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31/10/2006
-
09h42
IVONE PORTES
da Folha Online
O banco Itaú registrou lucro líquido de apenas R$ 71 milhões no terceiro trimestre deste ano, contra R$ 1,352 bilhão em igual intervalo de 2005.
A queda de quase 95% no resultado do banco se deve ao impacto da contabilização da compra do BankBoston do Brasil, anunciada em maio último e concluída em agosto. A amortização do ágio pago pelo BankBoston causou um efeito negativo de R$ 1,763 bilhão no balanço do Itaú.
Desconsiderando esse impacto, o lucro líquido do Itaú atingiria R$ 1,835 bilhão e ficaria 35,7% superior ao do mesmo trimestre do ano passado.
No acumulado de janeiro a setembro, o lucro do banco foi de R$ 3,029 bilhão, 20,8% menor do que em igual período de 2005 (R$ 3,827 bilhões). Sem a contabilização da compra do BankBoston, o resultado dos nove primeiros meses deste ano sobe para R$ 4,8 bilhões.
Em maio deste ano, o Itaú anunciou que pagaria US$ 2,2 bilhões em ações ao Bank of America para assumir as operações do BankBoston no país.
O ágio é a diferença a mais na compra de um título, ação, bem ou moeda, entre o valor nominal (oficial) e o valor pago pelo comprador. Esse ágio pode ser contabilizado como uma perda no balanço financeiro da empresa que fez a aquisição, o que reduz o seu lucro tributável.
Nas transações entre empresas privadas, o ágio é amortizado (abatido) do lucro tributável em parcelas mensais no prazo de cinco a dez anos.
O Itaú é o segundo grande banco privado que atua no Brasil a divulgar resultados. O primeiro foi o Santander Banespa, que obteve lucro de R$ 890 milhões de janeiro a setembro de 2006. Bradesco e Unibanco divulgam balanços na próxima semana. Dias 6 e 9, respectivamente.
Destaques
A carteira de crédito total do Itaú somava R$ 79,227 bilhões ao final do terceiro trimestre deste ano, uma expansão de 28,57% sobre igual intervalo de 2005 e de 5,9% em relação ao período imediatamente anterior. Esse valor não considera as operações de empréstimos do BankBoston.
O destaque no período, segundo o Itaú, foi a carteira de financiamento de veículos, que cresceu 12,2% sobre o segundo trimestre e atingiu R$ 15,7 bilhões.
Nesta mesma comparação, os empréstimos para pessoas físicas aumentaram 6,6% e chegaram a R$ 36,241 bilhões. Para as grandes empresas, o crescimento no crédito foi de 5,6% e para as micro, pequenas e médias, de 5,5%.
"A trajetória do banco tem sido focada bastante em crédito, com destaque para o financiamento ao consumo", disse Silvio de Carvalho, diretor executivo de Controladoria do Itaú.
O executivo manteve para o ano a previsão de crescimento de 25% da carteira de empréstimos do banco.
Considerando a contribuição do BankBoston, e incluindo avais e fianças, a carteira de crédito atingiu o saldo de R$ 89,869 bilhões em 30 de setembro de 2006, o que corresponde a um aumento de R$ 28,253 bilhões (ou 45,9%) em relação ao saldo da mesma data do ano anterior.
As receitas de serviços do banco --que inclui cobrança de tarifas-- avançaram 8,2% em relação ao terceiro trimestre do ano passado e atingiram R$ 2,134 bilhões. Na comparação com junho último, o crescimento foi de apenas 0,3%.
O Itaú encerrou setembro com patrimônio líquido de R$ 21,693 bilhões --alta de 23,6% sobre junho-- e ativos totais de R$ 193,716 bilhões --aumento de 12,4% no período.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Itaú
Lucro do Itaú cai para R$ 71 mi no 3º trimestre com impacto do BankBoston
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da Folha Online
O banco Itaú registrou lucro líquido de apenas R$ 71 milhões no terceiro trimestre deste ano, contra R$ 1,352 bilhão em igual intervalo de 2005.
A queda de quase 95% no resultado do banco se deve ao impacto da contabilização da compra do BankBoston do Brasil, anunciada em maio último e concluída em agosto. A amortização do ágio pago pelo BankBoston causou um efeito negativo de R$ 1,763 bilhão no balanço do Itaú.
Desconsiderando esse impacto, o lucro líquido do Itaú atingiria R$ 1,835 bilhão e ficaria 35,7% superior ao do mesmo trimestre do ano passado.
No acumulado de janeiro a setembro, o lucro do banco foi de R$ 3,029 bilhão, 20,8% menor do que em igual período de 2005 (R$ 3,827 bilhões). Sem a contabilização da compra do BankBoston, o resultado dos nove primeiros meses deste ano sobe para R$ 4,8 bilhões.
Em maio deste ano, o Itaú anunciou que pagaria US$ 2,2 bilhões em ações ao Bank of America para assumir as operações do BankBoston no país.
O ágio é a diferença a mais na compra de um título, ação, bem ou moeda, entre o valor nominal (oficial) e o valor pago pelo comprador. Esse ágio pode ser contabilizado como uma perda no balanço financeiro da empresa que fez a aquisição, o que reduz o seu lucro tributável.
Nas transações entre empresas privadas, o ágio é amortizado (abatido) do lucro tributável em parcelas mensais no prazo de cinco a dez anos.
O Itaú é o segundo grande banco privado que atua no Brasil a divulgar resultados. O primeiro foi o Santander Banespa, que obteve lucro de R$ 890 milhões de janeiro a setembro de 2006. Bradesco e Unibanco divulgam balanços na próxima semana. Dias 6 e 9, respectivamente.
Destaques
A carteira de crédito total do Itaú somava R$ 79,227 bilhões ao final do terceiro trimestre deste ano, uma expansão de 28,57% sobre igual intervalo de 2005 e de 5,9% em relação ao período imediatamente anterior. Esse valor não considera as operações de empréstimos do BankBoston.
O destaque no período, segundo o Itaú, foi a carteira de financiamento de veículos, que cresceu 12,2% sobre o segundo trimestre e atingiu R$ 15,7 bilhões.
Nesta mesma comparação, os empréstimos para pessoas físicas aumentaram 6,6% e chegaram a R$ 36,241 bilhões. Para as grandes empresas, o crescimento no crédito foi de 5,6% e para as micro, pequenas e médias, de 5,5%.
"A trajetória do banco tem sido focada bastante em crédito, com destaque para o financiamento ao consumo", disse Silvio de Carvalho, diretor executivo de Controladoria do Itaú.
O executivo manteve para o ano a previsão de crescimento de 25% da carteira de empréstimos do banco.
Considerando a contribuição do BankBoston, e incluindo avais e fianças, a carteira de crédito atingiu o saldo de R$ 89,869 bilhões em 30 de setembro de 2006, o que corresponde a um aumento de R$ 28,253 bilhões (ou 45,9%) em relação ao saldo da mesma data do ano anterior.
As receitas de serviços do banco --que inclui cobrança de tarifas-- avançaram 8,2% em relação ao terceiro trimestre do ano passado e atingiram R$ 2,134 bilhões. Na comparação com junho último, o crescimento foi de apenas 0,3%.
O Itaú encerrou setembro com patrimônio líquido de R$ 21,693 bilhões --alta de 23,6% sobre junho-- e ativos totais de R$ 193,716 bilhões --aumento de 12,4% no período.
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