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25/01/2007
-
09h55
PEDRO DIAS LEITE
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu início ontem a uma série de reuniões com setores do empresariado para obter apoio ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e formar uma espécie de "tropa de choque" contra as críticas.
"Precisamos acabar com essa gente que só pensa em derrotismo", disse Luiz André Rico Vicente, presidente do Instituto Brasileiro de Siderurgia, depois de reunião com Lula. Participaram do encontro os ministros Guido Mantega (Fazenda), Dilma Rousseff (Casa Civil) e 11 pesos pesados da área, como Jorge Gerdau e José Armando de Figueiredo Campos, diretor-presidente da Arcelor Brasil.
Segundo relato de presentes, Lula pediu empenho dos empresários na defesa do PAC. "Temos de participar e agir com mais determinação, questionar os questionamentos", teria dito o presidente, que pediu a eles que se "armem tecnicamente" para o embate.
Na semana que vem, Lula deve ter uma reunião com a Abdib (Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base). Presente ao lançamento do plano, o presidente da entidade, Paulo Godoy, já manifestou apoio às medidas. Deve haver encontros com outros setores.
Esses ramos da indústria que têm ligação direta com a infra-estrutura, como o setor de siderurgia, são alguns dos principais beneficiados pelo PAC, uma vez que o maior foco do programa são as grandes obras.
Vicente, presidente do IBS, disse que os empresários vão conversar com congressistas para que aprovem as medidas necessárias à implementação do PAC. "É preciso que o Congresso encare esse esforço do governo de forma positiva."
Um dos empresários atualmente mais próximos de Lula, Gerdau defendeu de maneira firme o PAC durante a reunião e depois brincou que todos iriam chamá-lo de "chapa-branca". Figueiredo Campos, da Arcelor Brasil, interveio. "Não, peraí, o senhor não é chapa-branca. É candidato a ministro", relatou. Lula apenas riu, sem fazer comentários, segundo alguns dos presentes
Investimentos
Os empresários da siderurgia foram levar a Lula a notícia de que investirão US$ 15 bilhões em quatro anos. "É o equivalente a tudo o que investimos desde a privatização [da Usiminas, em 1992]", disse Vicente.
O objetivo é elevar a produção brasileira de 36 milhões de toneladas de aço por ano para 50 milhões de toneladas. Os números já estavam prontos antes do anúncio do PAC, porque o setor passa por um ótimo momento no cenário externo.
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Lula tenta "blindar" PAC na indústria
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu início ontem a uma série de reuniões com setores do empresariado para obter apoio ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e formar uma espécie de "tropa de choque" contra as críticas.
"Precisamos acabar com essa gente que só pensa em derrotismo", disse Luiz André Rico Vicente, presidente do Instituto Brasileiro de Siderurgia, depois de reunião com Lula. Participaram do encontro os ministros Guido Mantega (Fazenda), Dilma Rousseff (Casa Civil) e 11 pesos pesados da área, como Jorge Gerdau e José Armando de Figueiredo Campos, diretor-presidente da Arcelor Brasil.
Segundo relato de presentes, Lula pediu empenho dos empresários na defesa do PAC. "Temos de participar e agir com mais determinação, questionar os questionamentos", teria dito o presidente, que pediu a eles que se "armem tecnicamente" para o embate.
Na semana que vem, Lula deve ter uma reunião com a Abdib (Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base). Presente ao lançamento do plano, o presidente da entidade, Paulo Godoy, já manifestou apoio às medidas. Deve haver encontros com outros setores.
Esses ramos da indústria que têm ligação direta com a infra-estrutura, como o setor de siderurgia, são alguns dos principais beneficiados pelo PAC, uma vez que o maior foco do programa são as grandes obras.
Vicente, presidente do IBS, disse que os empresários vão conversar com congressistas para que aprovem as medidas necessárias à implementação do PAC. "É preciso que o Congresso encare esse esforço do governo de forma positiva."
Um dos empresários atualmente mais próximos de Lula, Gerdau defendeu de maneira firme o PAC durante a reunião e depois brincou que todos iriam chamá-lo de "chapa-branca". Figueiredo Campos, da Arcelor Brasil, interveio. "Não, peraí, o senhor não é chapa-branca. É candidato a ministro", relatou. Lula apenas riu, sem fazer comentários, segundo alguns dos presentes
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Os empresários da siderurgia foram levar a Lula a notícia de que investirão US$ 15 bilhões em quatro anos. "É o equivalente a tudo o que investimos desde a privatização [da Usiminas, em 1992]", disse Vicente.
O objetivo é elevar a produção brasileira de 36 milhões de toneladas de aço por ano para 50 milhões de toneladas. Os números já estavam prontos antes do anúncio do PAC, porque o setor passa por um ótimo momento no cenário externo.
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