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30/10/2006
-
19h14
CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio
Com muitos pontos ainda a esclarecer, analistas ouvidos pela Folha Online consideram o acordo fechado entre a Petrobras e outras nove empresas petrolíferas multinacionais com o governo boliviano para exploração de gás e petróleo naquele país como razoável e a única forma de garantir os ativos da estatal no país.
'Não é o melhor acordo, mas é o possível neste momento. Dos males o menor', avalia um analista que não quis se identificar.
Para Adriano Pires, do CBIE (Centro Brasileiro de Infra-Estrutura), o acordo apesar de precário, tinha de ser feito de qualquer maneira. 'O Brasil não tem condição de sair hoje da Bolívia. Mas é um acordo feito aos 46 do segundo tempo e não é interessante', disse.
Para a maior parte, o acordo foi a única maneira encontrada pela estatal brasileira de garantir um ressarcimento do governo boliviano.
Segundo o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, pelo acordo a taxa fixa de impostos foi reduzida de uma alíquota de 82%. No entanto, ele não esclareceu os mecanismos nem os custos da estatal. Gabrielli disse que o acordo 'tem componentes de prestação de serviços porque tem um volume de pagamentos, impostos e ressarcimento de custos, mas tem um componente de compartilhamento de produção na medida em que a parcela adicional é variável em razão dos investimentos, da produção, dos preços e da depreciação'.
'O importante é que a Petrobras disse que nesse esquema a situação fica rentável. Mas rentável em quanto? Em comparação com a produção no Brasil? Rentável no padrão internacional?', questionou um analista.
Segundo Pires, as negociações entre Brasil e Bolívia devem continuar e tudo vai depender de como o governo brasileiro vai se posicionar daqui para frente. 'Até agora predominou a simpatia pelo governo boliviano e não a racionalidade econômica. Nesse processo todo estamos a reboque da Bolívia', afirmou.
Já para Luiz Otavio Broad, da Ágora Corretora, a Petrobras avalia que o acordo vem positivo dentro a situação atual. 'Estava-se numa situação que você tinha que negociar. E ela pode até aumentar a produção nos campos na Bolívia.'
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a nacionalização na Bolívia
Para analistas, acordo com Bolívia é o "menor dos males"
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da Folha Online, no Rio
Com muitos pontos ainda a esclarecer, analistas ouvidos pela Folha Online consideram o acordo fechado entre a Petrobras e outras nove empresas petrolíferas multinacionais com o governo boliviano para exploração de gás e petróleo naquele país como razoável e a única forma de garantir os ativos da estatal no país.
'Não é o melhor acordo, mas é o possível neste momento. Dos males o menor', avalia um analista que não quis se identificar.
Para Adriano Pires, do CBIE (Centro Brasileiro de Infra-Estrutura), o acordo apesar de precário, tinha de ser feito de qualquer maneira. 'O Brasil não tem condição de sair hoje da Bolívia. Mas é um acordo feito aos 46 do segundo tempo e não é interessante', disse.
Para a maior parte, o acordo foi a única maneira encontrada pela estatal brasileira de garantir um ressarcimento do governo boliviano.
Segundo o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, pelo acordo a taxa fixa de impostos foi reduzida de uma alíquota de 82%. No entanto, ele não esclareceu os mecanismos nem os custos da estatal. Gabrielli disse que o acordo 'tem componentes de prestação de serviços porque tem um volume de pagamentos, impostos e ressarcimento de custos, mas tem um componente de compartilhamento de produção na medida em que a parcela adicional é variável em razão dos investimentos, da produção, dos preços e da depreciação'.
'O importante é que a Petrobras disse que nesse esquema a situação fica rentável. Mas rentável em quanto? Em comparação com a produção no Brasil? Rentável no padrão internacional?', questionou um analista.
Segundo Pires, as negociações entre Brasil e Bolívia devem continuar e tudo vai depender de como o governo brasileiro vai se posicionar daqui para frente. 'Até agora predominou a simpatia pelo governo boliviano e não a racionalidade econômica. Nesse processo todo estamos a reboque da Bolívia', afirmou.
Já para Luiz Otavio Broad, da Ágora Corretora, a Petrobras avalia que o acordo vem positivo dentro a situação atual. 'Estava-se numa situação que você tinha que negociar. E ela pode até aumentar a produção nos campos na Bolívia.'
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