências diárias na ponte Rio/São Paulo. Desde 23 de setembro, a tarifa promocional para horários no início da manhã e no final da noite (durante a semana) e em todos os horários no fim de semana foi reduzida de R$ 169 para R$ 109.
Apesar dos sinais de recuperação, analistas afirmam que a estratégia de descontos agressivos pode não se manter no longo prazo. A retomada das operações da companhia em definitivo ainda depende da discussão sobre a redistribuição de linhas que não serão usadas na primeira etapa do plano apresentado à Agência Nacional de Aviação Civil.
A Varig também aumentou seu nível de regularidade (percentual de vôos que foram cumpridos). Em maio, no auge da crise, o índice foi de 62%. De 28 de setembro a 4 de outubro, o percentual no mercado doméstico foi de 97,2%. Parte desse resultado pode ser atribuída à operação com uma malha reduzida. A Varig voa atualmente para nove destinos.
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