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29/12/2006 - 09h24

Acionista da Telecom Italia quer vender ações

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JANAÍNA LEITE
enviada especial da Folha de S.Paulo a Roma

O acionista majoritário da Telecom Italia, Marco Tronchetti Provera, pretende diminuir sua participação na operadora, segundo noticiaram ontem os principais diários italianos, como "Corriere della Sera", "La Repubblica" e o "Il Sole 24 Ore". Ele está conversando com vários investidores, italianos e estrangeiros, para vender as ações que detém na Olimpia, empresa que controla a tele.

A Pirelli, maior companhia italiana, tida como símbolo do país entre os italianos, é dona de 80% da Olimpia. Outros 20% pertencem à Benetton, que tem acordo de voto conjunto com a sócia.

Um dos empresários mais bem-sucedidos da Europa, Tronchetti Provera é conhecido por seu estilo agressivo na condução dos negócios. Ex-marido da filha do dono da Pirelli, ele é pai de três herdeiros da companhia.

Há duas dificuldades para concretizar a saída de Provera da Olímpia e, por conseqüência, da tele: o preço que ele pede para fechar a transação, considerado alto demais pelos possíveis compradores, e o fato de o empresário não decidir se quer vender todas as suas ações ou fechar uma parceria.

Segundo a Folha apurou com pessoas próximas ao empresário, o banco americano Blackstone foi o agente escolhido para costurar o negócio. Representantes do banco já tiveram contato com vários interessados: o empresário italiano Mario Resca, a operadora espanhola Telefónica, os egípcios da tele Orescom, a gigante alemã Deütsche Telekom, grandes fundos de investimentos, como o Carlyle, e investidores franceses.

O mercado reagiu bem à notícia de que Provera pode deixar a tele (as ações da controladora Pirelli subiram 4,6% anteontem), por conta das denúncias de corrupção e espionagem pelas quais a Telecom Italia está sendo investigada em seu país.

As investigações dos procuradores incluem as atividades da Telecom Italia no Brasil, onde a companhia é dona da TIM (telefonia móvel) e da BrT (Brasil Telecom, telefonia fixa).

O premiê italiano, Romano Prodi, de centro-esquerda, desafeto declarado de Provera, não quer a venda das ações do empresário a estrangeiros, assim como os sindicatos que o apóiam. Querem manter o controle na Itália.

Mas aliados do premiê acreditam que a saída de Provera da Telecom Italia pode ser uma boa chance de organizar um grupo de investidores italianos para arrematar o controle da tele, que, além das investigações da Justiça, enfrenta alto endividamento --seus débitos batem 39,5 bilhões de euros.

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