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27/10/2006
-
17h31
IVONE PORTES
da Folha Online
Apesar do prejuízo registrado no terceiro trimestre e no acumulado dos primeiros nove meses do ano, a ação da Vivo --maior empresa de telefonia celular do país-- disparou hoje e fechou com a maior alta do Ibovespa (principal índice Bolsa de Valores de São Paulo).
A ação preferencial da empresa fechou com expressiva alta de 7,74%, valendo R$ 7,65, e ficou entre as dez mais negociadas do dia. A ordinária subiu 5,08%, para R$ 12,19. O Ibovespa, porém, terminou o pregão com baixa de 0,80%.
No acumulado de janeiro a setembro, a Vivo obteve prejuízo líquido de R$ 869,3 milhões, mais do que o dobro do resultado do mesmo período de 2005, que ficou negativo em R$ 330,7 milhões.
Considerando apenas o terceiro trimestre, o prejuízo da empresa foi de R$ 196,9 milhões, bem menor do que no segundo trimestre (R$ 493,1 milhões), mas superior ao de igual intervalo do ano passado (R$ 120,1 milhões).
Segundo o analista do Unibanco, André Rocha, dois fatores impulsionam as ações da companhia hoje, apesar do prejuízo apontado no balanço. Um deles é o fato de o resultado negativo da Vivo ter diminuído significativamente do segundo para o terceiro trimestre.
Mas o que mais está influenciou as ações, segundo ele, é a expressiva melhora na margem Ebitda, que ficou em 25,3% no terceiro trimestre, contra apenas 11,8% no segundo. O índice ficou também acima da expectativa média de mercado, de uma margem em torno de 22%.
Rocha ressaltou que quanto maior a margem Ebitda, melhor, pois ela mostra a capacidade de geração de caixa da empresa. O crescimento desse índice indica que aumentou a capacidade da companhia em diluir seus custos.
O avanço desse índice, entretanto, se deve em parte ao baixo crescimento da base de assinantes, que reduziu o percentual da receita líquida destinado aos gastos com aparelhos e comercialização de produtos.
A base de clientes do serviço pré-pago aumentou 1% do segundo para o terceiro trimestre, de 23,257 milhões para 23,482 milhões. Já no pós-pago recuou 0,5% nesta mesma comparação, de 5,268 milhões para 5,244 milhões.
No final do primeiro semestre, a Vivo já havia informado que decidiu realizar uma redução na base de clientes, com a eliminação das linhas que permaneceram inativas mesmo depois de tentativas de reativação. Algumas linhas estavam inativas por fraudes e outras tinham débitos com a companhia.
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Apesar do prejuízo registrado no terceiro trimestre e no acumulado dos primeiros nove meses do ano, a ação da Vivo --maior empresa de telefonia celular do país-- disparou hoje e fechou com a maior alta do Ibovespa (principal índice Bolsa de Valores de São Paulo).
A ação preferencial da empresa fechou com expressiva alta de 7,74%, valendo R$ 7,65, e ficou entre as dez mais negociadas do dia. A ordinária subiu 5,08%, para R$ 12,19. O Ibovespa, porém, terminou o pregão com baixa de 0,80%.
No acumulado de janeiro a setembro, a Vivo obteve prejuízo líquido de R$ 869,3 milhões, mais do que o dobro do resultado do mesmo período de 2005, que ficou negativo em R$ 330,7 milhões.
Considerando apenas o terceiro trimestre, o prejuízo da empresa foi de R$ 196,9 milhões, bem menor do que no segundo trimestre (R$ 493,1 milhões), mas superior ao de igual intervalo do ano passado (R$ 120,1 milhões).
Segundo o analista do Unibanco, André Rocha, dois fatores impulsionam as ações da companhia hoje, apesar do prejuízo apontado no balanço. Um deles é o fato de o resultado negativo da Vivo ter diminuído significativamente do segundo para o terceiro trimestre.
Mas o que mais está influenciou as ações, segundo ele, é a expressiva melhora na margem Ebitda, que ficou em 25,3% no terceiro trimestre, contra apenas 11,8% no segundo. O índice ficou também acima da expectativa média de mercado, de uma margem em torno de 22%.
Rocha ressaltou que quanto maior a margem Ebitda, melhor, pois ela mostra a capacidade de geração de caixa da empresa. O crescimento desse índice indica que aumentou a capacidade da companhia em diluir seus custos.
O avanço desse índice, entretanto, se deve em parte ao baixo crescimento da base de assinantes, que reduziu o percentual da receita líquida destinado aos gastos com aparelhos e comercialização de produtos.
A base de clientes do serviço pré-pago aumentou 1% do segundo para o terceiro trimestre, de 23,257 milhões para 23,482 milhões. Já no pós-pago recuou 0,5% nesta mesma comparação, de 5,268 milhões para 5,244 milhões.
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