02/01/2007 - 13h01

Bovespa começa o ano com alta de mais de 1%; dólar recua

DENYSE GODOY
da Folha Online

A Bovespa começa 2007 exibindo firme alta. Às 12h07 desta terça-feira, subia 1,14%, para 44.979 pontos --próxima da máxima do dia até o momento, 44.987 pontos.

Hoje, os investidores por aqui não vão ter a referência de Wall Street --a Bolsa de Nova York e a Nasdaq (que reúne ações de empresas de tecnologia) não abrirão devido ao luto pelo ex-presidente Gerald Ford, que morreu no dia 26 de dezembro. É tradição que o mercado suspenda o expediente por um dia quando da morte de ex-presidentes.

Mas as principais Bolsas asiáticas fecharam em elevação, e também avançam as européias.

"A primeira semana de 2007 mantém o ritmo lento observado no final de 2006, com poucos eventos e indicadores ocorrendo ao longo da semana", diz a agência de classificação de risco Austin Rating em relatório. "O destaque fica por conta da divulgação da Ata da reunião do Fomc [comitê de política monetária do Fed, banco central americano], nesta terça."

Não se espera que o documento traga surpresas, entretanto. No seu último encontro, em dezembro, o comitê do Fed decidiu manter inalterada em 5,25% ao ano sua taxa básica de juros, e a ata deve apontar que ainda há incertezas quanto ao rumo da inflação.

Já saiu o boletim Focus, pesquisa elaborada semanalmente pelo Banco Central. Os analistas mais uma vez reduziram as suas estimativas sobre o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2006: elas passaram de 2,76% para 2,74%.

Na sexta-feira, será conhecida a produção industrial do país em novembro, medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e o presidente do Fed , Ben Bernanke, fará um discurso.

"A tendência é de que os mercados continuem no bom humor observado na semana anterior, com pequenas oscilações de realização de lucros, mas preservando a trajetória de valorização dos ativos (bolsa, juros, câmbio, títulos da dívida), mesmo que de forma moderada", afirma a Austin Rating.

Após a notícia de que a balança comercial brasileira fechou 2006 com superávit de US$ 46,077 bilhões --resultado de exportações de US$ 137,471 bilhões e importações de US$ 91,394 bilhões--, o dólar comercial caía 0,14%, vendido a R$ 2,135. O paralelo ficava estável a R$ 2,38 e o turismo tinha queda de 0,44%, a R$ 2,23. O risco-país ficava estável aos 193 pontos.

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