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16/11/2006
-
11h29
DENYSE GODOY
da Folha Online
O saldo de investimento estrangeiro na Bovespa está positivo em R$ 300,057 milhões em novembro até o dia dez. No período, os estrangeiros compraram R$ 7,279 bilhões em ações e venderam R$ 6,979 bilhões.
No acumulado do ano, o saldo ainda está negativo em R$ 497.432.180,00. Mas, se a entrada de recursos mantiver até o final do mês o ritmo exibido no início, o saldo voltaria a ficar positivo.
Em outubro, os estrangeiros compraram R$ 18,280 bilhões em ações e venderam R$ 18,854 bilhões, o que levou a um saldo positivo de R$ 1,425 bilhão. Foi o melhor superávit desde janeiro, quando ele havia ficado em R$ 2,613 bilhões.
Segundo analistas, é o apetite dos estrangeiros por papéis brasileiros a explicação para a recuperação da Bolsa nos últimos dias. Na segunda-feira, ela fechou aos 41.290 pontos, perto do recorde histórico de 41.979 pontos atingido em maio. Em junho, ela chegou a cair até os 32 mil pontos.
A expectativa é de que esse saldo de investimentos continue melhorando, porque as incertezas sobre a economia dos Estados Unidos, que levaram os estrangeiros a fugir a partir de maio --naquele mês, eles retiraram R$ 1,515 bilhão--, têm diminuído.
A debandada começou em 10 maio, quando o Fed (Federal Reserve, banco central americano) elevou a taxa básica de juros do país em 0,25 ponto percentual, para 5% ao ano, e, ao contrário do que se esperava, não deu sinais de que o ciclo de aperto monetário estava perto do fim.
Quando os juros nos EUA sobem, grandes investidores abandonam suas aplicações em mercados como o brasileiro e partem em busca de menores riscos --os treasuries (títulos do Tesouro norte-americano) são o destino favorito.
No final de junho, os juros foram novamente elevados em 0,25 ponto percentual. Mas, de acordo com os especialistas, boa parte do movimento de fuga já havia se dado.
Em agosto, veio a tão esperada pausa, e desde então a taxa tem sido mantida no patamar de 5,25% ao ano. Como a atividade econômica no país tem dado sinais de que desacelerará suavemente, todas as atenções estão voltadas para o comportamento da inflação. Se as expectativas de que esteja recuando se confirmarem, o Fed pode voltar a reduzir os juros logo.
Outro motivo para os estrangeiros retornarem é que os fundamentos econômicos do Brasil são bons: a inflação está sob controle, as reservas internacionais cresceram, a balança comercial apresenta superávit. Além disso, também são atraentes os resultados das empresas do país e as perspectivas para o seu desempenho futuro.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o investimento estrangeiro na Bovespa
Leia o que já foi publicado sobre a Bovespa
Investimento estrangeiro na Bovespa deve voltar a ficar positivo no ano
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da Folha Online
O saldo de investimento estrangeiro na Bovespa está positivo em R$ 300,057 milhões em novembro até o dia dez. No período, os estrangeiros compraram R$ 7,279 bilhões em ações e venderam R$ 6,979 bilhões.
No acumulado do ano, o saldo ainda está negativo em R$ 497.432.180,00. Mas, se a entrada de recursos mantiver até o final do mês o ritmo exibido no início, o saldo voltaria a ficar positivo.
Em outubro, os estrangeiros compraram R$ 18,280 bilhões em ações e venderam R$ 18,854 bilhões, o que levou a um saldo positivo de R$ 1,425 bilhão. Foi o melhor superávit desde janeiro, quando ele havia ficado em R$ 2,613 bilhões.
Segundo analistas, é o apetite dos estrangeiros por papéis brasileiros a explicação para a recuperação da Bolsa nos últimos dias. Na segunda-feira, ela fechou aos 41.290 pontos, perto do recorde histórico de 41.979 pontos atingido em maio. Em junho, ela chegou a cair até os 32 mil pontos.
A expectativa é de que esse saldo de investimentos continue melhorando, porque as incertezas sobre a economia dos Estados Unidos, que levaram os estrangeiros a fugir a partir de maio --naquele mês, eles retiraram R$ 1,515 bilhão--, têm diminuído.
A debandada começou em 10 maio, quando o Fed (Federal Reserve, banco central americano) elevou a taxa básica de juros do país em 0,25 ponto percentual, para 5% ao ano, e, ao contrário do que se esperava, não deu sinais de que o ciclo de aperto monetário estava perto do fim.
Quando os juros nos EUA sobem, grandes investidores abandonam suas aplicações em mercados como o brasileiro e partem em busca de menores riscos --os treasuries (títulos do Tesouro norte-americano) são o destino favorito.
No final de junho, os juros foram novamente elevados em 0,25 ponto percentual. Mas, de acordo com os especialistas, boa parte do movimento de fuga já havia se dado.
Em agosto, veio a tão esperada pausa, e desde então a taxa tem sido mantida no patamar de 5,25% ao ano. Como a atividade econômica no país tem dado sinais de que desacelerará suavemente, todas as atenções estão voltadas para o comportamento da inflação. Se as expectativas de que esteja recuando se confirmarem, o Fed pode voltar a reduzir os juros logo.
Outro motivo para os estrangeiros retornarem é que os fundamentos econômicos do Brasil são bons: a inflação está sob controle, as reservas internacionais cresceram, a balança comercial apresenta superávit. Além disso, também são atraentes os resultados das empresas do país e as perspectivas para o seu desempenho futuro.
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