Publicidade
Publicidade
17/01/2007
-
09h53
da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro
Os agentes de viagens de São Paulo realizaram ontem um dia de protesto contra a Gol. O movimento ganhou fôlego e atingiu as principais praças de venda de passagens, com apoio também de Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pará, Maranhão e outras entidades do setor. A manifestação é contra a redução no percentual de comissões pagas pela empresa de 10% para 7% nos vôos domésticos e de 9% para 6% nos internacionais.
Segundo Goiaci Alves Guimarães, líder do setor, a Gol deixou de ser uma empresa de baixa tarifa. Dados dos agentes mostram que sua tarifa média em dezembro foi de R$ 432,89 nos vôos domésticos, um patamar acima do verificado nas concorrentes. Ainda de acordo com dados dos agentes, a tarifa média da TAM nos mesmos trechos foi de R$ 377,99, a da Varig ficou em R$ 318,07, e a da OceanAir, em R$ 281,23. "A Gol pode continuar como uma empresa de baixo custo, mas seguramente não é mais de baixa tarifa. Ela tem a tarifa média mais alta do mercado", afirmou.
Segundo Guimarães, a adesão foi superior a 80%. Ele estima que, ao longo do dia de ontem, de 9.000 a 10 mil passagens da Gol deixaram de ser vendidas. De acordo com os agentes, 73% do número de bilhetes da companhia aérea são vendidos por meio de agências de viagens.
"A Gol está cuspindo no prato que comeu. Quando precisava dos agentes para crescer, pagava a tarifa devida. Com a crise da Varig, resolveu adotar uma atitude oportunista", disse.
O líder do setor estima que o impacto para a companhia será maior nas vendas internacionais. "A oferta de outras companhias é grande. Por que vamos vender vôos com escalas para Buenos Aires ou Santiago se podemos oferecer vôos diretos?" A Gol iniciou ontem as vendas para Lima, no Peru, o oitavo destino internacional operado pela companhia.
A Abav (Associação Brasileira das Agências de Viagens) se queixa de que a companhia não tem um canal específico para as vendas com agentes. Além disso, os agentes reclamam da política de promoções com passagens a R$ 1. "Eles têm um número muito limitado de assentos a preço promocional. Quem passa por incompetente somos nós, que não conseguimos nunca oferecer essa tarifa."
Empresa
A Gol não quis comentar o assunto. A empresa completou nesta semana seis anos em operação. Nesse período ela transportou 55 milhões de passageiros. Deste total, 5 milhões realizavam a primeira viagem de avião. Os planos de expansão incluem a chegada de mais 15 aeronaves até o fim do ano, o que levaria a frota a um total de 80 aviões.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Gol
Gol deixou de ter o menor preço, diz agente de viagem
Publicidade
Os agentes de viagens de São Paulo realizaram ontem um dia de protesto contra a Gol. O movimento ganhou fôlego e atingiu as principais praças de venda de passagens, com apoio também de Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pará, Maranhão e outras entidades do setor. A manifestação é contra a redução no percentual de comissões pagas pela empresa de 10% para 7% nos vôos domésticos e de 9% para 6% nos internacionais.
Segundo Goiaci Alves Guimarães, líder do setor, a Gol deixou de ser uma empresa de baixa tarifa. Dados dos agentes mostram que sua tarifa média em dezembro foi de R$ 432,89 nos vôos domésticos, um patamar acima do verificado nas concorrentes. Ainda de acordo com dados dos agentes, a tarifa média da TAM nos mesmos trechos foi de R$ 377,99, a da Varig ficou em R$ 318,07, e a da OceanAir, em R$ 281,23. "A Gol pode continuar como uma empresa de baixo custo, mas seguramente não é mais de baixa tarifa. Ela tem a tarifa média mais alta do mercado", afirmou.
Segundo Guimarães, a adesão foi superior a 80%. Ele estima que, ao longo do dia de ontem, de 9.000 a 10 mil passagens da Gol deixaram de ser vendidas. De acordo com os agentes, 73% do número de bilhetes da companhia aérea são vendidos por meio de agências de viagens.
"A Gol está cuspindo no prato que comeu. Quando precisava dos agentes para crescer, pagava a tarifa devida. Com a crise da Varig, resolveu adotar uma atitude oportunista", disse.
O líder do setor estima que o impacto para a companhia será maior nas vendas internacionais. "A oferta de outras companhias é grande. Por que vamos vender vôos com escalas para Buenos Aires ou Santiago se podemos oferecer vôos diretos?" A Gol iniciou ontem as vendas para Lima, no Peru, o oitavo destino internacional operado pela companhia.
A Abav (Associação Brasileira das Agências de Viagens) se queixa de que a companhia não tem um canal específico para as vendas com agentes. Além disso, os agentes reclamam da política de promoções com passagens a R$ 1. "Eles têm um número muito limitado de assentos a preço promocional. Quem passa por incompetente somos nós, que não conseguimos nunca oferecer essa tarifa."
Empresa
A Gol não quis comentar o assunto. A empresa completou nesta semana seis anos em operação. Nesse período ela transportou 55 milhões de passageiros. Deste total, 5 milhões realizavam a primeira viagem de avião. Os planos de expansão incluem a chegada de mais 15 aeronaves até o fim do ano, o que levaria a frota a um total de 80 aviões.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice