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08/12/2000
-
20h05
JOSÉLIA AGUIAR
da Folha de S.Paulo, em Londres
A expectativa de que chegará ao fim a disputa entre Iraque e Nações Unidas, que havia levado o país a suspender suas exportações de petróleo, fez ontem o preço do barril óleo recuar quase 4%.
Durante as negociações de hoje, o mercado teve a notícia de que a ONU estaria inclinada a aprovar o preço reivindicado pelo Iraque em suas vendas de dezembro.
Por causa do embargo imposto pelo país desde a guerra do Golfo, as exportações do Iraque são monitoradas pelas Nações Unidas e o país vende seus 2,3 milhões de barris diários somente para comprar alimentos e remédios.
O novo preço solicitado pelo Iraque não havia sido aprovado pelo comitê da ONU responsável pelo programa "petróleo por alimentos". Com o impasse, o país suspendera suas entregas há nove dias.
Apesar da expectativa de que o inverno nos Estados Unidos, o maior importador mundial, será mais frio este ano, o petróleo recuou 3,58% hoje no mercado de Nova York e o barril para entrega em janeiro fechou a US$ 28,30.
Em Londres, o preço do barril do óleo do tipo brent, referência para o mercado internacional, caiu 2,80%, para US$ 26,70. Em duas semanas, o preço do óleo passou a acumular queda de quase 20%.
Mais queda
Antes de iniciar sua trajetória descendente, o valor do barril do petróleo se encontrava no patamar mais alto em uma década.
A previsão de queda da temperatura nos EUA fizera o preço do petróleo e derivados aumentar muito nos últimos meses. Em uma tentativa de forçar a queda do preço, o governo do presidente Bill Clinton havia liberado 30 milhões de barris de suas reservas estratégicas.
Esta semana, os EUA divulgaram que uma família típica norte-americana pagará o preço recorde de US$ 834 para aquecer sua casa, 62% mais do que no ano passado.
Especialistas do setor dizem que os preços do petróleo devem recuar no próximo ano por causa da diminuição do ritmo de crescimento mundial e da gradativa reposição dos estoques mundiais.
A Opep, cartel que reúne os principais produtores de petróleo, se reúne em janeiro em sua sede, em Viena, e há a expectativa de que será anunciada uma redução da oferta.
Este ano, a Opep havia aumentado suas cotas quatro vezes.
Petróleo fecha a US$ 28,30 em Nova York
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da Folha de S.Paulo, em Londres
A expectativa de que chegará ao fim a disputa entre Iraque e Nações Unidas, que havia levado o país a suspender suas exportações de petróleo, fez ontem o preço do barril óleo recuar quase 4%.
Durante as negociações de hoje, o mercado teve a notícia de que a ONU estaria inclinada a aprovar o preço reivindicado pelo Iraque em suas vendas de dezembro.
Por causa do embargo imposto pelo país desde a guerra do Golfo, as exportações do Iraque são monitoradas pelas Nações Unidas e o país vende seus 2,3 milhões de barris diários somente para comprar alimentos e remédios.
O novo preço solicitado pelo Iraque não havia sido aprovado pelo comitê da ONU responsável pelo programa "petróleo por alimentos". Com o impasse, o país suspendera suas entregas há nove dias.
Apesar da expectativa de que o inverno nos Estados Unidos, o maior importador mundial, será mais frio este ano, o petróleo recuou 3,58% hoje no mercado de Nova York e o barril para entrega em janeiro fechou a US$ 28,30.
Em Londres, o preço do barril do óleo do tipo brent, referência para o mercado internacional, caiu 2,80%, para US$ 26,70. Em duas semanas, o preço do óleo passou a acumular queda de quase 20%.
Mais queda
Antes de iniciar sua trajetória descendente, o valor do barril do petróleo se encontrava no patamar mais alto em uma década.
A previsão de queda da temperatura nos EUA fizera o preço do petróleo e derivados aumentar muito nos últimos meses. Em uma tentativa de forçar a queda do preço, o governo do presidente Bill Clinton havia liberado 30 milhões de barris de suas reservas estratégicas.
Esta semana, os EUA divulgaram que uma família típica norte-americana pagará o preço recorde de US$ 834 para aquecer sua casa, 62% mais do que no ano passado.
Especialistas do setor dizem que os preços do petróleo devem recuar no próximo ano por causa da diminuição do ritmo de crescimento mundial e da gradativa reposição dos estoques mundiais.
A Opep, cartel que reúne os principais produtores de petróleo, se reúne em janeiro em sua sede, em Viena, e há a expectativa de que será anunciada uma redução da oferta.
Este ano, a Opep havia aumentado suas cotas quatro vezes.
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