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01/02/2007
-
16h37
IVONE PORTES
da Folha Online
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) adiou o início dos negócios com o POP (Proteção do Investimento com Participação), novo produto do mercado de renda variável que proporciona ao investidor uma proteção contra eventuais perdas nas aplicações em ações.
O novo produto deveria começar a ser negociado amanhã. O adiamento atende determinação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que solicitou esclarecimentos adicionais sobre o novo produto.
A Bovespa informou que já está providenciando os esclarecimentos solicitados e "oportunamente comunicará o mercado a nova data de início das negociações com o POP".
O POP é um produto de renda variável composto por três instrumentos: uma ação no mercado à vista, uma opção de compra (denominada call) e uma opção de venda (put).
A proteção contra perdas é possível graças à compra de uma opção de venda, que dá ao investidor o direito de se desfazer do papel que ele adquiriu por um determinado preço no futuro, na data do exercício de opções. Por outro lado, se a ação que compõe o POP adquirido pelo investidor subir, ele terá que abrir mão de parte do ganho.
Esse novo produto é uma alternativa para quem nunca comprou ações, pois funcionará como um teste para os novos investidores, já que ele poderá aprender a operar neste mercado sem correr grandes riscos.
Além disso, é mais uma iniciativa da Bovespa com o intuito de popularizar o mercado de ações brasileiro.
Funcionamento
O preço do POP no ato da aplicação será definido de acordo com o valor protegido que será estabelecido e o percentual de participação no lucro que será dado ao investidor --de 80% ou 70%. Esse lucro, é o quanto a ação valorizou no período.
Vale destacar que o preço do POP é uma coisa e o valor protegido (garantido a receber no futuro mesmo que a ação caia), é outra.
Cada contrato será composto no mínimo por 100 unidades de ações. Portanto, considerando um POP de R$ 48 por ação, o investimento será de R$ 4.800.
Imagine que a Bovespa lance um POP de Petrobras PN de R$ 48 e o valor protegido seja fixado em R$ 45, com participação de 80% sobre o ganho da ação em 12 meses. Neste caso, se a ação preferencial da Petrobras subir de R$ 50 para R$ 100 no período estipulado, o investidor vai receber R$ 89. Esta conta é feita da seguinte forma: subtrai-se R$ 45 (que é o valor de garantia) do novo valor da ação (R$ 100), o que resulta em um saldo de R$ 55. O investidor ficará com 80% destes R$ 55, ou seja, R$ 44.
Somando os R$ 44 com o R$ 45 (que o investidor já tinha direito de receber mesmo se a ação despencasse), o total que ele receberá no vencimento do POP é de R$ 89. Como lá no início do contrato ele pagou R$ 48 pelo POP, o ganho líquido dele foi de R$ 41.
Entretanto, se esse investidor tivesse comprado a ação diretamente no mercado (e não o POP), o ganho líquido dele seria de R$ 50, o que dá uma diferença de R$ 9 sobre os R$ 41 acima. Essa diferença nada mais é do que o prêmio/seguro que ele paga para reduzir os prejuízo dele no caso de a ação despencar.
Por outro lado, se ocorresse uma crise no mercado neste período e o papel da Petrobras despencasse para R$ 30, o investidor receberia na data do vencimento do POP os R$ 45 (valor protegido) e teria uma perda de apenas R$ 3 por ação, já que ele pagou R$ 48 pelo produto lá no início do negócio. Já quem comprou a ação no mercado diretamente por R$ 50, perdeu R$ 20.
O montante do capital protegido, porém, só é garantido ao investidor se ele ficar com o POP até a data de vencimento. Assim como as ações, esse bem poderá ser comprado ou vendido a qualquer tempo no mercado. Nesse caso, o investidor receberá o valor de mercado do produto no momento da venda.
A intenção da Bovespa é lançar, a cada mês, ao menos dois POPs --com vencimentos de seis e 12 meses-- para os sete papéis mais negociados do mercado (Petrobras PN, Vale do Rio Doce PNA, Bradesco PN, Usiminas PNA, Telemar PN, Itaubanco PN e CSN ON), mais o PIBB (fundo de investimento lançado pelo BNDES).
Especial
Leia o que já foi publicado sobre investimentos de risco
Bovespa adia lançamento do POP por determinação da CVM
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da Folha Online
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) adiou o início dos negócios com o POP (Proteção do Investimento com Participação), novo produto do mercado de renda variável que proporciona ao investidor uma proteção contra eventuais perdas nas aplicações em ações.
O novo produto deveria começar a ser negociado amanhã. O adiamento atende determinação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que solicitou esclarecimentos adicionais sobre o novo produto.
A Bovespa informou que já está providenciando os esclarecimentos solicitados e "oportunamente comunicará o mercado a nova data de início das negociações com o POP".
O POP é um produto de renda variável composto por três instrumentos: uma ação no mercado à vista, uma opção de compra (denominada call) e uma opção de venda (put).
A proteção contra perdas é possível graças à compra de uma opção de venda, que dá ao investidor o direito de se desfazer do papel que ele adquiriu por um determinado preço no futuro, na data do exercício de opções. Por outro lado, se a ação que compõe o POP adquirido pelo investidor subir, ele terá que abrir mão de parte do ganho.
Esse novo produto é uma alternativa para quem nunca comprou ações, pois funcionará como um teste para os novos investidores, já que ele poderá aprender a operar neste mercado sem correr grandes riscos.
Além disso, é mais uma iniciativa da Bovespa com o intuito de popularizar o mercado de ações brasileiro.
Funcionamento
O preço do POP no ato da aplicação será definido de acordo com o valor protegido que será estabelecido e o percentual de participação no lucro que será dado ao investidor --de 80% ou 70%. Esse lucro, é o quanto a ação valorizou no período.
Vale destacar que o preço do POP é uma coisa e o valor protegido (garantido a receber no futuro mesmo que a ação caia), é outra.
Cada contrato será composto no mínimo por 100 unidades de ações. Portanto, considerando um POP de R$ 48 por ação, o investimento será de R$ 4.800.
Imagine que a Bovespa lance um POP de Petrobras PN de R$ 48 e o valor protegido seja fixado em R$ 45, com participação de 80% sobre o ganho da ação em 12 meses. Neste caso, se a ação preferencial da Petrobras subir de R$ 50 para R$ 100 no período estipulado, o investidor vai receber R$ 89. Esta conta é feita da seguinte forma: subtrai-se R$ 45 (que é o valor de garantia) do novo valor da ação (R$ 100), o que resulta em um saldo de R$ 55. O investidor ficará com 80% destes R$ 55, ou seja, R$ 44.
Somando os R$ 44 com o R$ 45 (que o investidor já tinha direito de receber mesmo se a ação despencasse), o total que ele receberá no vencimento do POP é de R$ 89. Como lá no início do contrato ele pagou R$ 48 pelo POP, o ganho líquido dele foi de R$ 41.
Entretanto, se esse investidor tivesse comprado a ação diretamente no mercado (e não o POP), o ganho líquido dele seria de R$ 50, o que dá uma diferença de R$ 9 sobre os R$ 41 acima. Essa diferença nada mais é do que o prêmio/seguro que ele paga para reduzir os prejuízo dele no caso de a ação despencar.
Por outro lado, se ocorresse uma crise no mercado neste período e o papel da Petrobras despencasse para R$ 30, o investidor receberia na data do vencimento do POP os R$ 45 (valor protegido) e teria uma perda de apenas R$ 3 por ação, já que ele pagou R$ 48 pelo produto lá no início do negócio. Já quem comprou a ação no mercado diretamente por R$ 50, perdeu R$ 20.
O montante do capital protegido, porém, só é garantido ao investidor se ele ficar com o POP até a data de vencimento. Assim como as ações, esse bem poderá ser comprado ou vendido a qualquer tempo no mercado. Nesse caso, o investidor receberá o valor de mercado do produto no momento da venda.
A intenção da Bovespa é lançar, a cada mês, ao menos dois POPs --com vencimentos de seis e 12 meses-- para os sete papéis mais negociados do mercado (Petrobras PN, Vale do Rio Doce PNA, Bradesco PN, Usiminas PNA, Telemar PN, Itaubanco PN e CSN ON), mais o PIBB (fundo de investimento lançado pelo BNDES).
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