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09/01/2007
-
10h51
da Folha Online
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta terça-feira que seu governo "fará tudo" para garantir o fornecimento de petróleo aos países afetados pelo bloqueio no transporte da commodity pelo oleoduto que passa por Belarus.
"[O governo] fará tudo para garantir os interesses dos consumidores ocidentais", afirmou o presidente russo, após reunião com representantes do governo bielo-russo.
"É indispensável garantir os interesses das companhias petrolíferas russas que terão de fazer frente às perdas e refletir sobre uma série de medidas que minimizem suas perdas", acrescentou.
Para Putin, é preciso discutir uma "possível redução da produção de petróleo [na Rússia], tendo em conta os problemas surgidos pelo transporte através de Belarus".
A interrupção foi realizada pelo governo russo, que acusou Belarus de desviar petróleo no trecho do oleoduto Druzhba que passa pelo país. Os países atingidos pelo corte no fornecimento foram Alemanha, Eslováquia, Hungria, República Tcheca, Polônia e Ucrânia.
'Em 6 de janeiro, Belarus iniciou unilateralmente, sem alertar nenhuma das partes envolvidas, a desviar ilegalmente petróleo do oleoduto Druzhba, destinado apenas ao transporte para os consumidores na Europa Ocidental', disse ontem, segundo a agência de notícias russa Interfax, o presidente da Transneft (estatal russa responsável pelo oleoduto), Semyon Vainshtok.
A disputa entre os dois países ocorre devido à decisão da Rússia de aplicar pesadas tarifas de exportação a Belarus. No fim do ano passado, o governo bielo-russo foi forçado a aceitar um acordo pelo qual passou a pagar à Rússia o dobro pelo gás que importa para manter o funcionamento de sua indústria e aquecimento doméstico.
Belarus, em resposta, anunciou na semana passada a imposição de uma taxa de trânsito de US$ 45 por tonelada do petróleo russo que passa por seu território rumo à Europa Ocidental. A Rússia, que se recusa a pagar o novo imposto, passou a acusar o país vizinho de desviar petróleo como compensação.
A Rússia é atualmente responsável pelo fornecimento de um quarto do petróleo consumido na União Européia (UE) e de mais de dois quintos do gás natural utilizado no bloco europeu.
Bloqueio
Um porta-voz da estatal bielo-russa do setor de energia Belneftekhim afirmou que a empresa havia determinado a interrupção do transporte do petróleo para a Polônia, a Alemanha e a Ucrânia já no último fim-de-semana.
O presidente da estatal bielo-russa Gomeltransneft Druzhba (responsável pelo trecho do oleoduto que passa por Belarus), Alexei Kostyuchenko, no entanto, culpou as autoridades russas pelo bloqueio. A declaração de Kostyuchenko veio logo depois de o Ministério das Relações Exteriores de Belarus divulgar um comunicado no qual afirmou que a passagem do petróleo iria prosseguir.
Kostyuchenko negou as alegações de que a interrupção teria sido uma decisão das autoridades de Belarus.
Uma fonte no Ministério do Desenvolvimento Econômico e do Comércio da Rússia disse à Interfax, no entanto, que a Gomeltransneft obviamente mudou de posição devido a pressões das autoridades bielo-russas.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre produção de petróleo na Rússia
Rússia "fará tudo" para garantir fornecimento de petróleo, diz Putin
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta terça-feira que seu governo "fará tudo" para garantir o fornecimento de petróleo aos países afetados pelo bloqueio no transporte da commodity pelo oleoduto que passa por Belarus.
"[O governo] fará tudo para garantir os interesses dos consumidores ocidentais", afirmou o presidente russo, após reunião com representantes do governo bielo-russo.
"É indispensável garantir os interesses das companhias petrolíferas russas que terão de fazer frente às perdas e refletir sobre uma série de medidas que minimizem suas perdas", acrescentou.
Para Putin, é preciso discutir uma "possível redução da produção de petróleo [na Rússia], tendo em conta os problemas surgidos pelo transporte através de Belarus".
A interrupção foi realizada pelo governo russo, que acusou Belarus de desviar petróleo no trecho do oleoduto Druzhba que passa pelo país. Os países atingidos pelo corte no fornecimento foram Alemanha, Eslováquia, Hungria, República Tcheca, Polônia e Ucrânia.
'Em 6 de janeiro, Belarus iniciou unilateralmente, sem alertar nenhuma das partes envolvidas, a desviar ilegalmente petróleo do oleoduto Druzhba, destinado apenas ao transporte para os consumidores na Europa Ocidental', disse ontem, segundo a agência de notícias russa Interfax, o presidente da Transneft (estatal russa responsável pelo oleoduto), Semyon Vainshtok.
A disputa entre os dois países ocorre devido à decisão da Rússia de aplicar pesadas tarifas de exportação a Belarus. No fim do ano passado, o governo bielo-russo foi forçado a aceitar um acordo pelo qual passou a pagar à Rússia o dobro pelo gás que importa para manter o funcionamento de sua indústria e aquecimento doméstico.
Belarus, em resposta, anunciou na semana passada a imposição de uma taxa de trânsito de US$ 45 por tonelada do petróleo russo que passa por seu território rumo à Europa Ocidental. A Rússia, que se recusa a pagar o novo imposto, passou a acusar o país vizinho de desviar petróleo como compensação.
A Rússia é atualmente responsável pelo fornecimento de um quarto do petróleo consumido na União Européia (UE) e de mais de dois quintos do gás natural utilizado no bloco europeu.
Bloqueio
Um porta-voz da estatal bielo-russa do setor de energia Belneftekhim afirmou que a empresa havia determinado a interrupção do transporte do petróleo para a Polônia, a Alemanha e a Ucrânia já no último fim-de-semana.
O presidente da estatal bielo-russa Gomeltransneft Druzhba (responsável pelo trecho do oleoduto que passa por Belarus), Alexei Kostyuchenko, no entanto, culpou as autoridades russas pelo bloqueio. A declaração de Kostyuchenko veio logo depois de o Ministério das Relações Exteriores de Belarus divulgar um comunicado no qual afirmou que a passagem do petróleo iria prosseguir.
Kostyuchenko negou as alegações de que a interrupção teria sido uma decisão das autoridades de Belarus.
Uma fonte no Ministério do Desenvolvimento Econômico e do Comércio da Rússia disse à Interfax, no entanto, que a Gomeltransneft obviamente mudou de posição devido a pressões das autoridades bielo-russas.
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