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19/12/2006 - 09h40

Bolsa da Tailândia cai 19,5% com ação do banco central para controlar câmbio

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da Folha Online

A Bolsa da Tailândia fechou o pregão desta terça-feira com uma queda de 14,8%, depois de perder 19,5% durante as negociações do dia. As quedas estão entre as maiores já registradas no país desde o período da crise das Bolsas asiáticas em 1997.

As quedas ocorreram depois de o Banco da Tailândia (o banco central do país) ter anunciado ontem que passará a adotar medidas mais duras para conter os fluxos de investimentos meramente especulativos, que provocaram uma valorização excessiva da moeda nacional, o bath.

A partir de hoje, os bancos tailandeses passaram a ser obrigados a manter em reserva por um ano capitais não ligados a transações comerciais ou serviços, ou ainda repatriações de investimentos de cidadãos tailandeses no exterior.

Além disso, os investidores estrangeiros terão de pagar multa de 10% se tentarem tirar fundos seus no país antes de um ano.

Na avaliação dos analistas de mercado, as medidas do governo para conter a valorização do bath podem tornar o mercado financeiro do país menos atrativo.

Se as medidas não forem revistas, a expectativa é de que novas quedas acentuadas ocorram nos próximos dias. Os setores que mais perderam foram os de bancos, energia e telecomunicações.

A decisão do BC tailandês foi vista como um sinal de que os governos asiáticos de modo geral não pretendem deixar suas moedas valorizarem demais e mesmo intervir no mercado para impedir que isso ocorra.

O dólar chegou a ser negociado no país ontem a 35,09 bath, menor valor por dólar em nove anos.

Entre 1985 e 1995, a Tailândia apresentou forte crescimento econômico, mas, a partir de 1996, choques domésticos e externos fragilizaram seu sistema financeiro. Em 1997, a crise financeira no país se espalhou por outros mercados asiáticos e afetou ainda a Rússia e o Brasil.

A partir de 1999, no entanto, o país começou a se recuperar, com o avanço das exportações e do consumo interno --em 2003, a economia cresceu 6,9% e em 2004, 6,1%.

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