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10/01/2007
-
15h55
CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio
Entre 600 e 700 funcionários da "velha Varig", considerados estáveis, estão recebendo cartas que informam sobre suas demissões. Entre eles, dirigentes sindicais, funcionários perto da aposentadoria e outros que estão de licença.
Segundo a companhia, após a "nova Varig", que foi arrematada em leilão, ter obtido o autorização de vôo da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) em dezembro, a antiga companhia encerrou suas atividades como empresa aérea, o que justifica as demissões.
A "velha Varig", que será agora Nordeste Linhas Aéreas, precisa renovar sua concessão para operar vôos na linha São Paulo-Porto Seguro.
Entre os demitidos está a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino. Ela diz que está há sete meses sem receber salários e se queixa de negligência por parte da administradora judicial da empresa, a Deloitte.
'O mais grave disso tudo, o maior culpado é a Deloitte, que tinha que fiscalizar e prestar contas. Isso é sinal de que o processo de recuperação judicial é um engodo. Isso é uma imoralidade, é uma vergonha', afirmou Balbino.
Ela disse que planeja entrar na Justiça com ação para pedir a reintegração à empresa.
O Ministério Público do Trabalho investiga se houve irregularidades nas demissões que começaram no ano passado, durante a gestão de Marcelo Bottini.
O procurador do Trabalho, Rodrigo Carelli, analisa denúncias de que cerca de 20 funcionários do alto escalão da empresa, entre gerentes e diretores, teriam recebido antecipações de suas rescisões em 2006. Um deles teria ganho cerca de R$ 150 mil a título de 'retenção de talento'.
Por outro lado, os outros cerca de 9 mil funcionários da empresa, demitidos no ano passado, ainda não conseguiram as rescisões trabalhistas e aguardam os salários atrasados.
"Se comprovado tudo isso, demonstra-se um absurdo privilégio em detrimento das milhares de famílias que estão à espera de pagamento de salários há meses vencidos", disse Carelli.
A companhia não se pronuncia sobre os supostos favorecimentos. Ela informa que a gestão judicial de Miguel Dau fez uma auditoria, encontrou irregularidades e encaminhou à Deloitte.
A "nova Varig", que absorveu grande parte dos funcionários da antiga companhia, tem atualmente cerca de 2 mil funcionários. A empresa diz que terá 18 aviões até o fim de janeiro. A Varig opera vôos para 15 destinos domésticos --Londrina e Vitória começam neste fim de semana-- e quatro internacionais.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a "velha Varig"
"Velha Varig" demite 700 e procurador investiga favorecimento
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da Folha Online, no Rio
Entre 600 e 700 funcionários da "velha Varig", considerados estáveis, estão recebendo cartas que informam sobre suas demissões. Entre eles, dirigentes sindicais, funcionários perto da aposentadoria e outros que estão de licença.
Segundo a companhia, após a "nova Varig", que foi arrematada em leilão, ter obtido o autorização de vôo da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) em dezembro, a antiga companhia encerrou suas atividades como empresa aérea, o que justifica as demissões.
A "velha Varig", que será agora Nordeste Linhas Aéreas, precisa renovar sua concessão para operar vôos na linha São Paulo-Porto Seguro.
Entre os demitidos está a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino. Ela diz que está há sete meses sem receber salários e se queixa de negligência por parte da administradora judicial da empresa, a Deloitte.
'O mais grave disso tudo, o maior culpado é a Deloitte, que tinha que fiscalizar e prestar contas. Isso é sinal de que o processo de recuperação judicial é um engodo. Isso é uma imoralidade, é uma vergonha', afirmou Balbino.
Ela disse que planeja entrar na Justiça com ação para pedir a reintegração à empresa.
O Ministério Público do Trabalho investiga se houve irregularidades nas demissões que começaram no ano passado, durante a gestão de Marcelo Bottini.
O procurador do Trabalho, Rodrigo Carelli, analisa denúncias de que cerca de 20 funcionários do alto escalão da empresa, entre gerentes e diretores, teriam recebido antecipações de suas rescisões em 2006. Um deles teria ganho cerca de R$ 150 mil a título de 'retenção de talento'.
Por outro lado, os outros cerca de 9 mil funcionários da empresa, demitidos no ano passado, ainda não conseguiram as rescisões trabalhistas e aguardam os salários atrasados.
"Se comprovado tudo isso, demonstra-se um absurdo privilégio em detrimento das milhares de famílias que estão à espera de pagamento de salários há meses vencidos", disse Carelli.
A companhia não se pronuncia sobre os supostos favorecimentos. Ela informa que a gestão judicial de Miguel Dau fez uma auditoria, encontrou irregularidades e encaminhou à Deloitte.
A "nova Varig", que absorveu grande parte dos funcionários da antiga companhia, tem atualmente cerca de 2 mil funcionários. A empresa diz que terá 18 aviões até o fim de janeiro. A Varig opera vôos para 15 destinos domésticos --Londrina e Vitória começam neste fim de semana-- e quatro internacionais.
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