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06/02/2007
-
09h57
THIAGO REIS
da Agência Folha
Apesar de os produtores de soja terem conseguido retardar o aparecimento da ferrugem asiática nesta safra, a incidência da doença disparou no mês do janeiro e já afetou praticamente o mesmo número de plantações do grão de toda a safra passada.
São 1.353 focos registrados até agora em todo o país. Na safra 2005/2006, foram, ao todo, 1.359 --sendo que o último registro foi feito em 22 de maio.
Em Mato Grosso, maior produtor do grão no país, o primeiro foco da doença foi notificado em 10 de novembro, em Rondonópolis. Na safra passada, o primeiro registro havia acontecido mais cedo, em Primavera do Leste, no dia 18 de outubro.
Ainda assim, o número de focos na atual safra é praticamente o mesmo: são 17 nesta, contra 18 da outra.
Só em janeiro, o consórcio antiferrugem da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) contabilizou 1.138 plantações de soja prejudicadas no país. No primeiro mês do ano passado, foram 536 --112% de variação.
No Paraná, que lidera as estatísticas, já são 616 registros. Isso representa um aumento de 181% em relação ao mesmo período da safra passada, quando houve 219 registros.
Chuvas
Para o fitopatologista Rafael Moreira Soares, pesquisador da Embrapa, as chuvas foram fator preponderante para a disseminação da doença.
Ele afirma que o aumento do número de focos no país também se deve ao fato de os produtores estarem bem informados e relatarem as ocorrências. "Há uma ótima assistência técnica e ramificada. A rede do consórcio aumenta ano a ano e há muitos laboratórios."
Mato Grosso do Sul, Estado campeão de focos na safra passada, conseguiu reduzir a incidência da doença só até a metade de janeiro.
Após o dia 15, foram 268 focos, o que o faz já ter mais registros nesta safra. São, no total, 397, contra 228 nessa mesma data, no ano passado.
Para Soares, o vazio sanitário feito pelos produtores só surtiu efeito até as chuvas dos últimos dias atrapalharem o trabalho e disseminarem a ferrugem. "Não houve plantio no inverno, o que fez os registros caírem, mas inicialmente."
Em todo o Brasil, são 13 os Estados (PR, MS, RS, GO, SP, RO, MT, MG, BA, MA, SC, TO e PI) com plantações prejudicadas pela doença.
O último a entrar na lista foi Piauí. No último dia 2, um foco foi confirmado no município de Baixa Grande do Ribeiro.
O que é a doença
A doença, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, reduz a produtividade das plantas, pois ataca as folhas e causa uma queda precoce dos grãos. O fungo é transmitido pelo ar e é levado pelo vento para outras áreas do plantio, espalhando-se rapidamente.
A doença é transmitida de uma safra para outra por hospedeiros vivos. Por isso, ela também aparece na safrinha, de maio a setembro.
Os agricultores devem ficar atentos aos pontos escuros no tecido da folha. Devem ainda verificar, com uma lupa, a parte de baixo dela, para ver se há uma saliência ou uma bolha.
No ano passado, o prejuízo causado foi de cerca de US$ 2,1 bilhões (R$ 4,5 bilhões).
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a safra de soja
Casos de ferrugem da soja aumentam nesta safra
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da Agência Folha
Apesar de os produtores de soja terem conseguido retardar o aparecimento da ferrugem asiática nesta safra, a incidência da doença disparou no mês do janeiro e já afetou praticamente o mesmo número de plantações do grão de toda a safra passada.
São 1.353 focos registrados até agora em todo o país. Na safra 2005/2006, foram, ao todo, 1.359 --sendo que o último registro foi feito em 22 de maio.
Em Mato Grosso, maior produtor do grão no país, o primeiro foco da doença foi notificado em 10 de novembro, em Rondonópolis. Na safra passada, o primeiro registro havia acontecido mais cedo, em Primavera do Leste, no dia 18 de outubro.
Ainda assim, o número de focos na atual safra é praticamente o mesmo: são 17 nesta, contra 18 da outra.
Só em janeiro, o consórcio antiferrugem da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) contabilizou 1.138 plantações de soja prejudicadas no país. No primeiro mês do ano passado, foram 536 --112% de variação.
No Paraná, que lidera as estatísticas, já são 616 registros. Isso representa um aumento de 181% em relação ao mesmo período da safra passada, quando houve 219 registros.
Chuvas
Para o fitopatologista Rafael Moreira Soares, pesquisador da Embrapa, as chuvas foram fator preponderante para a disseminação da doença.
Ele afirma que o aumento do número de focos no país também se deve ao fato de os produtores estarem bem informados e relatarem as ocorrências. "Há uma ótima assistência técnica e ramificada. A rede do consórcio aumenta ano a ano e há muitos laboratórios."
Mato Grosso do Sul, Estado campeão de focos na safra passada, conseguiu reduzir a incidência da doença só até a metade de janeiro.
Após o dia 15, foram 268 focos, o que o faz já ter mais registros nesta safra. São, no total, 397, contra 228 nessa mesma data, no ano passado.
Para Soares, o vazio sanitário feito pelos produtores só surtiu efeito até as chuvas dos últimos dias atrapalharem o trabalho e disseminarem a ferrugem. "Não houve plantio no inverno, o que fez os registros caírem, mas inicialmente."
Em todo o Brasil, são 13 os Estados (PR, MS, RS, GO, SP, RO, MT, MG, BA, MA, SC, TO e PI) com plantações prejudicadas pela doença.
O último a entrar na lista foi Piauí. No último dia 2, um foco foi confirmado no município de Baixa Grande do Ribeiro.
O que é a doença
A doença, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, reduz a produtividade das plantas, pois ataca as folhas e causa uma queda precoce dos grãos. O fungo é transmitido pelo ar e é levado pelo vento para outras áreas do plantio, espalhando-se rapidamente.
A doença é transmitida de uma safra para outra por hospedeiros vivos. Por isso, ela também aparece na safrinha, de maio a setembro.
Os agricultores devem ficar atentos aos pontos escuros no tecido da folha. Devem ainda verificar, com uma lupa, a parte de baixo dela, para ver se há uma saliência ou uma bolha.
No ano passado, o prejuízo causado foi de cerca de US$ 2,1 bilhões (R$ 4,5 bilhões).
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