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24/11/2006
-
02h27
da France Presse, em Assunção
Brasil e Paraguai não chegaram a um acordo nesta quinta-feira sobre a dívida da usina hidrelétrica binacional de Itaipu ou sobre a legalização do comércio na fronteira entre os dois países.
"Continuaremos dialogando sobre uma base de respeito para encontrar soluções para nossas divergências", disse à imprensa o chanceler do Paraguai, Rubén Ramírez, após o encontro com o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim. Em Assunção, Amorim foi recebido pelo presidente paraguaio, Nicanor Duarte, e conversou longamente com seu Ramírez.
O chanceler brasileiro negou o pedido paraguaio para renegociar o tratado de Itaipu. "Não podemos reabrir um debate para renegociar o tratado. Não podemos mudar um tratado firmado em 1973, apenas porque acreditamos hoje que a realidade é outra. O que ocorreria se resolvêssemos reabrir todos os tratados internacionais vigentes?", disse Amorim.
O Paraguai quer que o Brasil renegocie a dívida de US$ 19 bilhões de dólares de Itaipu, que foi financiada totalmente pela Eletrobrás e que os dois países pagam conjuntamente, por intermédio da binacional.
"Em 1997, o comportamento do dólar era favorável aos interesses do Paraguai, mas hoje se diz que a realidade é outra. O Brasil admite esta mudança de realidade e buscará alguma forma de compensação, mas não há necessidade de renegociar", afirmou Amorim.
Sobre os problemas comerciais na fronteira, o ministro brasileiro estimou que "não é possível melhorar a curto prazo o comércio informal fronteiriço, porque a situação de integração regional é muito complexa, mas continuamos dialogando e negociando".
Questionado insistentemente pelos jornalistas paraguaios sobre a crescente fiscalização na fronteira, Amorim respondeu: "Meu país tem uma má imagem no Paraguai, porque, supostamente, é opressivo (...), mas o Paraguai tem uma má imagem no meu país por diversas razões. Então, não é fácil encontrar soluções para todos os problemas".
"Escutei queixas dos empresários paraguaios, porque enfrentam barreiras 'paratarifárias' em suas exportações para o Brasil, e têm razão", admitiu Amorim. "Os presidentes e chanceleres podem apoiar e promover um Mercosul sem barreiras, mas nossos povos ainda não entendem bem o que é uma integração regional. Há muita burocracia nos níveis inferiores da administração", acrescentou.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a usina de Itaipu
Brasil e Paraguai não chegam a acordo sobre Itaipu
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Brasil e Paraguai não chegaram a um acordo nesta quinta-feira sobre a dívida da usina hidrelétrica binacional de Itaipu ou sobre a legalização do comércio na fronteira entre os dois países.
"Continuaremos dialogando sobre uma base de respeito para encontrar soluções para nossas divergências", disse à imprensa o chanceler do Paraguai, Rubén Ramírez, após o encontro com o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim. Em Assunção, Amorim foi recebido pelo presidente paraguaio, Nicanor Duarte, e conversou longamente com seu Ramírez.
O chanceler brasileiro negou o pedido paraguaio para renegociar o tratado de Itaipu. "Não podemos reabrir um debate para renegociar o tratado. Não podemos mudar um tratado firmado em 1973, apenas porque acreditamos hoje que a realidade é outra. O que ocorreria se resolvêssemos reabrir todos os tratados internacionais vigentes?", disse Amorim.
O Paraguai quer que o Brasil renegocie a dívida de US$ 19 bilhões de dólares de Itaipu, que foi financiada totalmente pela Eletrobrás e que os dois países pagam conjuntamente, por intermédio da binacional.
"Em 1997, o comportamento do dólar era favorável aos interesses do Paraguai, mas hoje se diz que a realidade é outra. O Brasil admite esta mudança de realidade e buscará alguma forma de compensação, mas não há necessidade de renegociar", afirmou Amorim.
Sobre os problemas comerciais na fronteira, o ministro brasileiro estimou que "não é possível melhorar a curto prazo o comércio informal fronteiriço, porque a situação de integração regional é muito complexa, mas continuamos dialogando e negociando".
Questionado insistentemente pelos jornalistas paraguaios sobre a crescente fiscalização na fronteira, Amorim respondeu: "Meu país tem uma má imagem no Paraguai, porque, supostamente, é opressivo (...), mas o Paraguai tem uma má imagem no meu país por diversas razões. Então, não é fácil encontrar soluções para todos os problemas".
"Escutei queixas dos empresários paraguaios, porque enfrentam barreiras 'paratarifárias' em suas exportações para o Brasil, e têm razão", admitiu Amorim. "Os presidentes e chanceleres podem apoiar e promover um Mercosul sem barreiras, mas nossos povos ainda não entendem bem o que é uma integração regional. Há muita burocracia nos níveis inferiores da administração", acrescentou.
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