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05/01/2007
-
12h29
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes, informou hoje que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recomendou o acompanhamento atento do mercado para que, caso os preços do álcool subam "de forma descontrolada", o Cima (Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool) seja convocado a fim de rever o percentual do combustível misturado à gasolina, que hoje está em 23%.
"Se os preços crescerem excessivamente, obviamente o governo não ficará passivo", frisou Guedes, ao comentar que não há justificativa para aumentos substanciais do preço do álcool. O ministro não informou, no entanto, a partir de qual preço o governo mudará a mistura.
Os produtores de álcool esperavam que o governo elevasse o percentual misturado à gasolina para 25% agora em janeiro, o que foi descartado pelo ministro hoje, diante da recente alta dos preços do combustível.
Entretanto, apesar dos aumentos registrados desde dezembro, Guedes avaliou que o preço do produto (R$ 0,865 na usina para o álcool hidratado) ainda está abaixo do registrado no mesmo período de 2005. O ministro afirmou que a variação nesta época do ano --a entressafra na região Centro-Sul ocorre de dezembro a abril-- é natural, diante do aumento da demanda.
De acordo com Guedes, no último mês, essa demanda, que cresce normalmente 10% no período, chegou a subir mais de 13% em relação ao ano anterior devido principalmente ao aumento da frota de veículos bicombustíveis ("flex fuel"), às férias escolares e à crise nos aeroportos.
Para Guedes, os estoques atuais, de aproximadamente 5,2 bilhões de litros, são suficientes para abastecer o mercado, que consome de 1 bilhão a 1,1 bilhão de litros por mês, até o início da próxima safra, entre meados de abril e início de maio.
No Estado de São Paulo, maior consumidor de álcool do país, o aumento da demanda se explica porque o preço do produto é o equivalente a 53% do da gasolina --o que torna o álcool "extremamente favorável" na região, nas palavras do ministro.
Embora a situação do setor seja apresentada como normal por Guedes, o presidente Lula também trataria do assunto nesta sexta-feira com o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre preço do álcool
Governo ameaça reduzir álcool na gasolina se preço subir muito
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da Folha Online, em Brasília
O ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes, informou hoje que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recomendou o acompanhamento atento do mercado para que, caso os preços do álcool subam "de forma descontrolada", o Cima (Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool) seja convocado a fim de rever o percentual do combustível misturado à gasolina, que hoje está em 23%.
"Se os preços crescerem excessivamente, obviamente o governo não ficará passivo", frisou Guedes, ao comentar que não há justificativa para aumentos substanciais do preço do álcool. O ministro não informou, no entanto, a partir de qual preço o governo mudará a mistura.
Os produtores de álcool esperavam que o governo elevasse o percentual misturado à gasolina para 25% agora em janeiro, o que foi descartado pelo ministro hoje, diante da recente alta dos preços do combustível.
Entretanto, apesar dos aumentos registrados desde dezembro, Guedes avaliou que o preço do produto (R$ 0,865 na usina para o álcool hidratado) ainda está abaixo do registrado no mesmo período de 2005. O ministro afirmou que a variação nesta época do ano --a entressafra na região Centro-Sul ocorre de dezembro a abril-- é natural, diante do aumento da demanda.
De acordo com Guedes, no último mês, essa demanda, que cresce normalmente 10% no período, chegou a subir mais de 13% em relação ao ano anterior devido principalmente ao aumento da frota de veículos bicombustíveis ("flex fuel"), às férias escolares e à crise nos aeroportos.
Para Guedes, os estoques atuais, de aproximadamente 5,2 bilhões de litros, são suficientes para abastecer o mercado, que consome de 1 bilhão a 1,1 bilhão de litros por mês, até o início da próxima safra, entre meados de abril e início de maio.
No Estado de São Paulo, maior consumidor de álcool do país, o aumento da demanda se explica porque o preço do produto é o equivalente a 53% do da gasolina --o que torna o álcool "extremamente favorável" na região, nas palavras do ministro.
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