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16/12/2006
-
09h02
EDUARDO SCOLESE
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Ao apresentar projeções de investimentos em infra-estrutura a oficiais-generais das Forças Armadas, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que, entre 2007 e 2015, o Brasil poderá investir até R$ 234,8 bilhões em energia --suficiente, por exemplo, para construir 58 usinas nucleares como Angra 3.
A ministra falou ontem por uma hora no Clube do Exército a 150 representantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Com a ajuda de gráficos e mapas num projetor e sempre repetindo se tratar de "estimativas" e "perspectivas", disse que o valor a ser investido em energia é "global", ou seja, o dinheiro pode sair do Orçamento da União, de estatais e da iniciativa privada.
Na estimativa de R$ 234,8 bilhões, entre 2007 e 2015, R$ 74,7 bilhões seriam para projetos de aumento da capacidade de geração de energia, como a construção de hidrelétricas.
Outros R$ 93,4 bilhões seriam aplicados em gás e petróleo, e R$ 45,6 bilhões, em combustíveis renováveis (como biodiesel e etanol). Segundo ela, "mais da metade" desses recursos poderá sair da Petrobras.
Com mapas destacando as necessidades das cinco regiões, Dilma mostrou as prioridades do governo em rodovias (como a BR-163, ligando Mato Grosso ao Pará), ferrovias (como a Transnordestina, ligando o sul do Piauí aos portos de Suape, em Pernambuco, e Pecém, no Ceará), aeroportos, portos, refinarias e hidrelétricas.
No médio prazo, o projeto mais estratégico do governo são as hidrelétricas do rio Madeira (RO) --Jirau (3.300 MW) e Santo Antônio (3.150 MW)--, fundamentais para garantir o abastecimento de energia a partir de 2011. Outro projeto importante é a hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA), com 5.500 MW entrando em operação em 2013.
Apesar de não ter anunciado ainda oficialmente sua opção, o governo já conta com a energia da usina nuclear de Angra 3, gerando 1.309 MW a partir de dezembro de 2012.
A ministra apresentou metas estimadas para biodiesel e etanol. Sobre o biodiesel, disse que, até 2010, o Brasil poderá produzir 3,34 bilhões de litros ao ano. Hoje a produção anual está na casa dos 840 milhões de litros. Em relação ao etanol, afirmou que, em 2010, a produção anual poderá chegar a 23,3 bilhões de litros, contra os 16 bilhões de litros atuais.
Sobre saneamento, lançou o número de R$ 220 bilhões em investimentos em 20 anos. Sobre investimentos na infra-estrutura aeroportuária, falou na possibilidade de R$ 6 bilhões entre 2007 e 2015, ou seja, o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes de Dilma, falou aos militares o ministro Paulo Bernardo (Planejamento).
Ele fez um balanço da economia, falou na expectativa de 3,1% de inflação para este ano e disse que "existe um clamor nacional" pela redução da carga tributária. Medidas nesse sentido devem ser anunciadas na semana que vem pelo governo federal.
Dilma e Bernardo falaram aos militares a pedido do presidente, que manifestou o desejo de comunicar às Forças Armadas os planos do governo para a infra-estrutura.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Dilma Roussef
Dilma prevê R$ 235 bilhões para energia
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
Ao apresentar projeções de investimentos em infra-estrutura a oficiais-generais das Forças Armadas, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que, entre 2007 e 2015, o Brasil poderá investir até R$ 234,8 bilhões em energia --suficiente, por exemplo, para construir 58 usinas nucleares como Angra 3.
A ministra falou ontem por uma hora no Clube do Exército a 150 representantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Com a ajuda de gráficos e mapas num projetor e sempre repetindo se tratar de "estimativas" e "perspectivas", disse que o valor a ser investido em energia é "global", ou seja, o dinheiro pode sair do Orçamento da União, de estatais e da iniciativa privada.
Na estimativa de R$ 234,8 bilhões, entre 2007 e 2015, R$ 74,7 bilhões seriam para projetos de aumento da capacidade de geração de energia, como a construção de hidrelétricas.
Outros R$ 93,4 bilhões seriam aplicados em gás e petróleo, e R$ 45,6 bilhões, em combustíveis renováveis (como biodiesel e etanol). Segundo ela, "mais da metade" desses recursos poderá sair da Petrobras.
Com mapas destacando as necessidades das cinco regiões, Dilma mostrou as prioridades do governo em rodovias (como a BR-163, ligando Mato Grosso ao Pará), ferrovias (como a Transnordestina, ligando o sul do Piauí aos portos de Suape, em Pernambuco, e Pecém, no Ceará), aeroportos, portos, refinarias e hidrelétricas.
No médio prazo, o projeto mais estratégico do governo são as hidrelétricas do rio Madeira (RO) --Jirau (3.300 MW) e Santo Antônio (3.150 MW)--, fundamentais para garantir o abastecimento de energia a partir de 2011. Outro projeto importante é a hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA), com 5.500 MW entrando em operação em 2013.
Apesar de não ter anunciado ainda oficialmente sua opção, o governo já conta com a energia da usina nuclear de Angra 3, gerando 1.309 MW a partir de dezembro de 2012.
A ministra apresentou metas estimadas para biodiesel e etanol. Sobre o biodiesel, disse que, até 2010, o Brasil poderá produzir 3,34 bilhões de litros ao ano. Hoje a produção anual está na casa dos 840 milhões de litros. Em relação ao etanol, afirmou que, em 2010, a produção anual poderá chegar a 23,3 bilhões de litros, contra os 16 bilhões de litros atuais.
Sobre saneamento, lançou o número de R$ 220 bilhões em investimentos em 20 anos. Sobre investimentos na infra-estrutura aeroportuária, falou na possibilidade de R$ 6 bilhões entre 2007 e 2015, ou seja, o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes de Dilma, falou aos militares o ministro Paulo Bernardo (Planejamento).
Ele fez um balanço da economia, falou na expectativa de 3,1% de inflação para este ano e disse que "existe um clamor nacional" pela redução da carga tributária. Medidas nesse sentido devem ser anunciadas na semana que vem pelo governo federal.
Dilma e Bernardo falaram aos militares a pedido do presidente, que manifestou o desejo de comunicar às Forças Armadas os planos do governo para a infra-estrutura.
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