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31/01/2007
-
17h24
VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online
O Federal Reserve (Fed, o BC americano) manteve nesta quarta-feira sua taxa de juros em 5,25% ao ano. Foi a quinta reunião seguida em que a taxa foi mantida neste patamar, depois de um ciclo de altas que durou de junho de 2004 a junho de 2006.
Durante o terceiro trimestre do ano passado, as expectativas entre os economistas era de que o Fed poderia abrir 2007 com um corte nos juros, vista a queda no ritmo da atividade econômica ao longo do ano --de 5,6% de expansão entre janeiro e março para 2,2% entre julho e setembro (a estimativa de crescimento para o quarto trimestre é de 3,5%, segundo dados preliminares divulgados hoje pelo governo).
No entanto, os indicadores econômicos passaram a apontar para um reaquecimento da economia do país.
Os dados mais recentes foram divulgados ontem pelo instituto privado de pesquisa Conference Board. Segundo o instituto, a confiança do consumidor norte-americano subiu para 110,3 pontos (contra 110 em dezembro), impulsionado pelo otimismo em relação às oportunidades de emprego.
O mercado de trabalho de fato viu avanços em dezembro, com a criação de 167 mil empregos fora do setor agrícola, enquanto a taxa de desemprego se manteve em 4,5%. Os dados referentes a janeiro devem ser divulgados nesta sexta-feira (2).
Outros indicadores também funcionam como sinais de que a atividade econômica americana vem ganhando fôlego: o índice dos principais indicadores econômicos do país subiu 0,3% em dezembro, após índices fracos em novembro e outubro.
A situação do déficit orçamentário dos EUA teve uma melhora, com a queda de 32,6% entre outubro e dezembro (primeiro trimestre do novo ano fiscal do país) em relação ao mesmo período de 2005 --ainda que, para o ano, a previsão é de alta de 15,2% sobre o resultado do ano fiscal anterior (US$ 248,2 bilhões).
Inflação
O principal indicador observado pelo Fed --o índice de preços ao consumidor--, no entanto, ainda mostra sinais de que precisa ser domado: em dezembro, o índice teve alta de 0,5% (depois da estabilidade em novembro e da queda de 0,5% em outubro e setembro). No ano, o resultado foi benigno --alta de 2,5% em 2006, menor índice desde 2003.
No caso do núcleo dos preços --também acompanhado com atenção pelo Fed--, a situação foi inversa: em dezembro, a alta foi de 0,2% (considerada moderada), mas no ano acumulou alta de 2,6% (maior desde 2001), bem acima dos 2% considerados adequados pelo banco.
No último dia 8, o vice-presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Donald Kohn, disse que, apesar de a economia americana vir a apresentar crescimento moderado, o núcleo da inflação não deve vir a ceder no mesmo ritmo.
"Um declínio bastante gradual na tendência atual da inflação continua a ser o cenário mais provável, mas essa tendência não é de modo nenhum garantida", disse Kohn.
Mercado imobiliário
Depois de um superaquecimento entre 2000 e 2005, o mercado imobiliário residencial nos EUA registrou uma queda acentuada na atividade, o que chegou a levar alguns analistas a falarem em recessão na economia.
Queda de fato houve: as vendas de casas novas nos EUA caíram 17,3% em 2006, totalizando 1,06 milhão de unidades no ano passado, maior queda desde 1990. A queda teve entre suas causas os aumentos de preços das casas e a elevação das taxas cobradas pelas hipotecas, refletindo os aumentos de juros.
Mas o cenário de recessão não é tão agudo: em dezembro as vendas tiveram alta de 4,8%, atingindo a marca anualizada de 1,12 milhões de unidades --o que foi tomado como um sinal de que o pior momento do mercado imobiliário pode já ter passado.
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Federal Reserve mantém taxa de juros em 5,25% ao ano
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O Federal Reserve (Fed, o BC americano) manteve nesta quarta-feira sua taxa de juros em 5,25% ao ano. Foi a quinta reunião seguida em que a taxa foi mantida neste patamar, depois de um ciclo de altas que durou de junho de 2004 a junho de 2006.
Durante o terceiro trimestre do ano passado, as expectativas entre os economistas era de que o Fed poderia abrir 2007 com um corte nos juros, vista a queda no ritmo da atividade econômica ao longo do ano --de 5,6% de expansão entre janeiro e março para 2,2% entre julho e setembro (a estimativa de crescimento para o quarto trimestre é de 3,5%, segundo dados preliminares divulgados hoje pelo governo).
No entanto, os indicadores econômicos passaram a apontar para um reaquecimento da economia do país.
Arte Folha |
Os dados mais recentes foram divulgados ontem pelo instituto privado de pesquisa Conference Board. Segundo o instituto, a confiança do consumidor norte-americano subiu para 110,3 pontos (contra 110 em dezembro), impulsionado pelo otimismo em relação às oportunidades de emprego.
O mercado de trabalho de fato viu avanços em dezembro, com a criação de 167 mil empregos fora do setor agrícola, enquanto a taxa de desemprego se manteve em 4,5%. Os dados referentes a janeiro devem ser divulgados nesta sexta-feira (2).
Outros indicadores também funcionam como sinais de que a atividade econômica americana vem ganhando fôlego: o índice dos principais indicadores econômicos do país subiu 0,3% em dezembro, após índices fracos em novembro e outubro.
A situação do déficit orçamentário dos EUA teve uma melhora, com a queda de 32,6% entre outubro e dezembro (primeiro trimestre do novo ano fiscal do país) em relação ao mesmo período de 2005 --ainda que, para o ano, a previsão é de alta de 15,2% sobre o resultado do ano fiscal anterior (US$ 248,2 bilhões).
Inflação
O principal indicador observado pelo Fed --o índice de preços ao consumidor--, no entanto, ainda mostra sinais de que precisa ser domado: em dezembro, o índice teve alta de 0,5% (depois da estabilidade em novembro e da queda de 0,5% em outubro e setembro). No ano, o resultado foi benigno --alta de 2,5% em 2006, menor índice desde 2003.
No caso do núcleo dos preços --também acompanhado com atenção pelo Fed--, a situação foi inversa: em dezembro, a alta foi de 0,2% (considerada moderada), mas no ano acumulou alta de 2,6% (maior desde 2001), bem acima dos 2% considerados adequados pelo banco.
No último dia 8, o vice-presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Donald Kohn, disse que, apesar de a economia americana vir a apresentar crescimento moderado, o núcleo da inflação não deve vir a ceder no mesmo ritmo.
"Um declínio bastante gradual na tendência atual da inflação continua a ser o cenário mais provável, mas essa tendência não é de modo nenhum garantida", disse Kohn.
Mercado imobiliário
Depois de um superaquecimento entre 2000 e 2005, o mercado imobiliário residencial nos EUA registrou uma queda acentuada na atividade, o que chegou a levar alguns analistas a falarem em recessão na economia.
Queda de fato houve: as vendas de casas novas nos EUA caíram 17,3% em 2006, totalizando 1,06 milhão de unidades no ano passado, maior queda desde 1990. A queda teve entre suas causas os aumentos de preços das casas e a elevação das taxas cobradas pelas hipotecas, refletindo os aumentos de juros.
Mas o cenário de recessão não é tão agudo: em dezembro as vendas tiveram alta de 4,8%, atingindo a marca anualizada de 1,12 milhões de unidades --o que foi tomado como um sinal de que o pior momento do mercado imobiliário pode já ter passado.
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