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10/11/2006 - 09h51

Unibanco também abate compras e reduz lucro

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FABRICIO VIEIRA
da Folha de S.Paulo

Os três maiores bancos privados do país decidiram utilizar o terceiro trimestre para amortizar ágios referentes a aquisições feitas recentemente. O reflexo da decisão foi notado no balanço apresentado nos últimos dias por Bradesco, Itaú e Unibanco.

Ontem, o Unibanco divulgou que seu lucro líquido no terceiro trimestre de 2006 ficou em R$ 106,1 milhões (-77,7% sobre o mesmo período de 2005). Sem considerar as amortizações, o Unibanco apresentou lucro de R$ 566 milhões entre julho e setembro -uma alta de 19,2% em relação ao terceiro trimestre de 2005.

No acumulado de 2006, o Unibanco registrou, até setembro, lucro líquido de R$ 1,63 bilhão -ou R$ 1,17 bilhão quando é considerado o ajuste contábil. De janeiro a setembro de 2005, o banco lucrou R$ 1,33 bilhão.

O ágio que tem sido amortizado se refere à diferença entre o valor nominal de um bem e o que é efetivamente pago por quem o adquire. No caso dos bancos, quando uma instituição financeira compra outra, o montante a ser pago pelo negócio é calculado levando também em consideração os retornos futuros que a carteira de clientes poderá proporcionar.

A amortização do ágio é contabilizada como uma espécie de despesa no balanço da instituição, e o efeito é a redução de seu lucro líquido.

Para os acionistas, o importante é que o lucro que serve de base para calcular o montante que vai ser repassado na forma de dividendos é o registrado antes das amortizações dos ágios.

Com as amortizações, o lucro líquido do Bradesco no terceiro trimestre ficou em R$ 219 milhões (senão, seria de R$ 1,61 bilhão). No Itaú, a amortização da compra do BankBoston fez com que o lucro do trimestre encerrado em setembro encolhesse de R$ 1,83 bilhão para R$ 71 milhões.

"Com a decisão dos maiores bancos privados de amortizar os ágios ao mesmo tempo, houve uma maior homogeinização dos balanços no terceiro trimestre. Isso ajuda a evitar certas distorções na hora de compará-los", avaliou o analista financeiro do Inepad (Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração), Edson Carminatti.

Crédito

As operações de crédito do Unibanco se expandiram 17,5% entre setembro de 2005 e setembro de 2006 e atingiram os R$ 43,32 bilhões.

O crescimento da carteira destinada à pessoa jurídica --20,1% em 12 meses, para R$ 26,94 bilhões-- bateu a dirigida à pessoa física --aumento de 13,5% no período, para R$ 16,38 bilhões.

Segundo o Unibanco, "o maior conservadorismo na concessão de crédito adotado pela instituição financeira permitiu a melhora na qualidade da carteira".

No fim do terceiro trimestre deste ano, as operações de crédito classificadas de AA (que carregam menores riscos) respondiam por 42,6% da carteira. Um ano antes, esse percentual era de 39%.

Especial
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