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27/10/2006 - 09h53

PIB dos EUA cresce 1,6% no 3º trimestre, menor alta em três anos e meio

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VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online

O PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas por um país) dos EUA registrou um crescimento anualizado de 1,6% no terceiro trimestre deste ano, menor resultado desde o primeiro trimestre de 2003, segundo dados preliminares divulgados nesta sexta-feira pelo governo americano.

O resultado ficou abaixo do registrado no segundo trimestre, quando a expansão foi de 2,6% --que, por sua vez, foi um resultado muito inferior ao verificado entre janeiro e março deste ano, 5,6%.

Já o deflator de preços (que serve para atualizar os valores utilizados no cálculo do PIB) finalmente cedeu, mostrando queda expressiva em relação ao trimestre passado, com alta de apenas 1,8% (a alta havia sido de 3,3% entre o terceiro trimestre de 2005 e o segundo trimestre deste ano).

O dado é mais um sinal inequívoco de que a economia americana atingiu um grau significativo de desaceleração econômica nos últimos seis meses, em relação ao primeiro trimestre do ano, quando houve uma recuperação significativa em relação ao quarto trimestre do ano passado --no período, o ritmo da economia foi afetada pela destruição causada pelos furacões que atingiram o sul do país, em particular o Katrina, e a expansão foi de 1,8%.

"A desaceleração no ritmo de crescimento do PIB refletiu um crescimento nas importações, um declínio no estoque de investimentos privados, um recuo acentuado nos investimentos no setor residencial e uma queda nos gastos do consumidor com serviços", segundo comunicado do Escritório de Análises Econômicas.

O Federal Reserve (Fed, o BC americano) informou na quarta-feira (25), na nota divulgada após a decisão de manter os juros no país em 5,25% ao ano, que o crescimento econômico "desacelerou ao longo do ano, em parte refletindo um esfriamento do mercado imobiliário". A expectativa do banco para os próximos trimestres é de que a economia "se expandirá em um ritmo moderado".

O Fed interrompeu a alta de juros em agosto deste ano, depois de 17 altas consecutivas entre junho de 2004 e junho deste ano. Segundo o banco, a pausa foi estabelecida porque o aperto monetário teria sido "excessivo".

As altas de juros, efetuadas para controlar a inflação,que vinha sofrendo pressão devido às altas de preços da energia, acabou por afetar as taxas hipotecárias no país, o que levou a um desaquecimento do mercado imobiliário.

Esse desaquecimento, por sua vez, teve um efeito sobre a economia em geral, entre outros fatores, por afetar os gastos dos consumidores --que respondem por cerca de dois terços de toda a atividade econômica do país.

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