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01/11/2006
-
09h56
ADRIANA MATTOS
da Folha de S.Paulo
O grupo Schincariol, segunda maior cervejaria do país, deverá mudar o seu comando. Adriano Schincariol, diretor-superintendente da empresa, planeja deixar o cargo e se tornar o presidente do Conselho de Administração do grupo, apurou a Folha. Para o seu lugar, será contratado um profissional de mercado que ficará responsável pelas decisões estratégicas. O contato da empresa com executivos já começou. Três fortes candidatos foram sondados.
A empresa também tomou outra decisão: resolveu entrar em acordo e pagar o que deve à Receita Federal e, com isso, evitar que seja denunciada por crime fiscal na "Operação Cevada", ocorrida em junho de 2005 e que levou seus executivos à detenção temporária.
A lei federal 9.249 (artigo 34) suspende a punição para os que pagam impostos ou contribuições sociais antes de a denúncia ser feita à Justiça.
Essas recentes decisões tomadas pelo comando do grupo cervejeiro acontecem em meio de nova onda de fortes rumores --que apareceram já em fevereiro-- de que a empresa poderia ser vendida.
A gigante sul-africana SAB-Miller tem interesse na empresa, e a dificuldade para que a negociação evoluísse estava, em parte, no tamanho do passivo fiscal da empresa, estimado pelo mercado em quase R$ 2 bilhões. Com a possibilidade de reduzir o passivo --por meio de um pagamento parcelado à Receita, apurou a Folha--, estariam abertas as portas de um entendimento.
Mas um interlocutor próximo da empresa que não quis se identificar garante que, pela proposta inicial apresentada à Schin, o negócio não sai. A empresa, familiar e nacional, prefere ficar com a operação --o que não quer dizer que novas conversas estejam descartadas. A consultoria americana Mckinsey começou a traçar um plano de reestruturação em 2005 e já está com o trabalho praticamente finalizado dentro da empresa. A Mckinsey informa que não comenta especulações do mercado.
Procurada pela Folha, o comando da Schin --com sede em Itu (SP)-- não foi localizado até o fechamento desta edição.
Mudança tranqüila
Já há sinais de que alterações no comando da empresa podem acontecer. Luiz Claudio Taya de Araújo, diretor de marketing do grupo --que ajudou a colocar a campanha do "experimenta!" nas ruas--, foi demitido no mês passado. Luiz Fernando Amaro, até então gerente de marketing da Schincariol, também deixou a empresa em outubro.
Uma série de nomes têm pipocado no mercado por conta dessa nova fase que deve atingir a empresa. Uma equipe de "headhunters" ajuda no processo. Segundo um interlocutor próximo da empresa que não quis se identificar, tudo está sendo encaminhado com muita calma e serenidade. É pouco provável que o ex-presidente da cervejaria Kaiser Fernando Tigre --um nome alvo de rumores-- vá para a Schin. Mas o nome do escolhido ainda não foi definido, até porque Adriano Schincariol está em férias.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Schin
Schin mudará direção e negocia dívida
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da Folha de S.Paulo
O grupo Schincariol, segunda maior cervejaria do país, deverá mudar o seu comando. Adriano Schincariol, diretor-superintendente da empresa, planeja deixar o cargo e se tornar o presidente do Conselho de Administração do grupo, apurou a Folha. Para o seu lugar, será contratado um profissional de mercado que ficará responsável pelas decisões estratégicas. O contato da empresa com executivos já começou. Três fortes candidatos foram sondados.
A empresa também tomou outra decisão: resolveu entrar em acordo e pagar o que deve à Receita Federal e, com isso, evitar que seja denunciada por crime fiscal na "Operação Cevada", ocorrida em junho de 2005 e que levou seus executivos à detenção temporária.
A lei federal 9.249 (artigo 34) suspende a punição para os que pagam impostos ou contribuições sociais antes de a denúncia ser feita à Justiça.
Essas recentes decisões tomadas pelo comando do grupo cervejeiro acontecem em meio de nova onda de fortes rumores --que apareceram já em fevereiro-- de que a empresa poderia ser vendida.
A gigante sul-africana SAB-Miller tem interesse na empresa, e a dificuldade para que a negociação evoluísse estava, em parte, no tamanho do passivo fiscal da empresa, estimado pelo mercado em quase R$ 2 bilhões. Com a possibilidade de reduzir o passivo --por meio de um pagamento parcelado à Receita, apurou a Folha--, estariam abertas as portas de um entendimento.
Mas um interlocutor próximo da empresa que não quis se identificar garante que, pela proposta inicial apresentada à Schin, o negócio não sai. A empresa, familiar e nacional, prefere ficar com a operação --o que não quer dizer que novas conversas estejam descartadas. A consultoria americana Mckinsey começou a traçar um plano de reestruturação em 2005 e já está com o trabalho praticamente finalizado dentro da empresa. A Mckinsey informa que não comenta especulações do mercado.
Procurada pela Folha, o comando da Schin --com sede em Itu (SP)-- não foi localizado até o fechamento desta edição.
Mudança tranqüila
Já há sinais de que alterações no comando da empresa podem acontecer. Luiz Claudio Taya de Araújo, diretor de marketing do grupo --que ajudou a colocar a campanha do "experimenta!" nas ruas--, foi demitido no mês passado. Luiz Fernando Amaro, até então gerente de marketing da Schincariol, também deixou a empresa em outubro.
Uma série de nomes têm pipocado no mercado por conta dessa nova fase que deve atingir a empresa. Uma equipe de "headhunters" ajuda no processo. Segundo um interlocutor próximo da empresa que não quis se identificar, tudo está sendo encaminhado com muita calma e serenidade. É pouco provável que o ex-presidente da cervejaria Kaiser Fernando Tigre --um nome alvo de rumores-- vá para a Schin. Mas o nome do escolhido ainda não foi definido, até porque Adriano Schincariol está em férias.
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