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25/01/2007 - 18h23

Dívida externa cai 20% no governo Lula; reservas mais que dobram

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ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília

A disponibilidade de dólares no Brasil, fruto dos bons resultados da balança comercial, possibilitaram que o governo pagasse parte de sua dívida externa, aumentasse as reservas internacionais e reduzisse a vulnerabilidade externa. Nos quatros anos do governo Lula, o endividamento do país caiu de US$ 210,711 bilhões do final de 2002 para US$ 168,867 bilhões, uma queda de 19,9%.

A dívida do setor público representava 45% do total --no ano passado era de 51,7%. O restante é de responsabilidade de empresas privadas e do chamado setor público financeiro, como o Banco do Brasil.

O bom desempenho do Brasil no comércio exterior favoreceu o comportamento das contas externas.

No ano passado, o superávit comercial (saldo positivo entre exportações e importações) foi de US$ 46,077 bilhões, o maior da história. Como a maior parte desses recursos entra e fica no país, a cotação do dólar cai, já que a oferta de moeda estrangeira é grande.

O governo brasileiro se aproveitou da valorização do real frente ao dólar para quitar parte de sua dívida externa e reforçar as reservas internacionais.
Em 2005, foi feito o pagamento antecipado ao FMI (Fundo Monetário Internacional) e Clube de Paris. Durante o ano passado, o Tesouro Nacional fez uma operação para recompra de títulos da dívida externa.

Mesmo com esses desembolsos, as reservas mais que dobraram entre 2002 e 2006.

Elas passaram de US$ 35,866 bilhões em dezembro de 2002 para US$ 85,839 bilhões no mês passado, um aumento de 126,69%.

Com mais dólares no país, também foi possível fechar os quatros anos do governo Lula com um saldo positivo na conta de transações correntes, que que representa as principais operações financeiras do país com o exterior (balança comercial, a conta de serviços e rendas e as transferências unilaterais). Ela ficou no ano passado em US$ 13,528 bilhões. Em 2002, havia um déficit de US$ 7,637 bilhões. No entanto, o valor de 2006 não foi recorde. Perdeu para 2005, quando o saldo ficou positivo em US$ 14,193 bilhões.

O dólar baixo também ajudou a aumentar os gastos dos brasileiros no exterior. Em 2006, as despesas com viagens de negócios e turismo somaram US$ 4,720 bilhões, o maior valor da história. Em 2002, tinha sido de US$ 2,396 bilhões.

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