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19/10/2006 - 11h08

Investimento estrangeiro no Brasil é o maior em 14 meses

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ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília

Os investimentos estrangeiros diretos no Brasil somaram em setembro US$ 1,752 bilhão. Esse é o maior valor desde julho de 2005, quando entraram no país US$ 2,029 bilhão. O resultado do mês passado representa um crescimento de 48,2% sobre o mês anterior, quando a entrada foi de US$ 1,182 bilhão. Em setembro do ano passado, esses investimentos somaram apenas US$ 31 milhões.

Segundo Altamir Lopes, chefe do Departamento Econômico, no mês passado o BC contabilizou ingressos não esperados nas áreas de energia elétrica e álcool.

A previsão para o mês é que os investimentos estrangeiros somem US$ 1,2 bilhão nesse mês. Até hoje, já entraram US$ 700 milhões.

Nos nove primeiros meses do ano, os ingressos chegam a US$ 11,905 bilhões (1,74% do PIB), um aumento de 2,07% sobre o mesmo período de 2005 (US$ 11,664 bilhões). A previsão do BC para o ano é que a entrada desses recursos chegue a US$ 18 bilhões.

Em 12 meses, os investimentos estão em US$ 15,066 bilhões. Para Lopes, embora abaixo da previsão para o ano, não significa que os fluxos de investimentos para o país estão entrando mais tarde. "O fluxo veio exatamente como a gente esperava."

Os investimentos estrangeiros são importantes para sustentar a economia de um país. Eles ajudam a ampliar a capacidade das empresas de ofertarem bens e serviços. Com maior capacidade de produção, cai o risco de a inflação sair do controle.

Mantega

Na terça-feira, o ministro Guido Mantega (Fazenda) disse não estar preocupado com o menor volume de recursos que entraram no país por meio de investimentos estrangeiros em 2005.

De acordo com a Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento), o Brasil caiu da 10ª posição em 2004 para a 14ª posição no ranking dos países que mais recebem investimentos estrangeiros. Entre um ano e outro, o volume de recursos caiu 17%, para US$ 15,1 bilhões.

O ministro lembrou que não há uma regularidade desse investimento, já que depende de como as empresas avaliam cada oportunidade. No entanto, ele destacou que neste ano há um excesso de moeda estrangeira no país devido ao superávit da balança comercial e que esses investimentos não serão necessários para fechar as contas externas do país. Até setembro, o Brasil acumulava um superávit em transações correntes, que representa as principais operações financeiras do país com o exterior na área comercial, de serviços e rendas, de US$ 10,136 bilhões, o equivalente a 1,48% do PIB (Produto Interno Bruto).

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