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18/12/2006
-
17h56
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
A Bolívia irá solicitar aos países do Mercosul a entrada do país no bloco econômico, o que deve realmente acontecer até janeiro. O presidente Evo Morales deverá oficializar o pedido até amanhã, quando enviará uma carta aos seus colegas da Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela.
Na avaliação do ministro Celso Amorim (Relações Exteriores), o Brasil começa agora uma fase de diálogo com a Bolívia, que em maio anunciou a nacionalização dos recursos naturais do país, o que prejudicou os investimentos de empresas como a Petrobras naquele país.
'Estamos começando uma nova fase baseada no diálogo. Queremos resolver tudo por meio do diálogo. O diálogo é o oposto do unilateral', disse.
De acordo com Amorim, a expectativa é que no dia 18 de janeiro a Bolívia já esteja integrada ao bloco ---a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul começa no dia seguinte, no Rio de Janeiro.
Ele ressaltou que as negociações com a Bolívia devem incluir um tratamento diferenciado, já que o país pertence à Comunidade Andina das Nações (que conta também com a Colômbia, Equador e Peru) e não quer perder seus privilégios.
Na avaliação do ministro brasileiro, a entrada de mais um país no Mercosul abre oportunidades de investimento por empresas brasileiras, mas que a integração não deve ser vista apenas positiva comercialmente.
'Para nós é muito importante contribuir para estabilidade, para o bem-estar da Bolívia. Não é apenas solidariedade, é também por interesse brasileiro. A Bolívia é a maior fronteira com o Brasil e fornecedora de um recurso importante para nós.'
Neste ano, o Mercosul aprovou o Focem (Fundo para a Convergência Estrutural e Fortalecimento do Mercosul), que é um fundo voltado para ajudar na integração entre os países membros do bloco econômico. Os países mais pobres serão os que mais receberão recursos desse fundo.
O chanceler boliviano, David Choquehuanca, defende que a integração possa permitir a solução de assimetrias entre os países.
'Espero dar boas notícias para ajudar na integração de nossos povos. Um novo modelo de integração que nos permita superar a nossa assimetria. Uma assimetria não somente comercial, e sim integração dos povos que nos permita superar a pobreza', disse Choquehuanca.
Rio Madeira
Uma comitiva de ministros bolivianos está hoje em Brasília. Eles conversaram com seus colegas brasileiros sobre temas como energia (refinarias e biodiesel), meio ambiente (rio Madeira) e agricultura.
Sobre o rio Madeira, local onde o governo irá construir duas hidrelétricas, os dois países decidiram retomar um grupo de trabalho para tratar das questões ambientais. A primeira reunião irá acontecer até o dia 15 de janeiro.
'O Brasil tomará todos os cuidados para evitar qualquer tipo de dano ao meio ambiente e qualquer tipo de ação que prejudique o futuro aproveitamento do rio Madeira', disse Amorim.
Choquehuanca disse que o meio ambiente é uma questão determinante para o governo boliviano.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a nacionalização na Bolívia
Com apoio do Brasil, Bolívia deve entrar no Mercosul em janeiro
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da Folha Online, em Brasília
A Bolívia irá solicitar aos países do Mercosul a entrada do país no bloco econômico, o que deve realmente acontecer até janeiro. O presidente Evo Morales deverá oficializar o pedido até amanhã, quando enviará uma carta aos seus colegas da Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela.
Na avaliação do ministro Celso Amorim (Relações Exteriores), o Brasil começa agora uma fase de diálogo com a Bolívia, que em maio anunciou a nacionalização dos recursos naturais do país, o que prejudicou os investimentos de empresas como a Petrobras naquele país.
'Estamos começando uma nova fase baseada no diálogo. Queremos resolver tudo por meio do diálogo. O diálogo é o oposto do unilateral', disse.
De acordo com Amorim, a expectativa é que no dia 18 de janeiro a Bolívia já esteja integrada ao bloco ---a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul começa no dia seguinte, no Rio de Janeiro.
Ele ressaltou que as negociações com a Bolívia devem incluir um tratamento diferenciado, já que o país pertence à Comunidade Andina das Nações (que conta também com a Colômbia, Equador e Peru) e não quer perder seus privilégios.
Na avaliação do ministro brasileiro, a entrada de mais um país no Mercosul abre oportunidades de investimento por empresas brasileiras, mas que a integração não deve ser vista apenas positiva comercialmente.
'Para nós é muito importante contribuir para estabilidade, para o bem-estar da Bolívia. Não é apenas solidariedade, é também por interesse brasileiro. A Bolívia é a maior fronteira com o Brasil e fornecedora de um recurso importante para nós.'
Neste ano, o Mercosul aprovou o Focem (Fundo para a Convergência Estrutural e Fortalecimento do Mercosul), que é um fundo voltado para ajudar na integração entre os países membros do bloco econômico. Os países mais pobres serão os que mais receberão recursos desse fundo.
O chanceler boliviano, David Choquehuanca, defende que a integração possa permitir a solução de assimetrias entre os países.
'Espero dar boas notícias para ajudar na integração de nossos povos. Um novo modelo de integração que nos permita superar a nossa assimetria. Uma assimetria não somente comercial, e sim integração dos povos que nos permita superar a pobreza', disse Choquehuanca.
Rio Madeira
Uma comitiva de ministros bolivianos está hoje em Brasília. Eles conversaram com seus colegas brasileiros sobre temas como energia (refinarias e biodiesel), meio ambiente (rio Madeira) e agricultura.
Sobre o rio Madeira, local onde o governo irá construir duas hidrelétricas, os dois países decidiram retomar um grupo de trabalho para tratar das questões ambientais. A primeira reunião irá acontecer até o dia 15 de janeiro.
'O Brasil tomará todos os cuidados para evitar qualquer tipo de dano ao meio ambiente e qualquer tipo de ação que prejudique o futuro aproveitamento do rio Madeira', disse Amorim.
Choquehuanca disse que o meio ambiente é uma questão determinante para o governo boliviano.
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